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Pré-projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina de Metodologia Cientificado

Por:   •  8/2/2018  •  1.238 Palavras (5 Páginas)  •  1.331 Visualizações

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O boi de mamão, e uma brincadeira mais realizada, nas festas mais tradicionais e algumas de suas músicas são de compositores locais, procurando assim fazer com que possamos compreender melhor essa cultura.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Diferentemente das outras brincadeiras que foram trazidas à Ilha de Santa Catarina pelos açorianos, o Boi de Mamão é uma tradição comum a outros estados brasileiros, apresenta diversas variações, com tipos diferentes de apresentação, mas semelhantes na oralidade de sua história. Muitas semelhanças são vistas entre o Boi-de-Mamão e o Boi-Bumbá, ou o Bumba Meu Boi.

Há muitas controvérsias sobre a filiação do boi-de-mamão catarinense. Alguns dizem que descende dos bois de pano do Norte, outro que veio diretamente de Portugal. Em Parintins, Amazonas, por exemplo, dizem que o boi veio da Ilha do Madeira para o nordeste brasileiro. De qualquer maneira, em Florianópolis o folguedo foi chamado durante muito tempo de boi de pano. (Cascaes,2008 p.14)

A história mostra o desespero de Mateus, um vaqueiro simples do interior da Ilha, dividido entre o amor por sua família e por seus animais de estimação.

Maria mulher de Mateus, grávida, está com desejo de comer o coração do boi, que, ao ver seu boi de estimação morto, busca um médico e um curandeiro para ressuscitá-lo. Ao fim, o boi volta à vida, filho de Mateus nasceu e todos comemoram com cantorias e danças.

- Bernúncia: Um “dragão do mal” com uma boca gigante que corre em direção ao público na tentativa de engoli-lo. De acordo com a tradição, Bernúncia seja uma representação “bicho-papão” comeria as crianças desobedientes ou não-batizadas e a criança passaria, então, a fazer parte de seu corpo.

- A cabra: Outra personagem com origem bastante curiosa é a da cabra. Na Espanha, quando o boi nega o combate é gíria comum entre os profissionais toureiros chamá-lo de cabra. Na encenação do Boi-de-Mamão, a cabra entra logo após o boi e representa o touro que não quer lutar. E é nesse momento que a cantoria grita “É cabra, é cabra!”.

- Maricota: Uma mulher muita alta que rodopia e balança os braços, atingindo intencionalmente o público.

Cada bicho tem melodia e ritmo diferentes dos demais, e, conseqüentemente dança e coreografia diversas. Os personagens são confeccionados com pano, esponja, papel maché, arame, madeira e materiais diversos.

O grupo composto de elementos que formam a cantoria é liderado pelo chamador e acompanhado geralmente por uma sanfona e percussão. Embora isso seja raro, o acompanhamento musical é também realizado por um instrumento característico denominado “orocongo” – feito de um coco da Bahia, seccionado e revestido com couro cru, e uma corda de viola, da qual o som é extraído com um arco de madeira, no qual são fixados fios de crina de cavalo – uma espécie de rabeca ou violino.

De acordo com a região em que a peça é apresentada, outras personagens variam, sendo as mais comuns: a Viúva, o Macaco Tião, o Cavalinho, o Sapo Cururu, os outros bois, os corvos, o urso entre outros.

No boi-de-mamão tradicional, o canto é iniciado com versos de apresentação dirigidos ao dono da casa, em cujo terreiro o grupo irá brincar. “Meu senhor dono da casa amigo do coração nós vimos aqui dançar com nosso Boi-de-mamão”. (Pisani, 2003 p.27)

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4 METODOLOGIA

- Pesquisa realizada por obras Bibliográficas;

- Tipos de leituras seletivas;

- Biblioteca Pública Municipal da Palhoça;

- Biblioteca Faculdade Municipal da Palhoça;

- Biblioteca UNISUL;

- Biblioteca UFSC;

5 BIBLIOGRAFIA

CARNEIRO, Graça. Boi-de-mamão. 2ªed – Florianópolis: Papa-Livro, 2001.

CASCUDO, Luís da Câmara, Dicionário do folclore brasileiro. 4ªed-São Paulo: Melhoramentos, 1979.

CASCAES, Franklin. Roteiro das Manifestações Culturais do Município de Florianópolis. 3ªed – Florianópolis: Fundação Franklin Cascaes, 2008.

PISANI, Osmar. Variações lírico-pictóricas sobre o Boi-de-mamão. Florianópolis: Fundação Aníbal Nunes Pires,2003.

7 ANEXOS

[pic 1]

CANTIGA DO BOI CHAMADA DO POVO

Te levanta boi malhado Vamos moreninha

Te levanta devegar Vamos até lá

Vem cá meu boi, vem cá Vamos lá na vila

Te levanta devagar Para ver meu boi dançar

Que é pra não escorregar Eu caio, eu caio

Vem cá meu boi, vem cá Na boca da noite

O meu boi é de mamão Sereno eu caio

Da cabeça até o chão A folha do limão verde

Vem cá meu boi, vem cá Tem cheiro de limão

Olha a volta que ele deu Morena me dá um beijo

Olha a volta que ele dá Que eu te dou meu coração

Vem cá meu boi vem cá Eu caio, eu caio

Esse boi é de mamão Na boca da noite

Faz a tua obrigação Sereno eu caio

Vem cá meu boi, vem cá

[pic 2]

CANTIGA DA CABRINHA

E o vaqueiro chama a cabra

Ê cabra, ê cabra

Chama a cabra pro salão

Ê cabra, ê cabra

Essa cabra não berra

Ê

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