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JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS: MUNDOS PARALELOS OU ANTAGÔNICOS

Por:   •  26/10/2018  •  3.062 Palavras (13 Páginas)  •  360 Visualizações

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A importância dos jogos também no campo político, sendo utilizado como movimento de paz em momentos de guerras e conflitos, envolvendo atletas de países com diferentes regimes como comunismo, capitalismo e até o nazismo, porem alguma vezes teve seu acontecimento cancelado também por influencia de nações envolvidas em guerras.

2.2 No Brasil

2.3 A Fábrica de Atletas Olímpicos pelo Mundo

A cada encerramento de Jogos Olímpicos firmam nomes como o nadador Michael Phelps, o velocista Usain Bolt na história do esporte como também aparecem novos nomes como a ginasta Simone Biles ou para nós os brasileiros Thiago Braz e Rafaela Silva. Mas qual o segredo da formação dos velhos e novos ídolos do esporte mundial?

Existem inúmeros fatores, entre eles todas as grandes potências do esporte está a formação na base. Ramos e Neves (2008) apontam as três fases da iniciação esportiva como essencial a ser seguida para obter resultados expressivos a longo prazo, por isso a importância de seguir corretamente cada fase sem queimar nenhuma etapa, ou seja, entre oito e nove anos as habilidades motoras com movimentos básicos, entre dez e onze anos é a fase de aperfeiçoar e jogos cooperativos e caracteriza por elementos técnicos, táticos e regras. Na terceira fase entre doze e treze anos introduz o treinamento objetivando o aprimoramento técnico individual, sistemas táticos e qualidade físicas de determinados esportes.

Mesmo que haja exceções onde talentos natos pulam etapas e mesmo assim se tornam atletas de alto rendimento no geral essa formação é essencial para gerar grandes atletas.

Outro grande motivo está no investimento da educação. Nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, 68% dos atletas do time da Grã-Bretanha foram formados em instituições públicas (MEDEIROS; BASTOS, 2012).

Nos EUA, é rotina comum e incentivada por faculdades, que dão bolsas para atletas com boas notas frequentarem suas instituições e competirem por ela (KLIX, 2011). Prova viva de que educação e esporte andam juntos.

Mas a maior potência mundial do esporte, os EUA, não se restringe apenas na base e educação. Andrade (2016) explica como o Comitê Olímpico dos Estados Unidos fatura com dinheiro de empresas privadas como direitos de imagens de transmissão, patrocinadores até doações de pessoas físicas e jurídicas.

Todo esse dinheiro é investido nos atletas, desde sua formação, treinamentos, despesas e como o dinheiro é privado dificilmente é desviado. (ANDRADE, 2016).

O Brasil como toda sua grandeza poderia ser grandeza no esporte mundial. Alguns fatores são providenciais para que isso não ocorra, entre eles a má formação da base no Brasil é um dos principais motivos, onde a iniciação esportiva precoce com grandes cargas de treinos intensos levando a um esgotamento prematuro não deixando o desenvolvimento ocorrer de forma correta. (NOVIKOFF, COSTA, TRIANI, 2012).

O esporte, pela sua importância, não tem recebido a atenção e prioridade que merece. Faltam planejamento, programas, diretrizes, metas, acompanhamento de resultados etc. Há imediatismo e descontinuidade das ações. (TANIA, et al. 1997).

3 OS JOGOS PARALÍMPICOS

As primeiras fontes referentes a prática de atividade física por pessoas deficientes foi em 1838, em Boston, Estados Unidos, onde uma escola iniciou aulas de ginastica e natação para crianças com deficiência visual. Mais tarde em outras escolas para deficientes, foi realizado as primeiras competições para crianças surdas e 1907 as primeiras competições de goalball para cegos (WINNICK, 2004).

Visando melhorar o tratamento de reabilitação física e social dos ex- soldados de guerra, a atividade física se transformou em um elemento significativo posteriormente as guerras mundiais (ADAMS et al, 1985).

Com a intenção de reduzir os prejuízos consequentes da primeira guerra mundial em vários lugares do mundo, especialmente na Europa, começou o incentivo a prática do esporte para portadores de deficiência física (WINNICK, 2004).

Depois da segunda guerra mundial com o aparecimento de milhares ex-soldados com distintas deficiências, como cegos, amputados, lesionados medular, aumentou sobretudo na Inglaterra e nos Estados Unidos, a prática do esporte como meio de reabilitação e reinclusão social (CASTRO, 2005).

Essa possibilidade se fortificou em consequência da falta de programas de reabilitação utilizados até o momento para atender as necessidades médicas e psicológicas dos abalados pela guerra (SILVA, 1992).

Com isso, a partir de 1944, teve início na Europa um sólido movimento em busca do crescimento do esporte participação, e logo de competição, então o alemão Dr. Ludwig Guttmann, produziu no Hospital de Stoke Mandeville, na Inglaterra, o primeiro local de tratamento para lesionados medulares. Por meio de métodos científicos e inovadores para a época, Guttmann modelou o esporte a concepção da reabilitação física e emocional, sendo figura principal para nascimento do esporte adaptado de alto rendimento (LIMA, 2010).

Já em 1948, Dr. Guttmann, promoveu no Hospital de Stoke Mandeville, o primeiro evento esportivo para os deficientes paralisado, que contava com competições de arco e flecha, seguinte a isso médicos e técnicos de várias parte do mundo eram enviados pelo seus governos, para acompanhar de perto o trabalho e as técnicas construídas por Guttmann (STROHKENDEL, 1996; SHERRIL, 1998).

Na segunda realização dos jogos, em 1952, que contou com participação holandesa, o evento atingiu proporções maiores a nível internacional vindo a ser chamado de 1 Jogos Internacionais de Stoke Mandeville. Gradativamente outras modalidades esportivas foram surgindo nas competições de homens e mulheres, como natação, esgrima, lançamento do dardo, e assim em 1956 o evento foi aprovado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) (BENFICA, 2012).

Em 1960, na nona edição dos Jogos Internacionais de Stoke Mandeville, o evento foi agregado ao décimo sexto Jogos Olímpicos de Roma, sendo realizado depois de poucas semanas do término dos jogos olímpicos. Inicialmente os jogos receberam o nome de Olimpíadas para Paraplégicos, onde participavam somente cadeirantes. Já no Japão em 1964 o nome se alterou para Paraolimpíadas, ao longo do tempo, os jogos foram reunindo atletas com diferentes deficiências e sendo cada vez mais reconhecido (ADAMS et al, 1985; CASTRO, 2005).

Nos dias de hoje, o nome correto e utilizado é Paralimpíadas, essa

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