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Ergonomia no Trabalho

Por:   •  8/11/2018  •  1.615 Palavras (7 Páginas)  •  329 Visualizações

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- Análise de situações reais, Entender o trabalho real, considerando o que acontece na intimidade da produção, e identificar os fatores que mereçam tratamento particular é fundamental para otimizar o processo de produção como um todo, ou seja, tanto do ponto de vista técnico como do ponto de vista humano. A situação real de trabalho significa o que é feito e como é feito pelo trabalhador, ou seja, é a combinação entre os objetivos e metas determinados pela tarefa e as características pessoais do trabalhador, a experiência e o treinamento de que dispõe o indivíduo.

Através da análise da atividade, podemos identificar e valorizar a variabilidade das situações de trabalho e a variabilidade biológica e psicológica dos trabalhadores. Para se compreender da melhor maneira possível a atividade realizada pelo trabalhador, é de fundamental importância analisar a situação de referência, a qual pode mostrar ao ergonomista os principais problemas enfrentados pelo trabalhador no seu dia a dia e quais são as estratégias adotadas por ele para solucionar tais problemas e atingir os objetivos finais. A análise da atividade real e dos riscos ergonômicos associados a ela consiste em coletar dados e informações que permitam ao ergonomista planejar e propor as mudanças necessárias no ambiente de trabalho. A etapa de concepção de soluções ergonômicas varia de acordo com a natureza do problema e da forma como a demanda foi instruída. É importante lembrarmos que a implementação das mudanças ergonômicas representa a fase final de uma intervenção e requer uma análise anterior muito cuidadosa e bem embasada em termos de conhecimentos teóricos.

- Envolvimento dos sujeitos, Um dos critérios mais importantes relacionados ao sucesso da intervenção ergonômica está vinculado à participação dos próprios trabalhadores no processo de identificação de problemas, proposição de sugestões e avaliação final das mudanças implementadas. A visão dos trabalhadores é uma fonte importante de informações para orientar as hipóteses iniciais e definir o plano de trabalho desde a etapa de avaliação e coleta dos dados até a implementação das mudanças e avaliação final da intervenção. A participação dos trabalhadores no processo da Análise Ergonômica do Trabalho pode se dar em reuniões com os representantes da organização pesquisada. A análise participativa permite a transformação das condições de trabalho por meio do auxílio à detecção de problemas, compreensão destes, sugestão de soluções, bem como validação da análise e das sugestões. A partir dessa esfera de análise, é possível identificar competências dos trabalhadores até então desconhecidas e identificar situações típicas e características que devem ser consideradas para a elaboração e definição do trabalho futuro. Tais situações características serão confrontadas e comparadas e servirão de base para traçar melhorias do trabalho realizado e facilitar a simulação do trabalho futuro.

4) A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) permite identificar e ajustar as condições de trabalho que possam trazer prejuízos a saúde do trabalhador. Baseado no protocolo de identificação de fatores de riscos dos postos de trabalho, elaborada pelo grupo Ergo & Ação e SimuCad da UFSCAR, descreva o que é recomendado nas tarefas relacionado a:

- Visão: A distância visual deve ser proporcional ao tamanho do objeto de trabalho: um objeto pequeno requer uma distância menor e uma superfície de trabalho mais alta. Os objetos que são comparados continuamente em uma distância visual fixa (menor que um metro) devem estar situados a uma mesma distância visual.

O objeto de maior frequência de observação deve ser centralizado em frente ao trabalhador. O ângulo de visão recomendado (medido a partir da linha horizontal da visão) varia entre 15° e 45°, dependendo da postura de trabalho.

- Espaço para pernas: Durante o trabalho sentado, deve haver espaço suficiente entre a parte de baixo da bancada de trabalho e o assento, para permitir o movimento das pernas. O espaço recomendado para as pernas é de 60cm. A profundidade no nível do joelho deve ter no mínimo 45cm e, no nível do piso, 65cm. Durante o trabalho em pé, o espaço para os dedos do pé deve ter no mínimo 15cm de profundidade e de altura. Recomenda-se que o espaço livre atrás do trabalhador seja de, no mínimo, 90cm, desde que os objetos grandes não sejam manuseados.

- Assento: Um assento usado continuamente deve conter, altura ajustável, estofamento permeável e apoio ajustável para as costas.

Assentos usados por diversas pessoas devem ser facilmente ajustáveis. A necessidade de cadeiras com rodinhas e apoio para coluna cervical ou para os braços depende do tipo de trabalho a ser realizado. Para o trabalho em pé, um banco alto ou um apoio lombar deve estar disponível para o uso temporário.

- Posturas de trabalho e movimento, As posturas de trabalho referem-se às posições do pescoço, braços, costas, quadris e pernas durante o trabalho. Os movimentos de trabalho são os movimentos do corpo exigidos pelo trabalho.

Deve-se determinar as posturas de trabalho e os movimentos separadamente para pescoço-ombro, cotovelo-punho, costas e quadril-pernas. A análise é feita a partir da postura e dos movimentos de maior dificuldade. O resultado final é o pior valor desses quatro resultados parciais.

O tempo utilizado para manter a postura afeta a carga de estresse de uma situação. O valor resultante é incrementado um nível se a mesma postura for sustentada por mais da metade da jornada, e decresce um nível se a mesma postura for mantida não mais que uma hora.

Referências bibliográficas

PADOVEZ,

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