As Políticas Educacionais
Por: eduardamaia17 • 19/2/2018 • 4.892 Palavras (20 Páginas) • 375 Visualizações
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Segundo Silva (2012, p.01):
Para que possamos compreender o sentido e o contexto da politica educacional brasileira é necessário estabelecermos uma linha de pensamento que contemple a observação de cenários históricos das ações e papeis de homens e mulheres e suas capacidades de reprodução e transformação do status.
Como pode ser visto, a educação é um ato grandioso e que auxilia no desenvolvimento do ser humano, pelo qual, deve ou pelo menos deveria ser um direito de todo ser humano, fato que não ocorre e que se agrava com a crescente disparidade entre as classes sociais, onde muitos têm tudo e outros não tem nada.
O direito à Educação é a afirmação da dignidade do ser humano, do ato de aprender, da possibilidade de mudança do status. Afinal trata-se de uma vida, possível a mudanças, dotada de direitos e deveres, logo que concatena-se a uma seria de potencialidades, aspectos sociais, que correspondem a plenitude da condição como ser humano.
Silva (2012, p.07):
Quando falamos das finalidades da educação em uma determinada sociedade, queremos dizer que o entendimento dos objetos da educação se modifica conforme as concepções do homem e da sociedade que em cada tempo e espaço social e econômico, caracterizam o modo de pensar, agir e os interesses das classes e grupos sociais em luta do poder.
Portanto é algo que assume diferentes conceitos e formas de ser ensinar no decorrer dos anos, onde são adquiridos novos conceitos, outros são atualizados. Dessa maneira caracterizando-se como modificável e que se renova, de acordo com as necessidades do homem, em seu tempo, espaço e questão econômica.
Ainda segundo o autor não pode ser falar em educação sem falar no mundo, onde homens e mulheres encontram-se inseridos, no qual atrás do trabalho o homem. Modifica a natureza, com o intuito de retirar da mesma, o que é necessário para a sua sobrevivência (SILVA, 2012. P.06).
Silva (2012, p 13) “a educação é um direito humano fundamental por depender dela a realização do projeto de vida individual de cada pessoa e dos projetos coletivos sociais e culturais”.
Contudo, dentro do contexto neoliberal, a logica discursiva do papel da educação, é o de oferecer condições no mínimo dignas de local para ensino, material didático e financiamento da educação através de politicas públicas. Porem existe uma grande disparidade entre o que é proposto no papel e a realidade que encontramos na pratica.
Os problemas são diversos e iniciam-se com uma má gestão dos órgãos competentes estruturas sucateadas, falta de matérias e investimento, condições precárias, diminuição de carga horaria de algumas disciplinas, entre outros fatores.
Quanto a questão curricular, no contexto neoliberal, encontramos uma ideologia de currículo que visa a profissionalização precoce dos indivíduos. No qual, temos a coisificação do ser humano, transformando-o em objeto, através da venda da sua força de trabalho. O ser humano passa a dividirem-se em dois grandes grupos, os detentores do modo de produção e o proletariado.
Com o advento do neoliberalismo, temos o avanço da globalização, que visa uma nova forma de trabalho, como finalidade visando o interesse da classe dominante, o aumento da disparidade social e dos conflitos de classe.
Parece antigo, porem a realidade atual das escolas ainda encontram-se paradas no tempo, de modo que pode se mencionar, que a mesma vem sofrendo um retrocesso e assim parece ter parado no tempo, apesar de novas propostas em teorias curriculares terem estado em pauta nas últimas décadas.
Segundo Malanchen (2014, p.98):
(...) A antiga luta pela igualdade universal para a humanidade é demonizada pela ideologia reativada do capital e posta como uma violência e uma destruição da subjetividade do individuo. Criticam-se planejamentos a médio e longo prazo, pois isso é padronizar os seres humanos. É valorizar tudo o que é individual, que não realize uma incursão na cultura ou na educação do sujeito.
De acordo com Libaneo; Toschi e Oliveira (2012) há uma relação entre o sistema educativo e as escolas, considerando duas vertentes. A primeira está relacionada à políticas educacionais e diretrizes organizacionais e curriculares ligadas aos valores, atitudes e práticas, que por sua vez são capazes de influenciar as escolas e seus profissionais às práticas formativas dos alunos. E a segunda, por sua vez, como sendo profissionais das escolas que tem a opção de aceitar ou rejeitar tais políticas e diretrizes educacionais, ou até mesmo, dialogar com elas para então formular, de modo coletivo, outras práticas formativas. Para tal, o professor precisa enxergar além e conhecer o sistema escolar, e não se contentar somente em desenvolver saberes/competências para ter uma boa atuação em sala.
Diante disso, os autores supracitados nos leva a pensar em outra razão que precisa ser considerada, o fato de que as normas, leis e diretrizes da educação, estão sujeitas a decisões políticas e cabe ao sistema de ensino e as escolas contribuírem de maneira significativa para a formação de sujeitos que são capazes de participar de maneira ativa desse processo.
Dessa maneira, quanto a organização de currículo e gestão escolar, as mesmas tornam-se, importante mediante o ambiente escolar devido serem temáticas norteadoras de uma escola, pois compõe a organização necessária para que se desenvolva o processo de ensino-aprendizagem, seja através da maneira como é exigido o currículo, seja em, oferecer condições mínimas necessárias para o ensino. Portanto, devendo respeitar os princípios que delimitam e asseguram os princípios do individuo, como ser humano, seja no direito a igualdade social, seja no direito a educação. Contudo deve-se exigir um currículo que, atenda a realidade e a necessidade dos educandos, sendo de extrema importância ressaltar um currículo, que crie a ideologia que vise à transformação social do educando. Portanto ambas devem ser desenvolvidas com o intuito de quebrar o paradigma da hierarquia, e se adequar a uma estruturação democrática, em que todos os componentes do ambiente escolar, possam contribuir no processo de decisão da escola. Logo que a escola deve ser um lugar de reflexão, aprendizado mútuo e criação de conhecimento tanto para professor, quanto para educando. (VEIGA, 1998)
Segundo Thiesen (2014, p.199-200) é pela via do currículo que trafegamos conhecimentos escolares, as trajetórias para o conhecimento, formação, organização
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