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A Revisao literatura

Por:   •  29/1/2018  •  1.654 Palavras (7 Páginas)  •  250 Visualizações

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Fleishman (1964, apud Schmidt e Wrisberg, 2001, p.52) classifica algumas capacidades, em questão a flexibilidade:

Flexibilidade – a capacidade para estender ou alongar o corpo o máximo possível em várias direções.

Flexibilidade dinâmica – envolve movimentos rápidos e repetidos e requer flexibilidade do músculo.

A flexibilidade tolera aos movimentos de impulso e balanço uma amplitude maior de oscilação, facilitando a execução técnica. A prática tem confirmado que os atletas têm alto grau de mobilidade são os que menos se machucam. As lesões musculares são mais frequentes nos atletas com mobilidade débil (BARBANTI, 1997).

Uma lesão pode estar relacionada a muita ou pouca flexibilidade, e, em alguns casos, o aumento extremo da flexibilidade (hiperflexibilidade) pode até aumentar a taxa de lesões. Mas se a falta de flexibilidade não conta muito para as ocorrências de lesões musculares que ocorrem, um desequilíbrio na flexibilidade entre as articulações predispor a lesão (BARBANTI, 2010).

Todos os movimentos desenvolvem-se nas articulações. Quanto maior a amplitude de oscilação, maior a flexibilidade. Também quanto mais relaxamento existir, maior será a flexibilidade. No sentido biomecânico, ela depende, sobretudo dos tendões e dos músculos das articulações e das características mecânicas que são próprias do tecido muscular (BARBANTI 2010).

O estágio de iniciação é, consequentemente, o momento ideal para se iniciar um bom programa de desenvolvimento de flexibilidade. Deve-se ressaltar a flexibilidade geral que abrange todas as articulações do corpo, pois resultará em bom desenvolvimento básico. Isso é importante, visto que a especialização não acontece até os estágios finais do desenvolvimento esportivo, e ninguém sabe quais músculos determinarão flexibilidade máxima em resultado do treinamento para determinada modalidade esportiva. Em estudos as crianças são flexíveis, mas é comum a flexibilidade diminuir com a idade após a puberdade, especialmente em garotos, supostamente em consequência de ganhos na estatura, no tamanho e na força muscular. A flexibilidade, de tal maneira, requer treinamento durante os estágios de desenvolvimento do jovem atleta. Assim como os atletas podem aumentar a flexibilidade em idade mais jovem com mais facilidade, ela deve fazer parte de seu programa de treinamento, seja qual for sua especialização esportiva (BOMPA, 2002).

Portanto que os atletas alcançam o grau de flexibilidade desejado, o objetivo do programa de flexibilidade passa a ser a manutenção daquele nível. A manutenção é importante o ano todo, pois os atletas rapidamente perdem a flexibilidade com a inatividade, e essa diminuição pode torná-los propensos à lesão. A partir do momento em que os garotos começam a desenvolver músculos maiores e mais fortes, começam a aparecer um certo declínio na flexibilidade, abrangendo o nível mínimo na segunda parte da puberdade. Do mesmo modo, que as garotas permanecem com bom desempenho. A puberdade é o aprendizado no desenvolvimento em que as diferenças sexuais na flexibilidade são as maiores (BOMPA, 2002).

Nieman (1999) complementa que a prática regular e orientada de exercícios de alongamento, tem como alguns benefícios evitar ou eliminar encurtamentos musculares (boa mobilidade articular), aumento da resistência à lesões e dores musculares e/ou na coluna (pelos esforços repetitivos), melhoria da postura, e alívio das tensões musculares provocadas por posturas estáticas.

Hoje em dia, muitos treinadores e cientistas do esporte confiam que os exercícios para obter flexibilidade são mais importantes do que se pensa. Além disso, usavam alongamento como parte do programa de aquecimento para vários esportes, entretanto, agora, reconhece-se mais o seu valor no incremento de uma melhor técnica específica e no aumento da potência no movimento. Um nível irrisório de flexibilidade é um fator frequentemente associado a lesões musculares. Cientistas e doutores em medicina esportiva têm garantido que o exercício de alongamento diminui a incidência e a severidade das lesões articulares e músculo-tendíneas. Portanto, a flexibilidade é vista como um dos meios mais eficientes para evitar lesões. Há dois mecanismos que reforçam a forte relação entre a flexibilidade e a predisposição a lesões (ELLIOTT; MESTER 2000).

Sendo assim, é fundamental o aprimoramento do planejamento estratégico, conciliando os treinos específicos do judô e o trabalho de flexibilidade semanalmente com o objetivo de aumento da amplitude dos movimentos dos atletas, com a intenção de prevenir lesões, corrigir desvios posturais e melhorar a eficiência dos movimentos e performance atlética.

REFERÊNCIAS

BARBANTI, Valdir J. Treinamento esportivo: as capacidades motoras dos esportistas. São Paulo: Manole, 2010.

BARBANTI, Valdir, J. Teoria e pratica do treinamento esportivo. 2. ed. São Paulo: Edgar Blucher, 1997.

BOMPA, Tudor O. Treinamento total para jovens campeões. Barueri, SP: Manole, 2002.

ELLIOTT, Bruce; MESTER, Joachim. Treinamento no esporte: aplicando a ciência no treinamento. Guarulhos, SP: Phorte Editora, 2000.

FRAGA LAC. Presença de atitudes escolióticas em meninos judocas e não judocas [Dissertação de Mestrado em Ciências do Movimento Humano]. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Educação Física, 2002.)

FRANCHINI, Emerson. Bases para detecção e promoção de talentos na modalidade Judô. I Premio INDESP de Literatura Esportiva. V. 1. Brasília,1999. P. 15 – 91.

FRANCHINI, Emerson. Judô: Desempenho competitivo. 1. ed. Barueri - SP: Manole, 2001.

GRECO, Pablo Juan; BENDA, Rodolfo Novellino. Iniciação esportiva universal. 2 ed. Belo Horizonte: UFMG, 2007.

LANARDO FILHO, Pedro e BÖHME, Maria Tereza Silveira. Detecção, seleção e promoção de talentos esportivos em ginástica rítmica desportiva: um estudo de revisão. Revista Paulista de Educação Física. 15 (2): 154-68, jul./dez. 2001.

Little NG. Physical performance

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