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A EDUCAÇÃO FÍSICA COMO POSSIBILIDADES DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL PARA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Por:   •  26/11/2018  •  3.578 Palavras (15 Páginas)  •  279 Visualizações

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Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), diz que a Educação Física deve oportunizar a todos os alunos, independentemente de suas condições biopsicossociais, assim como o desenvolvimento de suas potencialidades de forma democrática e não seletiva, visando o seu aprimoramento como seres humanos.

O presente estudo tem como intuito explanar sobre a Deficiência Física bem como as possibilidades nas aulas de Educação Física, em prol de possíveis melhorias no âmbito escolar em seu aspecto social através de um relato de experiência.

- Deficiência Física

Para o Ministério da Educação, a deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir grandes limitações físicas de grau e gravidades variáveis, segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida. (BRASIL, 2006, p. 28).

Salamanca (1994) por sua vez compreende deficiência física como: necessidades educacionais especiais, crianças ou jovens especiais que se originam através de deficiências ou dificuldades de aprendizagem.

Lopes, Mendes e Faria (2005), esclarecem que a deficiência física possui diversas causas podendo aparecer de formas distintas como distrofia muscular, epilepsia, paralisia cerebral, má formação congênita, entre outras.

De acordo com o Ministério da Educação (1998) A Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes, elaborada em 1975, definiu deficiente físico como uma pessoa incapaz de assegurar, por si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência, congênita ou não, em suas capacidades físicas.

De acordo com Resende e Neri (2005) A deficiência pode ser socialmente definida como o resultado de desordem entre as condições do indivíduo afetado por uma limitação funcional, as suas expectativas quanto à execução das atividades básicas de sua vida diária, as ações ambientais nessa direção e a escassez ou a inadequação de condições instrumentais e sociais que lhe permitam funcionar adequadamente, mantendo a autonomia e a autoestima.

É necessário entender que a deficiência física não limita o indivíduo em suas ações diárias na sociedade, a não ser no seu comprometimento funcional, devendo ele ser incluso na sociedade, tanto no âmbito escolar, como no mercado de trabalho, para que possa executar seu papel e função como cidadão.

Em relação à deficiência física Diehl (2006), afirma que ao se depararmos com crianças com algum tipo de deficiência física, nos vem a pensar o quão difícil deve ser para elas viverem em um mundo, uma sociedade, onde são construídas barreiras que impedem. Na maioria das vezes, o seu acesso aos espaços sociais ou de trabalho, essa é uma das dificuldades físicas, é um obstáculo visível.

Quando levamos em consideração os fatores neurológicos para essas limitações precisamos discutir quais são as funções do sistema nervoso no desenvolvimento motor do ser humano.

Segundo Schirmer et al. (2007), o papel mais importante do sistema nervoso é coordenar e controlar a maior parte de nosso corpo. O Sistema Nervoso recebe várias informações dos diferentes órgãos sensoriais, no qual une todas essas informações para determinar a resposta a ser executada pelo corpo. A resposta é expressa pela fala, comportamento motor, atividade mental, sono, equilíbrio interno do corpo, busca de alimentos, entre outros.

Quando o sistema nervoso é afetado impossibilita que o organismo repasse informações do cérebro a parte do corpo comprometido, fazendo com que não seja possível executar movimentos ou ações musculares, fazendo com que o indivíduo necessite de auxilio de equipamentos, como a cadeira de rodas, para sua locomoção e ou ações diárias.

Com relação aos tipos de deficiência física, o Decreto nº 3.298 de 20 de dezembro de 1999, afirma que paraplegia, perda total das funções motoras dos membros inferiores; tetraplegias, perda total da função motora dos quatro membros e hemiplegia, perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo, são conformidades que são acarretadas pela deficiência, e envolve o grau de comprometimento que o indivíduo possui.

- Educação Física Escolar

A Educação Física na escola se constitui em uma grande área de adaptação ao permitir, a participação de crianças e jovens em atividades físicas adequadas às suas possibilidades, proporcionando que sejam valorizados e se integrem num mesmo mundo.

Segundo Capellini (2010), a escola precisa adaptar as atividades às necessidades especiais do aluno possibilitando assim a sua participação. A perspectiva é atender a todos e ajudar a respeitar a multiculturalidade e a diversidade de práticas corporais.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) a maioria das pessoas com deficiência tem traços fisionômicos, alterações morfológicas ou problemas em relação à coordenação que as destacam das demais.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), dizem que a Educação Física deve oportunizar a todos os alunos, independente de suas condições biopsicossociais, o desenvolvimento de suas potencialidades de forma democrática e não seletiva, visando o seu aprimoramento como seres humanos.

Para Gorgatti e Costa (2005), a função da Educação Física na escola é educar para compreender e transformar a realidade que nos cerca, a partir de sua especificidade que é a cultura de movimento.

Com a ajuda do professor, o aluno irá construir através da convivência, o respeito mútuo com o discente que possui necessidades educativas especiais. Os professores irão mostrar aos mesmos que é possível integrar essa criança ao grupo, respeitando suas diferenças, e dando oportunidade para que os mesmos possam desenvolver seu potencial.

Cabe ao professor no ambiente escolar oportunizar momentos de integração entre todas as crianças levando em consideração não as capacidades físicas e sim o momento de socialização que as aulas de Educação Física podem proporcionar.

- Educação Física Adaptada X Educação Física Inclusiva

Segundo Bueno e Resa (1995), a Educação Física Adaptada para portadores de deficiência não se diferencia da Educação Física em seus conteúdos, mas compreende técnicas, métodos e formas

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