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AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO PROJETO A CAATINGA VAI Á ESCOLA E A ESCOLA VAI Á CAATINGA

Por:   •  14/8/2018  •  4.359 Palavras (18 Páginas)  •  409 Visualizações

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As práticas não servem apenas como complemento das atividades teóricas tê-las são de fundamental importância para a elaboração do conhecimento e assimilação do conteúdo apresentado. Capeletto (1999) afirma que para o ensino se tornar efetivo, ao mesmo tempo em que adquire todo o interesse de uma tarefa criativa, passa por uma modificação substancial do trabalho docente que se reduz praticamente a ministrar aulas e reconhecer a importância decisiva que possuí uma séria preparação das aulas dadas, associadas a tarefas de inovação e pesquisa.

O programa tem desenvolvido um amplo diálogo educativo sobre o bioma Caatinga e a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Serra das Almas para todos os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental, assim como tem capacitado os professores que lecionam a disciplina de Ciências da Natureza no 6º ano do ensino fundamental, para trabalhar o material sobre a Caatinga, através de palestras, cartilhas sobre o bioma caatinga e a visitação de todas as turmas de 6º ano a Serra das Almas, promovendo assim espaços de vivências ecológicas.

Baseando-se nesse contexto, Silva (2004) relata que o semiárido brasileiro abriga uma população de 20 milhões de habitantes, sendo a região semiárida mais populosa do mundo.

O bioma caatinga, incluindo diversas formações vegetais, ocupa a maior parte desta região.

O termo “Caatinga” designa uma vegetação dominante, que se estende por quase todos os Estados do Nordeste e parte de Minas Gerais, GIULIETTI (2002).

Para Giulietti (2002) esse ecossistema é muito importante do ponto de vista biológico por ser um dos poucos que tem distribuição restrita ao Brasil. Apresenta fauna e flora únicas, formada por uma vasta biodiversidade, rica em recursos genéticos e de vegetação constituída por espécies lenhosas, herbáceas, cactáceas e bromeliáceas. Estima-se que pelo menos 932 espécies já foram registradas para a região, das quais 380 são endêmicas. A área do Bioma Caatinga segundo a delimitação do IBGE (2004) é de oitocentos e quarenta mil e quatrocentos e cinquenta e três quilômetros quadrados (844.453 km²), está situada entre os paralelos 3° e 17° s e meridianos 35° e 45°W, e cobre 9,92% do território nacional, uma área maior que Espanha e Portugal juntos. Dentre os biomas brasileiros, é o menos conhecido cientificamente e vem sendo tratado com baixa prioridade, não obstante ser um dos mais ameaçados, devido ao uso inadequado e insustentável dos seus solos e recursos naturais, e por ter cerca 1% de remanescentes protegidos por unidades de conservação, VELOSO (2002).

A metodologia do projeto consiste na mobilização dos professores que foi iniciada no ano de 2010 nos momentos de encontros pedagógicos, a partir da necessidade dos docentes em ter um material contextualizado com a realidade local seguido de uma visita a RPPN Serra das Almas.

A princípio, foram realizados planejamentos pedagógicos orientação pedagógica com todos os professores de Ciência das turmas do 6º ano das Escolas Municipais para planejarem a metodologia a ser desenvolvida em sala de aula e sua contextualização com o bioma local (Caatinga).

Um segundo momento, aconteceu com os mesmos professores com a aplicação de uma aula de campo na RPPN Serra das Almas formando e preparando o grupo para a visita de campo a ser realizada com os alunos, objetivando proporcionar uma melhor interação dos professores com os alunos na RPPN Serra das Almas.

O acompanhamento pedagógico aos professores permanecerá em seus encontros de planejamento mensais durante os meses de execução das atividades.

Concomitante ao período de estudo em sala de aula sobre o bioma Caatinga, foi proporcionado 33 (trinta e três) viagens à RPPN Serra das Almas para todas as turmas do 6º ano envolvidas no Projeto com média de 25 (vinte e cinco) alunos e 2 (dois) dois professores por visita. A referida a aula de campo, objetiva proporcionar a práxis pedagógica relacionando o estudo realizado em sala de aula e a vivência em uma Unidade de Conservação no Bioma Caatinga.

Esta etapa foi executada nos meses de setembro a dezembro de 2011, como espaço prático de vivência ecológico dos educando com o ambiente preservado contribuindo na formação de sujeitos responsáveis capazes de promover o desenvolvimento local sustentável.

Após o terceiro mês de inicio do projeto, iniciou-se a construção de 10 viveiros educadores de 12 m² cada, feitos de madeira com tela sombrite de 50%, em 10 Escolas Pólos com a função de multiplicadores ambientais na prática de produção de mudas de espécies nativas e frutíferas, disponibilizando-as para a arborização da escola, comunidade e ações de reflorestamento.

Após a construção dos viveiros, foi realizada uma oficina de produção de mudas de 16 horas aula ministrado por um agrônomo, destinado a professores e alunos com enfoque na produção de mudas de espécies nativas presentes na comunidade de intervenção do projeto.

No quinto mês de exercício do projeto, foram realizadas duas oficinas de reciclagem de papel de 04h/a cada apresentando o passo-a-passo da reciclagem de papel na escola, deixando a disposição de todas as Escolas do município 04 (quatro) kits de reciclagem de papel. Nesse mesmo momento, foi iniciada uma campanha de Coleta Seletiva no município, principalmente nas Escolas situadas na área de intervenção do Projeto da Associação dos Catadores de Crateús – RECICRATIÚ orientando e fortalecendo a prática da coleta seletiva.

No sétimo mês de execução do projeto, salvo por interferências climáticas, será realizado a implementação das hortas pedagógicas, com uma capacitação de 16 h/aula a ser ministrado por um agrônomo ou um técnico agrícola seguido da construção de 18 hortas pedagógicas nas escolas com Ensino Fundamental II e 02 creches.

Com as respectivas atividades pretende-se trabalhar com os educandos, docentes e comunidade os conceitos de fauna e flora nativa, resíduos sólidos, educação alimentar e desenvolvimento sustentável, contribuindo na formação de sujeitos ecológicos, pois, “Quem ama cuida quem conhece respeita, e quem valoriza não desperdiça”.

No contexto do subprojeto supracitado, Danieli et al. (2006 ) afirma que a prática da atividade de campo tem extrema importância na formação dos educandos, sendo considerada assim uma alternativa para o ensino aprendizagem do aluno. Lembrando ainda que a mesma busca romper as limitações do ensino atual, onde o educando possui visões e concepções fragmentadas, visões essas

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