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A Malaria na Africa

Por:   •  23/11/2018  •  2.602 Palavras (11 Páginas)  •  244 Visualizações

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Anemia e malária coexistem em diversas regiões do mundo. A malária é causa importante de anemia hemolítica, durante a doença aguda e na fase de recuperação da infecção, quando parecem actuar mecanismos auto-imunes ainda pouco esclarecidos. Nas relações entre anemia e malária, outro aspecto importante a ser destacado refere-se à possível protecção relativa conferida pela anemia ferropriva à malária em áreas holoendêmicas.

Os parasitas do gênero Plasmodium instalam-se nos eritrocitos, provocando hemólise e utilizando-se de ferro-heme para sua nutrição. O uso de quelantes de ferro em culturas "in vitro" de P. falciparum inibe o crescimento do parasita. Dados provenientes da África Ocidental sugerem que indivíduos portadores de P. falciparum, com anemia ferropriva, têm menor susceptibilidade às manifestações clínicas da malária, embora possam surgir sintomas de parasitemia após a correção da anemia.

FONTE: (Marly A. Cardoso,art. Anemia em área endémica de malária).

PERGUNTA PESQUISA

O paludismo ou malária é a principal causa de morte em crianças menores de cinco anos em Angola, o que constitui um problema de saúde pública.

- Porquê pretende-se avaliar a anemia em crianças com malária atendidas no Hospital Pediátrico David Bernardino?

JUSTIFICATIVA

A abordagem deste tema é de extrema importância para mim como profissional de saúde bem como para a sociedade em geral. No nosso país, a malária continua a causar várias vítimas afectando toda a sociedade, muitas famílias perdem os seus ante queridos com esta epidemia. Vi-me na necessidade de aprofundar os conhecimentos sobre a malária afim de contribuir com informações sobre os cuidados de prevenção e controlo da doença para as comunidades, bem como aplicar técnicas laboratoriais para diagnosticar e tratar a doença.

OBJECTIVOS

Geral:

- Avaliar a anemia em crianças com malária atendidas no Hospital Pediátrico David Bernardino em Luanda no segundo Semestre de 2017.

Específicos:

- Caracterizar a amostra de acordo com os dados sociodemográficos.

- Verificar a relação da alta parasitemia com a anemia em crianças.

- Descrever os métodos de diagnóstico, tratamento e profilaxia da malária.

- Co-relacionar os dados sociodemográficos com as variáveis de estudo.

CAPÍTULO: 1

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. Conceito: A malária humana é uma doença parasitária que pode ter evolução rápida e ser grave. Ela pode ser provocada por quatro protozoários do género Plasmodium: Plasmodium vivax, P. falciparum, P. malariae e P. ovale. Somente os três primeiros estão presentes, sendo o P. vivax e o P. falciparum as espécies predominantes. A transmissão natural da doença se dá pela picada de mosquitos do género Anopheles infectados com o Plasmodium. Estes mosquitos também são conhecidos por anofelinos, dentre outros nomes.

A malária, importante doença parasitária há séculos – apesar das ações de controle implantadas há décadas em muitas partes do mundo –, é também conhecida como impaludismo, febre palustre, maleita e sezão.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que seu impacto sobre as populações humanas continua aumentando: ocorre em mais de 90 países, pondo em risco cerca de 40% da população mundial – estima-se que ocorram de 300 a 500 milhões de novos casos, com média de um milhão de mortes por ano. Representa, ainda, risco elevado para viajantes e migrantes, com casos importados em áreas não-endémicas.

1.2. Etiologia

Protozoários· Ordem: Elcoccidiida

Filo: Apicomplexa Família: Plasmodiidae

Classe: Sporozoa· Espécies: P. Falciparum,

Género: Plasmodium P. Vivax, P. Malariae, e P. Ovale.

FONTE: (D.r. Rodrigo de Carvalho Santana Malária No Brasil).

1.3. Ciclo evolutivo do Plasmodium

Formas evolutivas do Plasmodium.

Esporozoíto: Forma infectante.

Esquizonte: Forma decorrente de reprodução assexuada (esquizogonia) Encontrado no hepatócito ou nas hemácias.

Hipnozoíto: Formas latentes no fígado •P. vivax e P. ovale

Merozoítos: Formas liberadas dos esquizontes Penetram nos eritrócitos

Trofozoítos: Formas de transição encontradas nos eritrócitos

Gametócitos: Formas sexuadas.

Microgametócito: Formas captadas pelos vectores.

Macrogametócito: Formam esporozoítos no tubo digestivo do vector.

1.4. Epidemiologia

A transmissão da malária está condicionada a determinados factores que permitem não só o surgimento de novas infecções como também a perpetuação do agente causal. Os primeiros são chamados factores principais ou primários, cuja presença é essencial para a existência da infecção, consistindo da interacção dos três seguintes factores: o parasito, o hospedeiro humano e o vector. Há também os factores secundários, que actuam favorecendo ou dificultando a transmissão.

Anualmente são registados cerca de 135.287.000 de casos. Sendo o P. falciparum responsável por 90% dos registos. Das estimadas 473.789.000 mortes anuais - 80% ocorrem na África Subsariana. Tendo como principais factores a pobreza extrema, falência do sistema de sanitário, ausência de saneamento básico, factores ligados ao hospedeiro e parasita, multi resistência anti malárica entre outros.

A partir das informações sobre a ocorrência de malária em determinada área e tempo, é possível, de acordo com o perfil epidemiológico de transmissão, classificar a região em área hiperendêmica,

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