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Trabalho Sobre a Malária

Por:   •  7/3/2018  •  1.429 Palavras (6 Páginas)  •  336 Visualizações

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Malária não complicada:

As manifestações clínicas mais frequentemente observadas na fase aguda são comuns às quatro espécies que parasitam os humanos. Em geral, os acessos maláricos são acompanhados de intensa debilidade física, náuseas e vômitos. Ao exame físico, o paciente apresenta-se pálido e com baço palpável. A anemia, apesar de frequente, apresenta-se em graus variáveis, sendo mais intensa nas infecções por P. falciparum. Durante a fase aguda da doença é comum à ocorrência de herpes simples labial.

Malária grave e complicada

Adultos não imunes, crianças e gestantes, podem apresentar manifestações mais graves da infecção, podendo ser fatal no caso de P. falciparum. A hipoglicemia, o aparecimento de convulsões, vômitos repetidos, hiperpirexia, icterícia, distúrbio da consciência, malária cerebral, insuficiência renal aguda e edema pulmonar agudo são os sintomas e possíveis complicações que podem ocorrer quando houver presença de P. falciparum.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de certeza da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente. A OMS, em suas orientações atuais para o controle da malária, preconiza tanto o diagnóstico clínico quanto o diagnóstico laboratorial como norteadores da terapêutica da doença.

Diagnóstico clínico

Em situações de epidemia e em áreas de difícil acesso da população aos serviços de saúde, indivíduos com febre são considerados portadores de malária. Além disso, indivíduos semi-imunes ao plasmódio podem apresentar a doença sem sintomas mesmo havendo parasitemia.

Por isso, o elemento fundamental no diagnóstico clínico da malária, tanto nas áreas endêmicas como nas não endêmicas, é sempre pensar na possibilidade da doença, e assim resgatar informações sobre a área de residência ou relato de viagens indicativas de exposição ao parasito, bem como informações sobre transfusão de sangue ou uso de agulhas contaminadas.

Diagnóstico laboratorial

O diagnóstico da malária é feito pela pesquisa do parasito no sangue periférico, seja pelo método da gota espessa, ou pelo esfregaço sanguíneo. Estes são os únicos métodos que permitem a diferenciação específica dos parasitos a partir da análise da sua morfologia e das alterações provocadas no eritrócito infectado.

A determinação da densidade parasitária pode ser útil para a avaliação prognóstica e deve ser realizada em todo paciente com malária, especialmente nos portadores de P. falciparum.

PROFILAXIA

Medidas de proteção individual

A prevenção da malária consiste em evitar o contato do mosquito com a pele do homem. Como o anofelino tem, em geral, hábitos noturnos de alimentação, recomenda-se evitar a aproximação às áreas de risco após o entardecer e logo ao amanhecer do dia, utilizar repelentes nas áreas expostas do corpo, telar portas e janelas e dormir com mosquiteiros.

Quimioprofilaxia

Como medida de curto prazo, a quimioprofilaxia pode ser recomendada apenas para viajantes internacionais e grupos especiais que viajam para áreas de intensa transmissão, durante um período que não ultrapasse dois meses.

Medidas coletivas

Medidas coletivas incluem drenagem de coleções de água, pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoramento da moradia e das condições de trabalho, uso racional da terra, através da informação, educação e comunicação, a fim de provocar mudanças de atitude da população com relação aos fatores que facilitem a exposição à transmissão.

TRATAMENTO

A malária é tratada com medicação antimalárica. A escolha do fármaco depende do tipo e gravidade da doença. Apesar de geralmente serem também usados medicamentos para baixar a febre, a sua influência no tratamento não é ainda conclusiva.

A malária não complicada pode ser tratada com medicação oral. O tratamento mais eficaz para a infecção por P. falciparum é o uso de artemisinina combinada com outros anti-maláricos, denominada Terapia Combinada de Artemisinina ou ACT. A combinação de fármacos diminui as hipóteses de se verificar resistência do parasita a qualquer um dos componentes individuais. Entre os outros anti-maláricos com que a artemisinina é combinada estão a amodiaquina, lumefantrina, mefloquina ou sulfadoxina/pirimetamina. Para o tratamento de malária na gravidez, a Organização Mundial da Saúde recomenda o uso de quinino e clindamicina no primeiro trimestre e ACT nos restantes trimestres. A infeção por P. vivax, P. ovale or P. malariae é geralmente tratada sem necessidade de internamento hospitalar. O tratamento de P. vivax requer não só o tratamento das fases sanguíneas (com cloroquina ou ACT), como também da eliminação das formas hepáticas com primaquina.

O tratamento recomendado para a malária grave é a administração intravenosa de fármacos anti-maláricos. Em casos graves, o artesunato é superior ao quinino, tanto em crianças como em adultos. O tratamento de malária grave envolve medidas de apoio que são melhor realizadas numa unidade de cuidados intensivos, onde se possa gerir a febre elevada e as convulsões

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