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Índia e África do Sul: economia e industrialização.

Por:   •  10/2/2018  •  6.876 Palavras (28 Páginas)  •  282 Visualizações

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O seu desenvolvimento econômico ocupa uma das maiores posições entre todos os países do mundo – são cerca de 10% ao ano -, que, entretanto, detém uma infraestrutura decadente, uma severa burocracia, elevadas taxas de juro e diversos problemas sociais – incluindo a pobreza do campo, o analfabetismo latente, a permanência do sistema de castas, o índice de corrupção, o sistema de clientelismo ainda existente -, gerando como conseqüência uma economia cheia de barreiras, impossibilitando o alcance de sua potência total no mercado mundial.

2.1.1 Setores econômicos

2.1.1.1 Indústria e serviços

A indústria indiana é responsável por quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB) e por 22% dos empregos no país (2013). A Índia ocupa o 12º lugar na questão da produção fabril. A CIA World Factbook é a divulgadora dessas informações. Esse setor alterou-se profundamente a partir das reformas impostas de 1991 até então, quebrando as barreiras de importação – elevando a concorrência, agora também externa -, privatizando empresas públicas, aprimorou a infraestrutura e aumentou a fabricação de produtos de consumo rápido. Nessa época, o setor privado do país sofreu com uma forte concorrência – tanto interna como externa -, disputando com as problemáticas importações chinesas, relevantemente mais baratas que as outras, em geral. Deste ponto em diante, foi necessária uma reforma que levasse a redução dos custos e inovação na forma de organização e gerenciamento (logística), utilizando-se de mão de obra barata e tecnologia de ponta. Consequentemente, houve uma demanda menor de empregos, inclusive no setor agrícola, que antes requeria uma grande quantidade maior de funcionários.

Perdendo apenas para a agricultura, a indústria têxtil é uma das áreas que mais geram empregos no país e consome cerca de 20% do setor industrial, o que proporciona um ofício a aproximadamente 20 milhões de pessoas. Após o período de 2004-2005, quando o setor sofreu uma série de problemas restritivos – financeiros, em sua maioria - o governo concedeu diversos investimentos, nacionais e estrangeiros, para garantir o crescimento. Entre 2004 e 2008, esses financiamentos ultrapassaram a 27 milhões de dólares. No ano de 2012, estes garantiram um 17 milhões de novos empregos. Todavia, as importações de têxteis da Índia têm decaído cada vez mais no mercado mundial. A cidade de Ludhiane, no estado de Punjabe, é reconhecida no mundo inteiro, tanto por sua elevada importância na produção de lã (são 90%) – o que lhe garantiu o título de “Manchester indiana” –, quanto por produzir meias e diversos tipos de roupas (sejam esportivas, de uso comum ou revestidas de malha).

Entre todos os países do mundo, a Índia é a décima terceira entre aquelas que geram serviços. No país, 27% dos empregos são gerados por esse setor, que tem crescido significativamente, a uma taxa, por exemplo, de aproximadamente 7,5% na década de 90 – quase o dobro das quatro décadas anteriores. No PIB, a sua parcela é a maior entre os setores indianos, chegando a 57% em 2012, quando meio século atrás não superava 15%. Os profissionais de TI (tecnologia da informação) e BPO (Business Process Outsourcing) – que é a terceirização da parte comercial usuária da tecnologia da informação – são aqueles que mais representam a área e têm ascendido, colaborando para cerca de 30% de todas as exportações indianas entre 2007 e 2008, por exemplo. O desenvolvimento do setor de tecnologia da informação é explicado pela crescente especialização da Índia na área, além de mão-de-obra em grande disponibilidade e de custo reduzido, alta qualificação e, portanto, educados, e que adotam o inglês como uma de suas línguas fluentes, na questão de oferta; do outro lado, há uma crescente demanda de consumidores estrangeiros, principalmente em exportar serviços indianos ou em terceirizar suas tarefas. No ano de 2009, sete organizações nacionais foram classificadas entre as 15 melhores empresas de outsourcing de TI no mundo.

Bangalore, Calcultá, Chennai, Trivandrum, Noida, Mumbai, Pune e Hyderabad formam as principais cidades que compõem a exportação de serviços. Bangalore, por si só, é conhecida como o Vale do Silício da Índia, uma vez que é a maior exportadora de TI da Índia, em referência ao Vale do Silício, na Califórnia, EUA, um centro de empresas tecnológicas, o mais importante tecnopolo.

2.1.1.2 Agricultura

A segunda maior fonte mundial de gêneros alimentícios é a Índia, entre as áreas da flora, de pescaria e madeireira, com 17% das riquezas do país e responsável por mais da metade (51%) dos empregos indianos em 2012, e, mesmo com uma participação em declínio em relação ao PIB, é ainda o maior setor da economia da Índia e que tem relevância no desenvolvimento socioeconômico geral indiano. Por exemplo, a plantação de soja tem elevado em todos os locais do país desde a década de 50, graças à dedicação do governo em criar planos de cinco anos e aperfeiçoar as técnicas de irrigação, além das melhorias na tecnologia nas avançadas práticas de agricultura e créditos (e subsídios) aos trabalhadores rurais a partir da Revolução Verde na Índia. Os principais estados contribuintes no setor agrícola incluem Uttar Pradesh, Haryana, Maharashtra, Madhya Pradesh, Punjabe, Andhra Pradesh e Bengala Ocidental.

Com altos índices de precipitação (total e média anual), a Índia tem um grande potencial hídrico a ser utilizado, como lagos, rios e suas nascentes, água subterrânea (em aqüíferos) e córregos, com mais de um milhão de quilômetros cúbicos. A irrigação acontece em quase metade (cerca de 40%) de todas as terras onde há cultura. Os recursos naturais hídricos do país, de leste a oeste do país, que compreendem o oceano Índico, além de golfos e baías, geram mais de seis milhões de empregos no setor pesqueiro. No ano de 2008, era a Índia quem ocupava a terceira posição mundial da indústria de pesca.

Em relação ao leite e a juta, a Índia é o país que mais produz esses gêneros, sendo o segundo quando se trata de quantidade de gados, com cerca de 175 milhões de cabeças em 2008. Fica em segundo lugar na produção de algodão, cana de açúcar, trigo, arroz e amendoim, ocupando também essa posição quanto a frutas e vegetais, com representação de quase 11% e 9%, respectivamente, desses produtos no mercado mundial. A seda também é um dos produtos gerados na Índia, que também é o país que mais o produz e consome em todo o mundo, atingindo a marca de quase 80 milhões de toneladas, no ano de 2005.

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