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A BIOLOGIA E CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS

Por:   •  23/12/2018  •  2.628 Palavras (11 Páginas)  •  436 Visualizações

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As plantas daninhas causam grandes prejuízos a cultura da cana-de-açúcar na usina Porto Rico, sendo o setor de Herbicida da usina o responsável pelo seu controle obedecendo a legislação e a responsabilidade ambiental. As plantas daninhas competem diretamente com a cultura da cana-de-açúcar, por água, luz, espaço e entre outras por nutriente, essas plantas também são vetores de doenças. Essas interferências podem causar o retardo ou mal desenvolvimento da cultura, acarretando em futuros prejuízos a usina, sendo assim o seu controle é de grande importância para o bom desenvolvimento da cana.

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O controle das plantas daninhas na usina porto rico é realizado na sua maior parte através da aplicações de herbicidas de forma mecânica através de tratores ou manual utilizando a bomba costal, no entanto existem plantas daninhas que são de difícil controle mesmo com a utilização de produtos agrotóxicos, pois tem capacidades de rebrotar rapidamente, nestes casos utiliza-se do uso da enxada no controle dessas plantas visando arrancar toda a raiz da planta evitando assim que ela rebrote.

As recomendações para o uso de herbicidas são realizadas após um levantamento fitossociológico das principais espécies presentes em uma determinada área, após este levantamento é realizado uma pesquisa sobre os principais produtos registrados para a cultura da cana-de-açúcar o qual deverá ser utilizado, fazendo sempre rotação de produtos, evitando assim que a planta crie resistência.

Para a aplicação destes produtos agrotóxicos o uso de equipamentos de proteção individual – EPIs, é fundamental para a segurança e saúde dos funcionários durante a aplicação dos agrotóxicos, tais como: herbicida, inseticida, fungicida que acontece durante todo o ciclo da cultura, para o controle das principais ervas daninhas, insetos-praga e doenças.

De acordo com Borges (2012), os Equipamentos de Proteção Individual do aplicador são (Figura 2):

Luvas - protegem as partes do corpo com maior possibilidade de exposição, as mãos.

Respiradores - chamados de máscaras, os respiradores têm o objetivo de evitar a absorção dos vapores e partículas tóxicas através dos pulmões.

Viseira Facial - material transparente de acetato, para proteger os olhos e o rosto contra respingos, no preparo de caldas e durante a pulverização.

Jaleco e calça hidro - repelentes - calça e camisa de mangas compridas para proteção do tronco, membros superiores e inferiores.

Boné árabe (touca árabe) - confeccionado em tecido de algodão e tratado com teflon. É hidro-repelente, protege a cabeça e pescoço.

Avental - de material impermeável, deve ser utilizado adaptado na parte frontal do jaleco durante o preparo da calda e na parte costal do jaleco durante as aplicações com equipamento costal.

Botas impermeáveis devem ser preferencialmente de cano alto e a calça colocada pra fora da mesma e não devem ser utilizado bota de couro.

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3.1 MANEJO DE PLANTAS DANINHAS

É importante, inicialmente, conhecer o conceito de manejo ou manejo integrado. Manejo seria a utilização dos diferentes métodos de controle disponíveis, como os preventivos, os culturais, os biológicos e os químicos, de uma forma racional, preservando o meio ambiente e a saúde do consumidor. Portanto, para a utilização adequada de um manejo, há a necessidade de um monitoramento, envolvendo conhecimentos multidisciplinares nas áreas de biologia das plantas daninhas, fitotecnia da cana-de-açú- car, física e química de solos, máquinas agrícolas, mecanismos de ação dos herbicidas, tecnologia de aplicação e avaliação do impacto ambiental.

3.1.1 MEDIDAS PREVENTIVAS

Medidas preventivas são usadas para evitar a introdução, na área de plantio, principalmente de plantas daninhas como a tiririca, grama-seda, capim-colonião, capim-massambara e capim-camalote. Algumas delas seriam: utilização de mudas livres de disseminulos das plantas daninhas; manutenção de canais de vinhaça ou de irrigação livres de plantas daninhas; limpeza de equipamentos agrícolas; utilização de torta de filtro ou composto orgânico livre de plantas daninhas; limpeza de áreas adjacentes que possam produzir sementes.

3.1.2 MEDIDAS CULTURAIS

Crescendo num mesmo ambiente, os sistemas radiculares das plantas daninhas e das plantas cultivadas ocupam um mesmo espaço, requerendo um suprimento adequado de nutrientes e água. Podem-se utilizar medidas que modifiquem essa relação planta daninha-cultura, favorecendo as plantas cultivadas, no aspecto competitivo. Essas medidas culturais são as seguintes:

Manejo varietal – Escolha de variedades adaptadas às condições locais, proporcionando rápido crescimento e ocupação do espaço. O manejo varietal da cana-de-açúcar é muito importante e exige conhecimentos com relação ao perfilhamento, fertilização do solo, brotação, arquitetura foliar, resistência a pragas e doenças, adubação, espaçamento e sensibilidade aos herbicidas.

Rotação, sucessão e culturas intercalares – Essas associações, de um modo geral, evitam a predominância de determinadas plantas daninhas. Quanto maiores as diferenças fisioló- gicas das culturas utilizadas, na rota- ção ou sucessão, menor será a possibilidade de predominância de uma espécie daninha. A sucessão de culturas tem sido utilizada na renovação do canavial, após a eliminação da soqueira. As culturas utilizadas têm sido: amendoim, feijão, soja, girassol, crotalaria, mucuna preta e lab-lab. Cuidados devem ser tomados em áreas com utilização de herbicidas residuais, como o tebuthiuron. Nesse caso, recomendase não aplicá-lo nas duas últimas socas. O uso de cultura intercalar ou consorciação de culturas também pode ser feito com a cana-deaçúcar. A cultura utilizada deve ter um ciclo curto, para possibilitar a colheita antes do fechamento da cana. A cultura de feijão tem sido a mais utilizada. Graciano e Victoria Filho (1990), estudando a produção de cana-de-açúcar intercalada

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