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RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADA NUTRIÇÃO DAS PLANTAS

Por:   •  26/9/2017  •  4.253 Palavras (18 Páginas)  •  516 Visualizações

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Os nutrientes no solo e a nutrição da planta são dois aspectos fundamentais para garantir uma produção orgânica de qualidade. Todo processo vital dos organismos vivos, sejam eles vegetais ou animais, está na dependência da satisfação das necessidades primarias. Porém, a planta será agredida somente quando seu estado bioquímico, determinado pela natureza e pelo teor de substâncias nutritivas contidas no solo e que podem ser absorvidas pela planta, corresponder às exigências tróficas (de alimentação) da praga ou do patógeno em questão. Os fertilizantes sintéticos e os agrotóxicos proporcionam este desequilíbrio. Os princípios da agricultura orgânica ajudam manter o solo vivo, nutrindo a planta com equilíbrio e em um ecossistema funcional que propicia a criação de plantas mais resistentes e saudáveis.

2 – Ciclo dos nutrientes

Todas as plantas vasculares requerem 17 elementos essenciais ou nutrientes inorgânicos para um crescimento e desenvolvimento normais. Tendo em vista que a terra é essencialmente um sistema fechado, esses elementos são disponíveis somente em um suprimento limitado. A vida na terra depende, por tanto, da reciclagem desses elementos. Tanto macronutrientes como micronutrientes estão constantemente sendo reciclados através dos corpos de plantas e animais, retornando ao solo sendo quebrados e absorvidos pelas plantas novamente. Cada elemento tem um ciclo diferente envolvendo muitos organismos e sistemas enzimáticos. Alguns ciclos, como os do carbono, oxigênio, enxofre e nitrogênio, os quais existem sobre a forma gasosa (como elementos ou compostos) na atmosfera, são Outros ciclos, como essencialmente de natureza global.

Outros ciclos, como os do fósforo, cálcio, potássio e os dos micronutrientes, os quais não são encontrados no estado gasoso, são geralmente de natureza mais localizada. Como os ciclos dos nutrientes envolvem tanto os organismos vivos quanto o ambiente físico, eles são também denominados ciclos biogeoquímicos.

Considera-se que o ciclo dos nutrientes possui “vazamentos”, pois nem todos os nutrientes retornados ao solo tornam-se disponíveis para o uso vegetal. Alguns são perdidos do sistema. A erosão, por exemplo, remove a cobertura do solo rica em nutrientes (especialmente em fósforo e nitrogênio), a qual é carreada em córregos e rios e finalmente desemboca em oceanos. A remoção de nutrientes (especialmente nitrogênio e potássio) durante a colheita, bem como as perdas para a atmosfera de gases contendo nitrogênio e enxofre, quando as plantas são queimadas, também contribuem para a perda de nutrientes. Além disso, a lixiviação colabora para as perdas de todos os tipos de nutrientes solúveis, mais notavelmente potássio, nitrato e sulfato.

3 – Nutrição das plantas ou elementos essenciais

Desde o começo do século XIX, químicos e botânicos tem analisado plantas e demonstrado que certos elementos químicos eram absorvidos do ambiente. Contudo, havia duvidas se os elementos absorvidos eram impurezas ou constituintes necessários para funções essenciais. Até a metade da década de 1880, estabeleceu-se que pelo menos dez dos elementos químicos presentes nas plantas eram necessários para o crescimento normal. Na ausência de qualquer um desses elementos, as plantas exibiam anomalias características de crescimento ou sintomas de deficiência e, freqüentemente, tais plantas não se reproduziam normalmente. Esses dez elementos – carbono, hidrogênio, oxigênio, potássio, cálcio, magnésio, nitrogênio, fósforo, enxofre e ferro – foram apontados como elementos químicos essenciais para o crescimento vegetal. Eles são também chamados minerais essenciais ou nutrientes inorgânicos essenciais.

Nos primeiros anos do século XIX, o manganês também foi reconhecido como elemento essencial. Durante os 50 anos seguintes, com a ajuda de técnicas melhoradas para a remoção de impurezas de soluções nutritivas, cinco elementos adicionais – zinco, cobre, cloro, bromo e molibdênio – foram reconhecidos como essenciais, aumentando o numero total para 16 elementos.

A fertilização e adubação orgânica são aquelas praticas que completam a nutrição da planta com elementos de origem natural e sem ter sido previamente alterados ou transformados quimicamente. A fertilização e adubação orgânica diferem da fertilização e adubação convencional porque o primeiro usa insumos com uma baixa concentração de nutrientes que não são quimicamente manipulados enquanto o segundo usa uma alta concentração de nutrientes previamente manipulados.

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As plantas são organismos que tem uma função de alimentação totalmente diferente dos seres humanos porque apesar de produzirem seu próprio alimento (os açucares são produzidos pelo processo fotossintético na planta), elas necessitam de um suprimento contínuo de elementos minerais para desempenhar essa função. Esses nutrientes são derivados do processo de degradação químico-fisica dos minerais durante a formação do solo, da decomposição da matéria orgânica no solo ou de adubações suplementares e são absorvidos fundamentalmente pelo sistema radicular. Os nutrientes que são mais prontamente disponíveis às raízes são aqueles que se acham dissolvidos na água dentro do solo.

Os sais minerais são denominados por derivarem dos minerais no solo, e o processo pelo qual as plantas os adquirem é denominado nutrição mineral que funciona assim: os nutrientes minerais estão presentes no solo e vem dissolvidos pela ação da água da chuva ou da irrigação. Assim que a raiz da planta estiver em contato com essa região do solo que contem água, conseguirá absorver os nutrientes minerais. O processo de absorção se dá com gasto de energia da planta. Ela queima os açucares que foram formados pela ação da fotossíntese para absorver minerais como cálcio, magnésio, potássio, trocando uma quantidade equivalente de hidrogênio. Depois de adquiridos, todos eles são incorporados às plantas pelo mais diversos processo de formação, desenvolvimento e manutenção das suas partes.

4 – Função dos Nutrientes

Embora os elementos essenciais sejam comumente classificados como micronutrientes e macronutrientes, eles também são algumas vezes classificados funcionalmente em dois grupos: aqueles que têm um papel na estrutura de compostos importantes e aqueles que têm função de ativadores de enzimas.

A divisão entre micro e macronutrientes não tem correlação com uma maior ou menor essencialidade. Todos são igualmente essenciais, só

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