RESUMO SEGURANÇA INTERNACIONAL
Por: Kleber.Oliveira • 12/6/2018 • 2.386 Palavras (10 Páginas) • 363 Visualizações
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-surge com a ascensão das agendas econômicas e ambientais nas relações internacionais nos anos 70 e 80 e mais tarde com as questões de identidade e crimes internacionais nos anos 90.
•ameaças e vulnerabilidade podem surgir de diferentes áreas, militares ou não militares, mas para contar como questão de segurança elas devem estar fora do critério que as define apenas como meramente políticas.
-Elementos básicos para que uma questão possa ser tratada como de Segurança:
•ameaça existencial (coloca em risco a vida/existência de algo/alguém)
•situação de emergência
•possibilidade de quebra de regras
(os três necessariamente juntos)
Texto: Securizitation in contemporary security studies.(Emmers)
•a Escola de Copenhague desenvolve um corpo substancial de conceitos para repensar Segurança, notadamente as noções de securitização e desecuritização.
→papel importante na ampliação do que é visto como questão de segurança.
-5 categorias de temas de Segurança: militar, ambiental, econômica, social e política.
•Securitazing actores: atores que securitizam questões declarando que algo (o referent object) está sendo ameaçado (podem ser líderes políticos, burocratas, lobistas, grupos de pressão...)
•Referent Object: aquilo/aquele que está sendo ameaçado e que tem reivindicação legítima de sobrevivência. O referent object pode ser o Estado (categoria militar), a soberania nacional ou uma ideologia (categoria política), a economia (categoria econômica), identidade coletiva (categ. Social), espaços ou habitats (categ. Ambiental)
•A Escola de Copenhague apresenta um passo para além dos estudos tradicionais de Seg. e seu foco no setor militar (inclui atores não estatais)
•Segurança é sobre sobrevivência. (concepção tradicional aceita pela Escola de Copenhague)
-Modelo de securitização:
→a EC defende que qualquer questão pode ser enquadrada em não-politizada (não é uma questão que o Estado deva se preocupar), politizada (faz parte das políticas públicas e requer decisões do gov.) e securitizada (requer ações urgentes do governo que podem ir além dos procedimentos padrões aka quebra de regras)
→uma questão passa de politizada para securitizada a partir de um ato de securitização.
→exemplo de desecuritização: apartheid na África do Sul.
→quando uma questão é securitizada , ela passa a ter prioridade na agenda e precisa de ações emergenciais e fora dos padrões do governo e com a possibilidade de quebra de regras.
-dois estágios do processo de securitização:
1-retratar algo como ameaçado (tornar um referent object)
2-convencer uma audiência relevante (opinião pública, políticos, soldados e outras elites) de que realmente se trata de uma questão de segurança (através de um speech act)
-a partir disso se legitimiza as ações fora do padrão
•o securitizing actor usa a linguagem para articular o problema em termos de segurança e convencer sua audiência de seu perigo imediato.
•questões de seguranças são socialmente construídas (através da legitimação da população) (abordagem construtivista aceita pela EC)
→o que constitui uma ameaça depende de entendimentos compartilhados sobre o que é perigo.
→quando a audiência é convencida do perigo e legitima um ato de securitização, legitima também ações estatais para além dos procedimentos padrões
→cada tipo de ameaça requer um tipo de resposta
→um ato de securitização pode levar a abusos e excessos de poder
→desecuritização pode ser benéfico, uma vez que reintroduz um problema na esfera política
→ênfase na sociedade, não no Estado como referent object
Texto: Theorizing the image for security studies (Hansen)
•análise de imagens em estudos de segurança: “um exame das maneiras pelas quais as imagens podem funcionar como atos comunicativos, uma análise de como o significado é transmitido por imagens e de como as imagens impactam diferentes audiências e as consequências de securitização que isso pode trazer”
•imagens como condições ontológicas e políticas em vez de variáveis
•Segurança para Buzan: é o movimento que leva a política para além das regras estabelecidas do jogo e enquadra a questão como um tipo especial de políticas ou acima da política
→Securitização visual é o processo através do qual imagens começam a ter implicações específicas (no entanto, uma resposta política nunca surge da própria imagem)
→três características que diferenciam a securitização através de imagens da securitização através de palavras:
•imediatismo: imagens evocam uma resposta emotiva imediata, textos não
•circulabilidade: imagens são mais acessíveis que textos
•ambiguidade: possibilidade de diferentes leituras da mesma imagem
→quatro formas típicas de representações visuais:
•representação do outro como mau, bárbaro, ameaçador
•constituir o outro como fraco, covarde, retrógrado ou feminino, como alguém parar rir ao invés de temer
•securitização feita em referência a algo que é considerado sagrado, divino
•representação do sofrimento, alguém representado como perseguido, violentado, oprimido, morrendo de fome e, portanto, ameaçado.
→especificidade
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