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O Estados Unidos e acordos climáticos

Por:   •  12/12/2018  •  2.985 Palavras (12 Páginas)  •  263 Visualizações

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Este foi sem dúvida o maior desafio aos Estados Unidos durante as negociações realizadas na convenção: conciliar economia e meio ambiente. Em seu discurso inicial o presidente norte americano J. Bush expões os seguintes desejos para a convenção: “Nos chegamos ao Rio com plano de ação acerca das mudanças climáticas. Da necessidade por energias mais eficientes, um ar mais limpo, reflorestamento e novas tecnologias.[...] Nos chegamos ao Rio com um extenso programa de cooperação de tecnologias,[...] estamos prontos para ajudar com a tecnologia verde e lançar um novo crescimento limpo.[...] Nos chegamos ao Rio com o reconhecimento de que os países em desenvolvimento devem ter um papel na proteção global do meio ambiente, mas estes necessitarão de ajuda na busca por um crescimento limpo.[...].[1]”

Das proposições acima expostas somente a terceira foi realmente colocada como uma realidade, e mesmo assim com uma certa limitação: com a oferta de cento e cinquenta milhões de dólares em acordos bilaterais para ajudar os países em desenvolvimento a proteger seu meio ambiente. Acordos bilaterais, ou seja, acordos limitados e não acordos que visem o bem internacional como um todo. Além disto, no que se refere a busca por energias mais limpas e á um ar mais limpo, as propostas colocadas em práticas pelos americanos deixaram a desejar. Enquanto o discurso presidencial falava em um plano de ação, as negociações foram lentas e difíceis no que se refere a temática sobre a produção de gases poluentes provenientes do petróleo e a busca por energias mais limpas. Claro que não foi somente a economia americana que impor um empasses neste tema, outros países cujo a economia dependem fortemente do petróleo partilharam dos mesmos argumentos (Venezuela, Arábia Saudita).

Outro importante ponto que precisa ser explorado foi o levantado pela comissão americano: a preocupação de que todo o recurso destinado a uma tecnologia mais verde pudesse afetar os empregos dos cidadãos norte americanos uma vez que tais mudanças ou buscas afetariam fortemente a indústria. Assim no que tange a tecnologia verde e a redução de poluentes os Estados Unidos defendem reconhecer a necessidade de mudanças, porém não acreditam que as metas estabelecidas na convenção sejam possíveis. Muitos desejos, pouca realidade segundo um jornalista norte americano.

Já no que tange a biodiversidade e sua proteção os Estados Unidos se abstiveram de assinar o tratado firmado na Cúpula da terra, alegando que as medidas expostas eram irreais e incapazes de serem cumpridas. Assim afirmam que terão uma agenda e medidas próprias para tratar desta temática. Agenda a ser exposta posteriormente no decorrer do ano pelo presidente norte americano.

De forma geral, ao analisarmos a posição norte americana na primeira reunião internacional sobre o desenvolvimento sustentável vemos um Estado dirigido não por seu desejo de um mundo melhor, mas sim por sua economia e as premissas que tais mudanças nela gerariam. Enquanto o Japão vê como inevitável a questão de uma indústria mais verde e sustentável os americanos se preocupam com os empregos existentes neste momento. Esquecem ainda que o petróleo não é um recuso inesgotável, e que por mais que tenha sua importância para o mundo uma hora terá de ser substituído (seja por seu esgotamento ou por uma consciência mais limpa).

PROTOCOLO DE QUIOTO

O protocolo de Quioto foi criado com o intuito de estabilizar o nível do efeito estufa da camada atmosférica. [2]O Protocolo de Kyoto estabelece uma redução de 8% para a União Européia, 7% para os EUA e 6% para Canadá, Hungria, Polônia e Japão. Rússia, Nova Zelândia e Ucrânia não podem ultrapassar os níveis de emissão de 1990 e Noruega, Austrália e Islândia podem ampliar sua emissão em relação aos níveis de 1990 em até 1%, 8% e 10% respectivamente. Os países em desenvolvimento, por não terem poluído significativamente no passado, ficaram isentos de metas de redução de emissão.

Porém, até 2006 os Estados Unidos não haviam ratificado o protocolo, com George W. Bush na presidência, sendo ele o maior poluidor da atmosfera. [3]Os EUA argumentam que a redução de emissões de gases tóxicos elevaria consideravelmente o desemprego no país e defendem a tese de que também os países em desenvolvimento deveriam diminuir suas emissões. Contrariando os demais países, o presidente se manteve firme em não ratificar o protocolo e disposto a não diminuir as emissões de CO2, além do mais não apresentou propostas e alternativas para os anos seguintes.

Vê-se um grande problema diante desta atitude dos Estados Unidos, porque além de ser um dos mais poluidores do planeta Terra, também é um país muito influente diante dos demais, o que acaba influenciando as atitudes dos mesmos. Enquanto o presidente se nega a acreditar que a emissão exagerada de gases poluentes agride ferozmente a natureza e as camadas de ozônios, o planeta Terra responde em forma de catástrofes ambientais. Algo que é emitido nos Estados Unidos, afeta qualquer outro país, é egoísmo pensar somente no seu país, algo que o presidente George W. Bush não pensou quando não ratificou o protocolo.

Com a chegada de Barack Obama na presidência, algumas coisas mudaram. Ele assinou o protocolo de Quioto e tomou algumas medidas para diminuir a emissão de gases poluentes na atmosfera. Tomou ciência do quão prejudicial é para a natureza e para a população não se preocupar com tais medidas.

RIO + 10

Em 2002, 10 anos seguintes a Eco 92, foi realizada em Johanesburgo, África do Sul, a Rio +10, ou a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, como forma de avaliar como os países mantiveram os acordos tratados em 1992 no Rio de Janeiro. A Cúpula reuniu 192 países e o termo globalização tomou mais espaço do que o esperado para o desenvolvimento sustentável. Dentre os temas que foram tratados pode-se citar: a) erradicação da pobreza; b) mudanças no padrão de produção e consumo; c) adoção de produtos transgênicos por países com fome crônica; d) utilização sustentável dos recursos naturais; e) compatibilizar os efeitos da globalização com os objetivos do desenvolvimento sustentável e f) enfoque no protocolo de Kyoto.

Também durante a Cúpula em Johanesburgo, a Agenda 21 se deu pela tentativa de promover um novo padrão de desenvolvimento mundial, conciliando os métodos e proteção ambiental com as áreas sociais e eficiência econômica. O enfoque, e ponto de discussão entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento se deu pela pauta “Energia” onde uma aliança entre Brasil

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