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O Conflito no Kosovo

Por:   •  7/4/2018  •  1.654 Palavras (7 Páginas)  •  256 Visualizações

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étnica. Em represália, vários sérvios residentes em Kosovo passaram a ser perseguidos pela população local, intensificando ainda mais os conflitos, e chamando a atenção do sistema internacional. Podemos concluir então que a Guerra do Kosovo não se tratou de uma invasão estrangeira seguida de ocupação militar, mas sim de uma guerra civil travada entre o governo central e uma província separatista, com diferenças étnicas em sua população.

O Conflito em Kosovo.

Em Março de 1998, unidades do exército Iugoslavo se juntaram com a polícia Sérvia, como um tentativa de aniquilar o Exército de Libertação do Kosovo e seus simpatizantes. Centenas de pessoas morreram e mais de 200 mil, em maioria os kosovares albaneses, foram retirados de suas residências a força, onde uma parte fugiu da região e migraram para a Albânia, Montenegro, etc. e a outra parte se juntando ao ELK, que cresceu para milhares de membros, transformando no que antes era um exército pequeno em um grande exército que controlava um terço da área rural de Kosovo em julho de 1998, antes de serem mandados pela contraofensiva iugoslava para as montanhas.

Em outubro de 1998, Slobodan Milosevic, presidente da Iugoslávia, se encontrava sobre muita pressão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), fazendo-o retirar as suas forças e tentar fazer acordos com o ELK. No entanto, o ELK não acata os acordos e continua a atacar as forças sérvias, fazendo com que Milosevic começasse um contra-ataque a pequenas vilas albanesas no começo de 1999. Os lideres da OTAN interpretaram essa ofensiva como parte de uma limpeza étnica dos cerca de 1,5 milhões de albaneses de Kosovo. Embaixo de muita pressão, o governo de Milosevic e os Kosovares foram obrigados a negociar na França, em fevereiro e março de 1999, sendo essa a última tentativa de negociação de Paz.

Milosevic recusa a proposta. No final de março, as forças da OTAN, lideradas pelos Estados Unidos, iniciaram uma ofensiva campanha militar de ataques aéreos, por aviões, mísseis do tipo cruzeiro, contra a Sérvia, sendo então conhecido como A Guerra do Kosovo, com duração de 78 dias. Em média, os países da OTAN gastaram US$ 64 milhões por dia de conflito, o que nos permite perceber o enorme e moderno aparato bélico usado nos ataques. Porém, os ataques étnicos dos sérvios contra os albaneses se intensificaram, forçando os albaneses a migrarem para países vizinhos. Como a maioria dos lideres da OTAN rejeitou a ideia de um ataque por terra, os ataques aéreas se intensificaram ainda mais, agora sendo os alvos pontes, fábricas, rodovias, etc.

Em 2001 a Guerra do Kosovo chegou ao fim com Slobodan Milosevic e outros oficiais presos e entregues ao Tribunal de Haia, para serem julgados por crimes de guerra e contra a Humanidade.

Mantendo a Paz.

Na sequência dos eventos da Guerra do Kosovo, o Conselho de Segurança emitiu a Resolução 1244, que colocou o Kosovo sob administração das Nações Unidas, UNMIK (Missão de Administração Interina das Nações Unidas no Kosovo), e estabeleceu um enquadramento feral para resolver, no futuro, o estatuto político e legal do Kosovo. Está resolução definiu o compromisso para com a soberania e integridade territorial da Sérvia, mas permitiu, ao mesmo tempo, a criação de instituições provisórias de autogovernação. Esta autonomia e autodeterminação, baseada na divisão de responsabilidades entre a UNMIK e as autoridades do Kosovo, permitiu que, nove anos depois, o Kosovo estivesse em condições de proclamar a independência, como foi feito em 17 de fevereiro de 2008.

Ainda, as forças de Kosovo, por medidas de paz, asseguraram a volta de todos os refugiados que haviam saído do país por causa da suposta limpeza étnica que era a intenção de Milosevi. O numero de refugiados, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), chegou a 780 mil pessoas que foram obrigadas a sair de seu lar até o fim da guerra. As maiorias dos albaneses retornaram, mas pouco dos refugiados sérvios fizera o mesmo, com medo de novas represarias.

Crítica e Erros da Intervenção.

Diante da intervenção da OTAN no Kosovo nos colocamos diante de um grande enigma: Como deve ser feita uma intervenção? Até que ponto podemos dizer que “os meios justificam o fim?”. Mesmo Kosovo tendo conquistado a sua independência, ainda que não conte com total aprovação e reconhecimento, fica a dúvida se todas as ações feitas foram feitas de maneira correta. Estamos em uma era tecnológica muito avançada para que uma organização como a OTAN, usando armas dos Estados Unidos (que por acaso deveriam ter o poder bélico mais avançado do planeta) cometa tantos erros como cometeu na Guerra do Kosovo, principalmente com alvo a 65 quilômetros.

ALEKSINAC - 14/04/1999 -Aviões da Otan atacam um comboio de refugiados albaneses, em uma estrada perto de, Djakovica, no sul de Kosovo. Cerca de 70 pessoas morreram. A Otan admitiu o engano, atribuindo-o a um erro de interpretação do piloto, que pensava estar atacando um comboio militar.

PRISTINA - 09/04/1999 -Durante ataque a uma central telefônica, em Pristina, capital

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