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Marcopolo - Case de Internacionalização na China

Por:   •  22/12/2018  •  3.177 Palavras (13 Páginas)  •  344 Visualizações

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A empresa usou de feiras e concursos internacionais para prospectar e fortalecer a marca Marcopolo, entrou no mercado americano em 1988 através de um representante exclusivo. Em 1992 abriu uma Joint venture no México, com fabricante local de chassis. 2 anos depois em meio a crise no México, passou a exportar do México para o USA até o termino da joint venture, quando se encerrou as exportações. Em 2005 com o NAFTA surgiu uma oportunidade de aliança com a DaimlerChrysler, onde foi retomado as exportações para o mercado americano. Também exportou para países africanos, na forma CKD, primeiro para Angola e Moçambique (países com língua portuguesa), depois Nigéria e África do Sul, Marcopolo tinha a seu favor (para os 2 primeiros países além da língua portuguesa) preços mais competitivos que a Europa e produtos mais adaptados as condições locais de estradas e rodovias.

- O Amadurecimento para a Internacionalização

Marcopolo inicia uma segunda fase da internacionalização, busca conhecimento com os Japoneses, em suas visitas aprende sobre técnicas de produção, tecnologias, procedimentos e filosofia. Cria o Sistema Marcopolo de Produção, onde implanta uma serie de técnicas e métodos de como produzir com qualidade, com produtividade e com um clima saudável.

Abre um escritório de vendas no USA e ganha conhecimento do mercado, através do DOT (American Department of Transportation) passa a ter acesso aos padrões, requerimentos e parâmetros da indústria automotiva americana, que serve como base para vários países.

Faz investimento direto em Portugal, adquirindo a parte maioritária de um fabricante pequeno, onde foi possível absorver os procedimentos da Economic Commission for European Standards. Passa a ter acesso a novas tecnologia e componentes como ônibus doble-decker, low-floor, sistema de refrigeração e aquecimento, acelerando a transferência deste conhecimento para a as rede de fornecedores, por vezes contou com parcerias dos fornecedores europeus junto aos brasileiros para garantir o fornecimento ao seu processo.

Buscou as certificações 9002, 9001 referente a qualidade de seus produtos e 14000 referente a preservação ambiental.

Investimento Direto

O terceiro movimento foi o investimento estrangeiro direto, a empresa estabeleceu várias alianças estratégicas, sob a forma de joint ventures e parcerias impulsionando o aumento de operações internacionais através de instalações físicas. Pois com o domínio do mercado interno, começava a ter dificuldades de aumento de mercado externo via exportação (exportações continuaram na pauta, buscando o máximo possível e de todas as formas, CBU, PKD, MKD e CKD), devido altos custos de fretes e operações no exterior, que já estavam maduras, necessitava de maior proximidade com os clientes, o que iria gerar ganhos com integração de processos, escala, redução de custo, acesso a novas tecnologias e conhecimentos.

Com isso a alta direção partiu para o investimento direto, tendo como premissas, que o investimento deveria incluir competências de forma a gerar vantagens competitivas, tais como, processos competitivos, conhecimento do mercado, adaptabilidade, capacidade de aprendizado e rápida resposta de demanda. O modo de operação da empresa variou amplamente, com estratégia especifica dependendo do país, de acordo com o custo de frete e ou sensibilidade do mercado ao preço e ou incentivos fiscais.

Para seleção de mercado se levou em consideração, intensidade de exportação para o mercado; custo exportação em comparação com operação local; distancia geografia; proximidade de idioma e cultura; o grau de desenvolvimento tecnológico do país e sua vocação (disponibilidade de matérias-primas e produtos industriais básicos);

posicionamento estratégico em relação a outros mercados potenciais; politicas do governo local; a existência e a natureza dos concorrentes locais e a disponibilidade de potenciais fornecedores. Em geral se buscou mercados emergentes, onde os ônibus é um dos principais meios de transporte e muito utilizado pela população.

1990 – compra 76% grupo Evicar pequeno fabricante português 20 unidades/mês, mas como o grupo também era representante da Dutch Chassis, atuava com bom conhecimento do mercado e abria as portas para o norte da Europa e Norte da Africa.

1992 - compra 100% grupo Evicar e continua com a parceria de chassis, Marcopolo identifica 2 vantagens de custo claras, como baixo custo devido a seu sistema de produção eficiente, MO mais barata, mesmo assim devido a dificuldade de penetração no mercado europeu segue cauteloso. No México, faz uma joint venture com o principal fabricante de trucks, onde Marcopolo fornece as carrocerias e o parceiro os chassis, com exportação de 400 ônibus completos e 3500 unidades CKD, com transferência de tecnologia, técnicas de montagem, partes e componentes.

1997 – Marcopolo termina a parceria no México e segue sozinho com a Polomex, em 1998 faz aliança com a DaimlerChrysler, onde a mesma compra 26% da Polomex e assume o controle da área comercial. Ainda em 1997 compra por oportunidade, mesma que já tivesse interesse e analises anteriores, em um leilão uma fabrica em Cordoba – Argentina, por um preço muito razoável e com boas condições de pagamento, eliminando o problema tarifário e protecionista das exportações brasileiras, que por vezes tornava seu produto pouco competitivo, mesmo sendo de melhor qualidade. A crise da Argentina em 2002, colocou a fabrica praticamente hibernada, onde a retomada começou por volta 2006, pós crise.

2000 – Marcopolo firma joint venture com Fanalca, fabricante local da Colômbia e cria a Superpolo, além da abertura do mercado colombiano, o governo tem um grande projeto de urbanização com forte demanda de ônibus, está fabrica tem posição estratégica para ampliar mercados potenciais no norte da américa do sul e américa central. No mesmo período, Marcopolo compra uma fabrica da Volvo na África do Sul, país que já recebia exportações e opera com parcerias com os principais fabricantes de chassis (Volvo e Scania), está planta permitiu a Marcopolo atender a metade do sul da África.

2005 – Marcopolo abre diversos escritórios de vendas, Colômbia, Peru, México para suportar as operações nestes países. Também abre escritórios de venda na UAE, USA e China.

Licenciamento

A primeira experiência de licenciamento da Marcopolo foi em 1971, na Venezuela, onde foi assinado contrato para licenciamento e assistência. Em 1974,

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