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Celso Furtado. Resumo crítico.

Por:   •  21/3/2018  •  1.000 Palavras (4 Páginas)  •  376 Visualizações

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Dentro da conjuntura do acima exposto, a economia açucareira no Brasil, fomentada pelos portugueses e holandeses, representou os interesses estrangeiros. E a partir desta, surgiram outros setores subsequentes: a criação de gado – concentrada no Nordeste; a exploração madeireira; e claro, as vias de transporte. As estruturas da economia doméstica orientada pelas exigências estrangeiras criaram, por efeito, vínculos de dependência não só com agentes estrangeiros, como também de um setor econômico interno com o outro. A efetividade, bem como a decadência, de um setor passou a estar demasiadamente à mercê de outro. Até o século XVII este sistema de exploração da colônia se manteve bem, até que instabilidades políticas internacionais (entre portugueses e holandeses) colocaram em xeque a manutenção da colônia e da economia brasileira. Portugal, para continuar sendo metrópole, teve que se aliar a outra grande potência, e desta forma alienou, em grande medida, sua soberania à Inglaterra (passando o Brasil, por conseguinte, pelo mesmo processo). Mais tarde, este quadro de instabilidade política e econômica culminaria na independência do Brasil.

Caracterizando então a formação econômica e política do Brasil como um fenômeno que perpassa por uma colonização baseada na alta concentração de renda e terras, mercado subordinado as demandas externas, mão de obra escrava e pouco fluxo monetário do lucro em esferas internas, infere-se que a tese central de Celso Furtado, fundamentada na lógica de que a dependência do Brasil foi construída e consolidada nas estruturas de um país ex-colonizado e explorado, é latente em nossa vivência doméstica e internacional atual. O quadro em que o Brasil se encontra hoje, com suas mazelas, políticas públicas, relações sociais – e internacionais, está intrinsecamente fundado nas bases sobre as quais se ergueu. Ainda à luz do pensamento do autor, é certo que para romper com este processo material e histórico, é necessário reestruturar os moldes capitalistas que regem nosso país, por meio de políticas públicas que venham para amenizar a heterogeneidade social que nos aflige.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. 32º edição. Cia Editora Nacional, 2005.

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