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A Inflação é a expansão monetária e o aumento no suprimento de dinheiro

Por:   •  20/12/2018  •  3.607 Palavras (15 Páginas)  •  329 Visualizações

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ministra de seu governo, Zélia Cardoso de Mello, anunciou as medidas que incluíam o congelamento de 80% do dinheiro do país e dos preços e salários e, principalmente, o confisco dos depósitos bancários e das cadernetas de poupança, o que levou à uma situação desesperadora grande parte da população, em particular às medidas de bloqueio do dinheiro, que levou a formação de longas filas nas agências e a falta de dinheiro nos bancos durante o feriado bancário de três dias para a implantação do plano.

De acordo com o plano, os saques estavam limitados a NCZ$ 50 mil, e o restante ficaria bloqueado por 18 meses, com a taxa 6% de juros ao ano. O presidente do Banco Central na época, Ibrahin Eris, afirmou que apenas 10% dos aplicadores na poupança foram atingidos porque 90% teriam menos de NZC$ 50 mil em suas cadernetas. Já em relação aos fundos de curto prazo e nas aplicações de overnight (refúgio de parte da classe média ante a “inflação galopante”), o limite foi maior, estabelecido em 20% ou NCZ$ 25 mil do saldo. Era previsto então, um congelamento equivalente a 30% do Produto Interno Bruto do país, para combater a inflação.

Em razão da péssima repercussão, o governo modificou alguns pontos de suas medidas, porém não impediu ao fracasso plano, que acabou mergulhando o país em uma grande recessão, que resultou numa diminuição de 3% no custo de vida, no encolhimento de 4% da economia registrado em 1990, além dos índices extremamente altos alcançados pela inflação.

Figura 2. Taxa de inflação. Fonte: Trading Economics

Tendo em vista o longo período de hiperinflação e falta de êxito dos planos de estabilização anteriores, foi criado o Plano Real pelo Ministro da Fazenda (e posteriormente presidente do Brasil, em 1994), durante o governo de Itamar Franco, que assumiu a presidência em 1992, após a renúncia de Fernando Collor de Mello e seu impeachment, acusado de corrupção.

O plano passou por três etapas: Programa de Ação Imediata (PAI), a criação da URV (Unidade Real de Valor) e implementação da nova moeda, o Real. Tendo como objetivo principal o controle da inflação.

A primeira fase – PAI – consistia em uma série de medidas econômicas elaborada para preparar o lançamento do Plano Real, um ano depois. Tal fase foi marcada pela redução e corte dos gastos públicos, como forma de controlar as contas do governo e a desindexação da economia, que estava indexada, até então pelos altos índices de inflação. Além do aumento dos impostos, controle de aumentos salariais e diminuição dos créditos e privatizações.

O segundo momento foi marcado pela criação da URV (Unidade Real de Valor), uma unidade monetária fictícia, utilizada para fazer a transição, na intenção de “preparar o terreno”. Seu valor era estabelecido diariamente em cruzeiros reais, desse modo, a hiperinflação continuava em cruzeiros reais e não em URVs, para que não houvesse nenhum problema nos preços cotados no dia da transição de fato, além disso estava em paridade com o dólar. Sua criação serviu como alternativa para evitar o congelamento de preços e desindexar a economia. Dessa forma, foi ocorrendo uma adaptação gradual com a nova moeda, não tendo nenhum impacto muito forte na economia do Brasil.

Os resultados de sua implementação foram bem-sucedidos. A inflação passou a ser controlada a partir de 1994, início do plano, uma vez que este visava os ajustes fiscais, monetários e cambiais, além da abertura econômica ao mercado internacional, estimulando também a importação e controlando o aumento dos preços dos produtos nacionais.

O Plano Real se diferenciou dos anteriores pois foram todos marcados por medidas de congelamentos de preços realizadas de uma hora para outra, sem atingir seus objetivos iniciais de segurar a hiperinflação pela qual o Brasil passava. Por outro lado, tal plano foi baseado em uma política de austeridade fiscal e monetária, uma reforma estrutural e uma política de rendas, que coordenava os contratos e rendimentos. O Plano Real, portanto, seguiu seu principal objetivo de diminuir a hiperinflação e acabar com seu caráter inercial sem recorrer aos congelamentos instantâneos de preços, não intervindo diretamente na economia do país, por parte dos governos anteriores. Contudo, este plano finalmente voltou a estabilizar a moeda brasileira.

Figura 3. Queda na taxa de inflação após 1994. Fonte: Trading Economics

QUESTÃO 2: Tomando como base o mapa abaixo, análise os impactos para a economia brasileira (indústria, agricultura, emprego, renda e comércio exterior) que um cenário de desaceleração da econemia chinesa associado à desvalorização da sua moeda (Yuan) poderá gerar. Que alternativas poderiam ser apresentadas para minimizarmos seus eventuais reflexos?

Devido ao fato da forte relação entre China e Brasil, e do grande crescimento da economia chinesa, a segunda maior do mundo, que vem apresentando um crescimento em seu Produto Interno Bruto anualmente, estimado em US$ 8,2 trilhões. Além de ser o segundo maior importador de mercadorias do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, qualquer coisa que prejudique sua economia interfere de maneira direta diversos aspectos econômicos do Brasil e do cenário internacional.

Figura 4. O papel central da China no comércio mundial. Fonte: Ipea

Contudo, no ano de 2015, foi apresentado um avanço de 7% da economia da China no ano, a menor taxa anual apresentada pelo país em duas décadas, sempre superior a 10%. Como resultado houve uma desaceleração em sua economia, que fez com que seu perfil de exportador passasse para uma economia voltada para o consumo interno. Tal mudança reflete em quedas nas bolsas de diversos países. Nesse caso, por possuir uma grande interdependência em relação à China, o Brasil é diretamente afetado em alguns aspectos.

As relações Brasil-China se intensificaram desde a primeira década do século XXI. Em 2009, a China ultrapassou os Estados Unidos como maior parceiro comercial do Brasil, atingindo uma corrente de comércio de US$ 75.5 bilhões em 2013, aumentando 10% em 2013, passando para US$ 84.4 bilhões. Em 2014, a relação comercial totalizou US$ 77.9 bilhões.

Portanto, grande efeito está sobre as exportações brasileiras, já que são grandes atores desta corrente comercial. Elas têm a China como um dos principais destinos daquilo que é vendido pelo Brasil no exterior, de acordo com dados registrados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDCI). Pode-se

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