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Comunicação Interna

Por:   •  21/2/2018  •  3.481 Palavras (14 Páginas)  •  292 Visualizações

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A Comunicação Interna é um processo pelo qual se desenvolvem a qualidade das relações e trocas entre os envolvidos na empresa, determinando o seu bom funcionamento.

Para que a comunicação seja eficaz, é essencial compreender o perfil da empresa, saber como são processadas as informações, como são codificadas as mensagens, quais os meios utilizados, como se processa a comunicação e principalmente qual o seu fluxo comunicacional.

Segundo Ramos (1997), o fluxo de informação "é influenciado pela estrutura da organização que revela o seu circuito e as relações comunicacionais", e desta forma dividiu o fluxo nos padrões: descendente, ascendente, horizontal e diagonal.

A comunicação ascendente ocorre quando a informação parte do nível mais baixo até ao topo através dos níveis hierárquicos, até aos superiores. Geralmente este fluxo de informação é mais eficaz quando é feita de maneira mais informal e espontânea. Apresenta funções, como por exemplo, proporcionar aos diretores o feeback necessário sobre os assuntos e problemas atuais da empresa e aliviar tensões ao permitir aos funcionários de nível inferior compartilhar informações relevantes e estimular a participação e compromisso de todos.

A comunicação descendente é o tipo de fluxo em que a informação se desloca desde a direção até aos restantes membros da organização seguindo a linha hierárquica. Esta é o género de comunicação que procede dos cargos diretivos e gerenciais, voltada para o corpo funcional da empresa. Esta apresenta funções, como por exemplo, oferecer aos membros da empresa informações relacionadas com os trabalhos realizados e facilitar o resumo do trabalho realizado;

Porém, esta comunicação apresenta alguns problemas dado que muitas empresas saturam os canais de comunicação descendente sobrecarregando com mensagens dando ordens que podem confundir os funcionários.

A comunicação horizontal é a comunicação entre pessoas do mesmo nível hierárquico. Este fluxo de informação permite satisfazer as necessidades de inclusão, controle e afeição, que levam á criatividade duradoura.

A Comunicação Interna é algo imprescindível e importante para uma organização dado que, os funcionários são parceiros da empresa e quanto mais bem informados estiverem, mais envolvidos com a empresa, e com a sua missão, eles estarão. A Comunicação interna amplia a visão do funcionário, dando-lhe um conhecimento sistémico do processo. “As ações da empresa devem ter sentido para as pessoas – sendo necessário que encontrem no processo de comunicação as justificativas para o seu posicionamento e comprometimento” (MARCHIORI, 2006). Assim, o funcionário, ao ter conhecimento de que a sua função é vital para a organização, este desempenhará as suas tarefas com mais eficiência.

Os funcionários da empresa têm um papel muito forte na organização, daí a Comunicação Interna ser um fator muito importante neste sector. De acordo com o professor Bueno, os funcionários são os “melhores porta-vozes” da organização em que trabalham. A opinião dos trabalhadores é bastante valorizada para o público externo, sendo que são eles que vivem o dia-a-dia da organização. “Funcionários descontentes, mal informados, geram prejuízos imensos às organizações porque podem expressar, com mais autenticidade do que outros públicos, os valores positivos ou negativos da cultura organizacional. Fica fácil acreditar no que eles dizem porque, afinal de contas, eles estão vivendo lá dentro. Como sabemos, a imagem e a reputação se formam assim, a partir de pequenas vivências e convivências e os públicos internos têm papel fundamental neste processo” (BUENO, 2003). Isto faz com que os que lideram o topo da empresa invistam na comunicação interna, pois investir no clima organizacional funciona como uma forma de marketing também.

A organização está inserida num mercado altamente competitivo. Com a globalização e a divulgação de novas tecnologias. “A Comunicação Interna tem uma função importante, no sentido de fazer circular as informações novas, promover o debate e a interação entre os vários segmentos da organização e, sobretudo, capacitar os funcionários para os novos desafios” (BUENO, 2003) , desta forma a comunicação interna “deixa de ser uma área periférica e alia-se aos demais setores, tornando-se assim uma ferramenta imprescindível para a obtenção de resultados”.

Com tudo isto, a comunicação interna precisa ser valorizada e os canais que ela dispõe (jornais, boletins, intranet, murais etc) necessitam de ser eficazes e atrativos para que cumpram a missão de integrar todo o quadro funcional de uma organização.

Comunicar é mais que informar, é atrair e envolver. E neste processo, todos os que pertencem na organização possuem o seu valor e atuam de forma a tornar uma organização bem informada ou não.

A Comunicação Interna e a participação

A Comunicação interna tornou-se uma ferramenta estratégica para as empresas ao compreenderem que para preservar nos mercados globalizados é necessária a participação e a contribuição dos seus funcionários. São eles hoje, fundamentais na formação da imagem da empresa em que trabalham. “A comunicação interna das empresas torna-se um parâmetro cada vez mais importante da sua imagem externa. Hoje, quando o meio ambiente econômico torna-se complicado, e numerosas empresas só pensam na sobrevivência, a comunicação interna torna-se um trunfo estratégico que, utilizado com eficiência, gera uma motivação extraordinária capaz de atingir objetivos que a razão pura não podia prever. Na realidade, a motivação profunda apóia-se não somente sobre elementos racionais, mas também, e talvez mais ainda, sobre o dinamismo psicológico que busca sua energia na emoção. A empresa deve ser o espaço predileto no qual o coração e a razão caminham juntos, para chegar até a motivação essencial de cada membro do pessoal: o amor a seu trabalho” (Lehnisch, 1985: 124).

A comunicação interna ultrapassa um paradigma de transmissão de informações via mídia, desenvolvendo-se para um padrão mais flexível, que conhece a troca de informações e a interação das expectativas como pontos centrais da comunicação.

No ambiente empresarial, a sua finalidade primordial é modificar e adaptar a atitude e o comportamento dos funcionários às normas da empresa, produzindo mudanças de orientação. Com isto, originou-se a participação dos funcionários, através de ações racionais e favoráveis, na soma de esforços para alcançar

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