A INFLUÊNCIA DOS MODELOS MENTAIS DOS EMPREENDEDORES NO DESEMPENHO DE SUAS ORGANIZAÇÕES
Por: Juliana2017 • 30/7/2018 • 8.708 Palavras (35 Páginas) • 328 Visualizações
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is central to understanding the performance of companies and
their strategies. However, organizations are also exposed to internal influences. Among them,
there is the interference of mental models of entrepreneurs as a driving guide to organizational
performance. The mental models help in building the power to facilitate the dynamics of
strategic change and innovation in enterprises (LE BOTERF, 2003). Moreover, what are the
basic characteristics of mental models of entrepreneurs, contributing to better organizational
performance? Based on this research question, this theoretical essay discusses the mental
models of entrepreneurs and their influence on business performance, resulting in a set of
propositions that seek to better understand the difference in the level of organizational
performance, especially in micro, small and medium enterprises. It was identified that the
knowledge, skills emotional, mental and strategic, the ability of leadership, communication
and relationships, the involvement of family and culture and creativity and vocation to
undertake are intrinsic elements to the mental models of entrepreneurs. Part of the difference
in performance between organizations can be credited to these different elements, which form
the mental models of entrepreneurs.
Key words: Entrepreneurship. Mental Models. Organizational Performance.
A INFLUÊNCIA DOS MODELOS MENTAIS DOS EMPREENDEDORES
NO DESEMPENHO DE SUAS ORGANIZAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
Os fatores que influenciam positivamente o desempenho das organizações têm sido
exaustivamente estudados como forma de se adquirir um relativo controle sobre as variáveis
capazes de conduzir as organizações a uma melhor performance, tendo em vista um mercado
cada vez mais complexo e competitivo.
Há uma grande discussão na literatura, que indica dois direcionamentos básicos para
explicar o desempenho organizacional. Primeiro, a influência dos fatores externos à
organização, ou seja, uma perspectiva “de fora para dentro” e, segundo, a influência dos
fatores internos, ou seja, uma perspectiva “de dentro para fora”. A abordagem de “fora para
dentro” tem em Porter (1995) um de seus principais defensores, sendo que esta abordagem
prioriza a análise do mercado, a identificação de oportunidades externas, considerando a
Gestão.Org Revista Eletrônica de Gestão Organizacional – 8 (3): 355 - 381 Set/Dez 2010
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rentabilidade como resultado da ação de cinco forças competitivas (poder de negociação dos
compradores, ameaça de produtos e/ou serviços substitutos, poder de negociação dos
fornecedores, ameaça de novos entrantes e rivalidade entre as empresas existentes, a
concorrência) sobre o negócio. Consoante isso, o hábito, a curiosidade e o empenho do
empreendedor em estar em dia com o maior número possível de informações dessa natureza
podem estar intimamente relacionados ao sucesso de sua empresa. A abordagem de “dentro
para fora”, por sua vez, tem como defensores Hamel e Prahalad (1995), que afirmam que o
desempenho das organizações é mais fortemente influenciado pela combinação inteligente de
competências e de recursos do que pelas condições ambientais. Assim, as competências
essenciais (core competences) são recursos intangíveis difíceis de imitar e que são capazes de
oferecer valor aos clientes.
A partir dessas duas perspectivas, ou abordagens, estudos de McGahan e Porter (apud
BESANKO et al., 2006) sugerem que os efeitos do ambiente são responsáveis por cerca de
18% da variação nos lucros entre as empresas, enquanto que a posição competitiva é
responsável por cerca de 32% da variação nos lucros. No Brasil, estudos realizados por Mello
e Marcon (2004) indicam que 10% do desempenho das empresas pode ser explicado devido
aos efeitos da indústria, ou setor de atuação, enquanto os efeitos da empresa correspondem a
45% do seu desempenho. Simon (2003) identifica, a partir de um estudo empírico com
pequenas e médias empresas alemãs de sucesso, que é necessário evitar uma visão excludente.
Sendo assim, é a combinação dos elementos externos e internos é que leva ao sucesso
das empresas. Este estudo não objetiva demonstrar quais das duas visões são mais
importantes, mas quer focar o quanto o desempenho das organizações também pode estar
atrelado aos modelos mentais de seus principais dirigentes. Assim, credita-se que parte da
diferença de desempenho entre as organizações, está atrelado aos modelos mentais dos
empreendedores e/ou dirigentes, que na realidade são os grandes recursos capazes de focar,
integrar e direcionar sua empresa de acordo com as condições do ambiente em que competem.
Como afirma Goleman (2006), um desempenho satisfatório em qualquer atividade
depende de um estado cerebral ideal, ou seja,
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