Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

Resumo do livro Pecar e Perdoar

Por:   •  18/9/2018  •  3.476 Palavras (14 Páginas)  •  267 Visualizações

Página 1 de 14

...

Jesus anuncia a importância do amor Aquele que está acima (Deus) e ao que está ao lado (próximo), pois amar ao próximo é ver no outro a presença de Deus. Contudo, a história cristã é uma história de crimes pela Inquisição católica onde a carta de Lutero recomendava a morte dos judeus, os calvinistas enforcarem os supostos feiticeiros em Salem, entre outros.

Os pecados geram outros pecados, sendo um pecado-semente que germina os vícios. O comportamento humano liga pouco para as regras fixas e tipologias havendo necessidade de ser domesticado e padronizado no vício e na virtude.

Lúcifer era orgulhoso e um belo portador de luz, por ser vaidoso enfrentou a Deus se separando da comunhão com o mesmo, porém, a batalha foi vencida pelos anjos fiéis.

O ser humano peca porque aposta no presente e despreza o futuro, pelo gosto do prazer imediato.

Antão renunciou seus bens terrenos para se dedicar a sua fé indo para o deserto fazer penitência, onde seguia firme sem cair em tentação. Contudo, o demônio fazia de tudo para seduzi-lo, oferecia imagens de comidas, tentava distraí-lo, mas ele não se deixava abalar, porém, o demônio fingiu desistir de tentá-lo, fazendo com que Antão agradece a Deus por se tornar santo, sendo vencido pelo pecado do orgulho de si mesmo.

Assim como Antão, Francisco de Assis também renunciou todo o conforto e luxo de sua casa para viver sua vida religiosa, fundando sua ordem no amor à pobreza e à simplicidade. Entretanto com o crescimento da instituição começava a escapar do seu legado de pobreza, e o mesmo procura sua seguidora Clara que lhe mostrou que seu descontentamento era pelo fato de ainda não ser pobre querendo deixar um bem para os outros, a ordem santa e pobre. Sendo o primeiro pecado capital o orgulho, como forma de idolatria, venerando uma criatura e não o Criador.

Capítulo 3 – O pecado envergonhado (p. 66-86)

A inveja é um pecado envergonhado, que é confundida com a cobiça de desejar aquilo que é de outra pessoa, podendo gerar roubo, destruição ou outros males. A invejar é ter dor pela felicidade alheia a sua, incomodando o quanto o outro é feliz, não reconhecendo que o que o outro tem é porque se esforçou para isso.

É envergonhada porque reconhece ser inferior ao outro alguém. Assim, de vez olhar para si mesmo e para seu universo, o invejoso vê apenas o outro, procurando sempre parecer bem e feliz criando mentiras que acabam crendo nelas. Se inveja coisas próximas porque precisa ver ao seu lado o objeto invejado.

Segundo as metáforas de Jesus a misericórdia deverá impor-se ao texto, contando a parábola do filho pródigo. Ser pródigo é um pecado assim como ser avarento, em que esbanjar tudo são defeitos morais. Segundo a lei defendida pelos fariseus, o pai podia repudiar seu filho por ter pegado sua parte da herança e esbanjado tudo ficando sem dinheiro e retornando a casa do pai. Entretanto, o pai foi misericordioso e teve compaixão de seu filho pelo arrependimento e recebeu-lhe com uma festa, existindo a norma para levar-se a Deus e ao seu amor, se for para atrapalhar deve ser ignorada.

Contudo, o filho mais velho que ficou ao lado do pai sentiu inveja da felicidade do irmão mais novo por nunca ter ganhado uma festa como ele, e pelo amor de seu pai ao recebê-lo de volta. Condenava-o por ele ter feito o que sempre quis fazer. Dificilmente o indivíduo não será invejoso ou orgulhoso porque sempre haverá o orgulho de ser humilde.

Capítulo 4 – Sexo, comida e o império do prazer (p. 87-104)

A luxúria é o pecado da transgressão sexual, é concreta porque tem um pé no corpo e outro no pensamento, existindo o desejo mesmo quanto às condições de realizá-lo não existirem mais.

Desta maneira, o desejo sexual foi dado aos homens com a intenção da reprodução dentro do casamento vista como um mandamento, mas, fora do casamento e sem ter objetivo de cumprir a ordem divina é errado.

Paulo foi o primeiro homem a escrever textos sobre a experiência cristã, o mesmo nunca se casou, recomendando a castidade. Assim como os macacos bonobo o proibido é uma mola do desejo, sendo o “não pode” um sinônimo do “eu quero”. Quando surgiu a monogamia se instalou a psicologia do adúltero e da adúltera.

É gula gastar vários temperos sofisticados somente para saboreá-los, pois se deve comer para sobreviver e não viver para comer.

Na oração do Pai-Nosso são pedidas várias coisas, como o pão de cada dia para o sustento do corpo. Havendo no Céu um espaço sem comida ou prazeres do corpo presentes no Inferno. O Inferno é corpo e o Céu é espírito, de modo que o corpo se inclina à matéria e ao pecado.

Capítulo 5 – O excesso e a falta: irritados, avarentos e preguiçosos (p. 105-124)

Viver em sociedade significa submeter-se a ritmos, visões, aparências e tons de voz distintos. Conviver é abrir mão de elementos da sua liberdade, esperando que o outro faça o mesmo, para juntos encontrarem uma concordância. A pessoa sábia é como Sócrates que sabe que poucas coisas podem provocar irritação, não se abalando com atos pequenos.

As pessoas agradáveis que elogia estimulam a vaidade, já as que enfrentam desafiam o seu “eu” e obriga-o a pensar, havendo prazer em encontrar seu oposto.

A ira é inimiga da sabedoria, mesmo quando tiver razão será um erro. Assim, Jesus sofreu como Cordeiro de Deus porque é o animal que não reclama da morte, não grita e não chora. Entretanto, Jesus quando entrou no Templo e viu que tinham transformado a casa de oração em um antro de ladrões expulsou todos os comerciantes ali presentes, ocorrendo à fúria santa.

O pecado da ira é contra o próprio indivíduo por ser atingido, nasce do seu orgulho e ataca o mesmo. Se o assassinato é doloso ou culposo faz diferença para o assassino perante a lei, mas não para vítima fatal. Portanto, deve-se odiar o pecado e amar o pecador.

A avareza faz com que a pessoa confie nos bens materiais e não em Deus, prestando mais atenção em acumular do que em dar, não podendo o homem seguir a Deus e ao dinheiro. A cultura popular no Brasil de que “caixão não tem gaveta” significa que a morte é um limite, que os bens não serão levados junto consigo.

Com a ascensão do capitalismo o orgulho virou autoestima, a avareza tornou-se em prudência financeira e a gula é o combate à anorexia.

Um

...

Baixar como  txt (20.5 Kb)   pdf (67.6 Kb)   docx (22.1 Kb)  
Continuar por mais 13 páginas »
Disponível apenas no Essays.club