Resumo Livro Cinzas do Norte

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Em um sábado à tarde, Lavo descobriu que Mundo frequentava um ateliê, em uma ilha no meio do canal. Ele conseguiu chegar lá através de um homem chamado Lutti. Chegando lá, Mundo mostrou todo o ateliê e artes de Arana, o seu amigo pintor e artista.

Ao anoitecer Mundo e Lavo pararam em um bar e brindaram o aniversário de Jano, que estava fazendo 40 anos. Após saírem do bar, Mundo convidou Lavo para ir até a sua casa, pois queria mostrar os convidados ilustres do pai.

Passado alguns meses, Lavo estava em um beco quando ouviu um assobio. Era Macau, chofer de Jano. Chegando lá, Jano estava dentro do seu carro como uma ordem disse a Lavo, em janeiro vamos à Vila Amazônia e você vai conosco.

Assim que chegou em casa, Lavo falou para tia que tinha sido convidado por Jano para ir à Vila Amazônia. Ramira ficou radiante, mas logo foi ficando triste, pois quase teria ido se não fosse por Ranulfo.

Lavo já havia percebido que tinha algo estranho entre as famílias. Ramira parou a costura e começou a falar: “Ranulfo foi casado por pouco tempo com Algisa, irmã de Alícia”.

Ao amanhecer chegaram à Vila Amazônia. Havia um casarão cinzento que ficava em um barranco alto, a casa era todo em estilo português. No fundo da piscina tinha um mapa de Portugal, e nas paredes eram gravados os nomes dos reis e rainhas daquele tempo.

No dia seguinte, Mundo não apareceu para almoçar e Jano fingiu ignorar a presença do filho. No final do almoço, a empregada que serviu Jano disse que fazia muito tempo que Alícia não visitava a Vila Amazônia. Jano respondeu lamentando “Acho que não vem mais, nunca mais”.

Na Vila tinha um Médico chamado Kazuma, era um Japonês para o qual Jano sempre trazia remédios para dar ao povo da Vila da Amazônia. No outro dia, na hora do almoço, Jano perguntou onde estava a empregada, e Macau disse que ela estava no rio lavando roupa junto com o filho. Jano pediu que ele os chamasse. Ao chegarem Jano disse a Lavo: olhe bem para esse menino, ele é filho do seu tio Ranulfo, daquele irresponsável. Mundo ficou com raiva do pai e perguntou por que ele havia feito aquilo, se era só para se exibir ou para humilhar o menino. Em seguida Mundo sai correndo da mesa de almoço, em direção ao fundo do quintal.

Um dia antes de voltar para Manaus, Mundo e Lavo foram a Parintins. Eles almoçaram e depois jogaram sinuca em um bar. Um freguês do restaurante avisou que iria ter uma festa do Boi Vermelho. Mundo e Lavo caminhavam para lá, e Mundo já conhecia o lugar e algumas pessoas. Até opinava sobre quais cores usar em algumas alegorias. De repente começou uma gritaria e várias vozes. Estavam puxando uma toada com batucadas, e muita gente dançava com passos ensaiados, então Mundo disse a Lavo que iria ficar ali até o final da festa. Já estava amanhecendo quando Lavo voltou sozinho de canoa para a Vila Amazônia.

Pela manhã, Jano perguntou a Lavo se ele tinha dito para Mundo que era para ele estar no último jantar antes da volta. Lavo disse que sim, mas Mundo não tinha voltado de Parintins, pois havia ficado até o final da festa do Boi Vermelho. Jano não gostava dessas festas dizia que era só pra pedirem dinheiro e não trabalharem depois. Passado o dia inteiro, Mundo não voltou. Então Jano mandou Macau atrás do filho em Parintins, Macau andou por toda a cidade, mas não o encontrou. Ele descobriu que ele já estava em Manaus. Jano ficou nervoso e com muito ódio, entrou no quarto de mundo e rasgou todos os desenhos dele.

Capítulos 5 e 6

Na viagem de volta Jano ficou pensando na ousadia do filho. Lavo ouvia com interesse as explicações de Jano sobre o plantio, o corte e a secagem da juta e da malva. Ele contou que passaria o resto da vida ali, com aquela visão do rio e das florestas e gostaria muito que Alícia estivesse ali do seu lado.

Após chegarem em Manaus, Mundo contou a Lavo como conseguiu voltar. Ele tinha embarcado em um hidroavião, dizendo ao capitão que o seu pai estava muito doente e que tinha urgência para ver o pai. Jano teria dito que como castigo, não iria mais deixar nem Mundo e nem a mãe irem para o Rio. Mas em fevereiro Alícia, Mundo e Naiá, viajaram para o Rio de Janeiro.

Alícia e Naiá voltaram bronzeadas e cheias de compras. Alícia abria os pacotes sem parar de beber. Ela estava com uma postura diferente falava como os cariocas, mas ao passar dos dias logo voltou à postura manauara. Fazia vexames quando perdia nos jogos de azar. Ficava bêbada e dizia que ia embora com o filho.

Em março de 1969, Lavo começou a estudar na faculdade de direito, mas seu tio Ranulfo reprovava. Ele dizia que era perda de tempo, pois todo processo é enganador. Para ele era melhor escrever, pintar e ser artista.

Certo dia Alícia foi até a casa de Lavo e levou um pacote para Ramira. Era um brocado suíço que ela havia comprado e queria que Ramira fizesse um vestido para ir a um recital no Teatro Amazonas. Ramira aceitou, mas na verdade Alicía esperava Ranulfo. Eles haviam marcado um encontro. Assim que Ranulfo chegou os dois sentaram em um banquinho e ficaram conversando baixinho sobre Mundo. Ao final da conversa Ranulfo disse a Lavo que queria conversar com ele.

No dia seguinte, no bar do Cabará, Ranulfo se encontrou com Lavo. Lavo queria saber qual era o assunto e Ranulfo respondeu que gostaria de conversar sobre Alduíno Arana. Ranulfo começou a falar sobre Arana. Ele disse que Arana tinha umas ideias boas, e que eles já tinham feito muitas sacanagens, mas que Arana tinha ido longe demais. Arana se aproveitou das pinturas das estatuetas do Pai Jobel. Ele as comprava por um preço baixíssimo para depois vender aos turistas. Arana se casou com Luciete que era muito rica desenhava várias imagens dela e depois de alguns anos ela morreu e deixou a casa da ilha para Arana.

Alguns dias se passaram e Lavo encontrou Mundo sentando na calçada do Colégio Brasileiro. Ele estava de cabeça baixa e com as mãos entrelaçadas. Lavo tocou no seu ombro e Mundo socou uma das mãos de Lavo, dizendo que tinha sido expulso do colégio.

Capítulos 7 e 8

Mundo foi expulso por ter discutido com o professor de história. Ele fez uma caricatura horrível do professor e por esse motivo foi expulso. Jano decidiu que Mundo iria estudar no Colégio Militar.

Jano conversou com o diretor do Colégio Militar Albino Palha. Palha foi até a casa de Mundo e conversou com ele sugerindo que ele pudesse seguir outra vocação, ou estudar em outra cidade como Rio de Janeiro, mas Mundo não queria. Ele dizia que não precisava de escola para aprender,