Resenha do Artigo ou Caso: Envolvimento entre segurança pública e empresa privada é "temerário"

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se instaura nas aéreas metropolitanas de nosso país. Como consequência, surgem as propostas de empresas privadas, ou mesmo de empresários isolados, que pagam bem, por um serviço menos arriscado, e acabam por fazer uso da “mão de obra qualificada do Estado”, ou seja, do corpo de segurança, treinado e armado pelo próprio Estado, com a finalidade de garantir aquilo que ele, em sua omissão não consegue. SEGURANÇA

Há portanto, mais vertentes a serem avaliadas além do binômio, profissional x remuneração. Existe um verdadeiro universo de fatores, que levam o profissional de segurança a buscar outras fontes de renda. Não há promoções, a elevação de patente se dá de forma irrisória, sem justificativa, e com frequência praticamente inexistente. O regime de plantões que é alterado de acordo com a necessidade do próprio Estado, não havendo possibilidade de reclamações por carga excessiva de trabalho. A ausência de convivência familiar, a falta de incentivo acadêmico, não há de fato curso de formação de oficiais por exemplo, e quando são anunciados, são ministrados com desumanidade de rigor inacessíveis, impossibilitando o acesso ao escalão mais alto da corporação, e pior, sendo possível, na prática, apenas por indicação dos superiores.

Esclarecedor, o texto apresentado e de extrema valia à discussão pertinente a Segurança, humanizando a questão, visando no agente de segurança os erros e acertos das políticas implantadas para guarnecer o cidadão e suas famílias. Obviamente não resta aqui nenhuma intenção em dirigir, sanar a questão das corporações, das milícias armadas e suas associações com o crime organizado, todavia, é urgente a questão do agente de segurança. Sua remuneração, seu reconhecimento, a valorização do profissional e principalmente o apoio a eles e suas famílias, afinal, eles estão em lugares onde não gostaríamos de ter nossos entes queridos.