Os Sem Floresta. Apresentação
Por: Juliana2017 • 1/4/2018 • 1.334 Palavras (6 Páginas) • 345 Visualizações
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O consumismo exagerado é um dos problemas que é relatado na animação, em que pese os animais não se atentarem aos riscos causados por aderirem a toda oferta. Nesse contexto, quis o texto relacionar os animais com os seres humanos, que da mesma que o grupo no filme, são assistidos por esse problema de consumismo exagerado, sem atentar-se aos males causados.
O filme aborda também a temática do desperdício pelos seres humanos, em que pese a grande quantidade de lixo acumulado. Tal lixo serve de alimentação para os animais, eis que os humanos não se preocupam com os detritos jogados e acumulados, causando danos ambientais.
Com relação a liderança do grupo, há mais uma problemática, eis que as posturas assumidas pelo novo líder do bando causam divergências entre os integrantes, sendo assim, os animais assumiram posturas inerentes aos humanos, tais quais, comer desenfreadamente, roubar, usar de tecnologias para tudo registrar.
Sendo a vida dos animais retratadas coletivamente como uma família, os valores familiares tornam-se expressos e muito presentes ao longo do filme, valores esses pautados no cooperativismo pela sobrevivência, as particularidades e diferenças. Aliás, assim são (ou deveriam ser) as famílias de seres humanos, e mais uma vez o filme faz o link entre os “dois mundos”. Pertencentes a um mesmo grupo, mesmo que sua carga genética seja diversa.
Por fim, faz-se alusão ao famoso “jeitinho brasileiro”, em que pese RJ, o guaxinim, utilizar-se de artifícios fraudulentos para obter vantagens para si, prejudicando os demais do grupo, em que pese os furtos e as ideias de que “por esse modo é mais simples e fácil” de obter o desejado.
- CONCLUSÃO
O filme conta a historia de um grupo de animais liderado por Verne, uma tartaruga cuidadosa e metódica. Eles formam uma família estranha, composta por uma gambá pessimista, um casal de porcos-espinhos dedicado aos três filhos, uma sarigüê adolescente com vergonha do próprio pai e um esquilo hiperativo. Apesar das diferenças, eles são muitos felizes e vivem juntos em um tronco de árvore, até o fim do inverno. Quando acordam da hibernação, percebem algo muito diferente: um estranho muro formado por arbustos, limitando a floresta a um pequeno bosque. Do outro lado, um condomínio foi construído e eles se deparam com uma realidade totalmente desconhecida. Exceto para o manipulador RJ,um guaxinim que se aproxima de uma inocente família para recuperar toda a comida que roubou do urso Vincent .
Aventuras e perigos envolvem esses pequenos animais, mas o importante, em Os Sem-Floresta, são as lições deixadas para todos nós. A animação é ecologicamente correta, mostrando o dano da invasão humana no hábitat dos personagens, que não sabem onde conseguir alimento. Algo simples, que se aprende rindo e se divertindo, sem aquele discurso demagógico de proteção ao meio ambiente, que faz qualquer criança dormir. Além disso, a animação resgata o valor familiar, tão fragmentado nos dias de hoje.
Sempre por meio da visão dos bichinhos, eles mostram peculiaridades sobre os seres humanos, como o fato de viverem para comer e não comerem para viver. Com uma forte crítica ao consumo exagerado, eles provam que podem ser mais civilizados do que nós, e dando uma bela alfinetada no modo de vida dos humanos.
O filme aborda de maneira critica e bem humorada o famoso “jeitinho brasileiro”. “Somos famosos mundialmente por “dar um jeitinho para tudo” e pela nossa malandragem e os bichinhos de Os Sem Floresta também. O potencial brasileiro para a improvisação e para a criatividade, características centrais do jeitinho, é ao mesmo tempo algo que podemos sentir orgulho e vergonha, pois ao mesmo tempo que o jeitinho se refere a uma habilidade refinada para a resolução criativa de problemas, também se refere à nossa capacidade engenhosa de agir corruptamente para obter benefícios pessoais de maneira criativa.
De modo geral e conclusivo, entendemos que esse filme retrata de forma inteligente alguns dos problemas vivenciados pela humanidade no mundo atual – trapaças e pequenas espertezas, problemas ecológicos, luta pela sobrevivência, dilemas familiares, etc – que fazem desse filme uma oportunidade única e divertida de refletirmos sobre a temática dos direitos humanos e ambientais.
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