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Castanhas - Trabalho voltado à Área Floresta

Por:   •  15/3/2018  •  2.795 Palavras (12 Páginas)  •  314 Visualizações

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ASPECTOS PRODUTIVOS DA CASTANHA DO BRASIL

Segundo Tonini (2007), as florestas com castanheiras cobrem uma superfície de aproximadamente 325 milhões de hectares na Amazônia, com a maior parte distribuída entre o Brasil (300 milhões), a Bolívia (10 milhões) e o Peru (2,5 milhões). A Bolívia domina o mercado da castanha, não só em quantidade exportada, mas também em tecnologia, níveis sanitários e, principalmente, valor agregado. Controla 71% do mercado de castanha processada. Já o Brasil é responsável por apenas 18% desse nicho

Atualmente, a Bolívia é responsável por 50% da produção mundial, o Brasil por 37% e o Peru por 13%. A derrubada dos castanhais, aliada às desvantagens competitivas em relação à Bolívia e o Peru, fizeram com que a produção brasileira declinasse ao mesmo tempo em que investimentos e incentivos fiscais na Bolívia tornaram este país líder no mercado internacional (TONINI, 2007). Tonini (2007) acrescenta que, no Brasil, o extrativismo da castanha se caracteriza pela alta concentração da produção em poucos Estados, onde o Acre, o Amazonas e o Pará detêm 80,7% da produção, com os demais Estados (Rondônia, Mato Grosso, Amapá e Roraima) totalizando os 19,3% restantes. Roraima é o Estado Amazônico de menor produção com uma média histórica de 2,03% da produção nacional. Na Tabela 1, indicada abaixo, apresenta a produção anual de castanha no Brasil.

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O Acre é o segundo maior produtor brasileiro de castanha. O primeiro é o Pará. A Região Norte é responsável por 98,72% da produção nacional de castanha do brasil, o que representa cerca de R$ 30 milhões na economia local, com impactos diretos na vida de comunidades extrativistas, pequenos agricultores e populações indígenas (TONINI, 2007). Souza (1984 e 2003) complementa afirmando que, no Estado do Acre, os maiores produtores de castanha do brasil são os municípios de Rio Branco, Xapuri, Brasiléia e Sena Madureira, onde é enfocado, principalmente, o mercado externo. As perdas na comercialização dizem respeito, principalmente, a qualidade das amêndoas comercializadas. As regionais do Alto e Baixo Acre são responsáveis por quase toda a produção do Estado, com uma média de 2.866,5 t e 2.547,5 t, respectivamente nos anos de 1998 a 2005. Isso pode ser explicado pelo fato de estar localizada nestas regiões, a maior concentração populacional de castanha do brasil.

Processamento

A agroindústria existente no Estado é responsável pela transformação da matéria-prima em bens de consumo. Administrada pela COOPERACRE e Governo do Estado do Acre, a Usina Beneficiadora de Castanha do Brasil semi-automatizada, localizada em Brasiléia, beneficia 1,3 toneladas ao dia, que são fornecidas para clientes das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. oferecendo atualmente 36 empregos diretos (COOPERACRE, 2008). A usina também processa a castanha coletada pelos produtores extrativistas associados à COMPAEB e embala a castanha produzida pelas mini-usinas Chico Mendes, N. S. de Fátima e União Paraná, do município de Brasiléia, além de negociar o excedente da produção de castanha in natura dos castanheiros A implantação da usina e mini-usinas, foi inspirada na experiência da usina da Cooperativa Agroextrativista de Xapuri (CAEX) e contou com financiamento de US$ 210,000.00 do subprograma Projetos Demonstrativos (PDA) do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, do Ministério do Meio Ambiente (COMPAEB, 2007). A Figura 2, apresenta o fluxograma do processo produtivo da castanha do brasil da usina beneficiadora de Brasiléia, no Estado do Acre.

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- Recepção Toda a castanha comprada pela cooperativa é transportada até a usina em Brasiléia, onde então é recepcionada no armazém. Na recepção é feita a pesagem e uma avaliação visual das castanhas para mensuração da qualidade do produto. A pesagem é necessária para que se tenha uma idéia exata da quantidade a ser industrializada, desde a quantidade a ser colocada no autoclave, até o resfriamento final do processo.

• Limpeza As amêndoas, ainda com a casca, passam por um cilindro onde são limpas e separadas de todos os materiais estranhos como folhas, pedras, areias e outras impurezas, a fim de evitar a contaminação e também sua deterioração.

• Seleção Após a limpeza, as amêndoas passam por uma esteira de seleção, onde são selecionadas todas as possíveis amêndoas que estiverem em condições inadequadas (deterioradas ou podres). É nessa etapa que ocorre uma grande perda na produção, cerca de 35% das amêndoas são eliminadas.

• Autoclavagem É a preparação para o descascamento. As castanhas são submetidas ao processo de autoclavagem, uma espécie de choque térmico cujo objetivo é o desprendimento da amêndoa da casca, facilitando o processo de descascamento sem quebrar a amêndoa.

• Limpeza Nesta, as a etapa, as amêndoas passam por um novo processo de limpeza onde são retiradas as possíveis amêndoas que se quebraram durante a autoclavagem. • Descascamento automático As amêndoas já limpas passam por esteiras onde são submetidas ao descascamento, que é feito por quebradores automáticos que emitem força mecânica contra as amêndoas. Depois de quebradas as amêndoas passam por peneiras onde são eliminadas as cascas.

• Estufa/secagem A secagem visa reduzir a umidade das amêndoas em torno de 4% a uma temperatura de 60ºC a 70ºC. As amêndoas são colocadas em bandejas teladas que devem ser aquecidas a um tempo determinado a umidade desejada.

• Seleção/classificação A seleção e classificação das amêndoas são feitas automaticamente. As amêndoas são postas em bandejas que possuem compartimentos (orifícios com medidas padronizadas) e por movimentos aplicados nas bandejas, as amêndoas caem nos compartimentos de acordo com o seu tamanho

• Embalagem As amêndoas são embaladas à vácuo em sacos de alumínio. O peso de cada embalagem se dá de acordo com a necessidade do mercado.

• Comercialização Parte da produção é comercializada no mercado interno, principalmente para o sudeste e sul do país. A outra parte é destinada a exportação

COMERCIALIZAÇÃO

O preço da castanha do brasil comercializada no mercado interno tem aumentado a cada ano.

A Tabela 5 contém os dados dos preços da castanha, comercializados no Brasil

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