OS IDEAIS DE LOCKE NA CONSTRUÇÃO DO CAPITALISMO

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O Liberalismo foi uma característica do Iluminismo, pois abordava um conjunto de ideias com o fim de defender a liberdade individual do homem enquanto inserido na sociedade; relacionado aos campos da política, educação do povo, religião, economia, divisão dos poderes dentro do Estado, governo representativos, liberdade política, econômica e de expressão.

O Iluminismo refere-se ao uso da razão, ilustração, luzes, sobre a capacidade do homem de conhecer, entender, julgar e decidir sem a interferência de outrem. Somente a razão era capaz de originar a crítica das questões que envolviam a sociedade, livre do tradicionalismo religioso medieval, das práticas supersticiosas e do poder da magia.

Essas ideias iluministas estavam presentes nas filosofias de alguns autores, como John Locke, que afirma que a nossa mente é como uma tábula rasa, sem nenhuma ideia, desta forma, o conhecimento seria adquirido através dos sentidos para posteriormente ser desenvolvido pelo esforço da razão e, somente assim, a humanidade alcançaria a felicidade. Ele condenou o absolutismo monárquico ao defender a liberdade dos cidadãos, a tolerância religiosa e a liberdade política; declarava que a liberdade natural do homem era estar livre de algum poder superior, apenas a lei da natureza estabeleceria como regra.

O fato de a Revolução Industrial ter se iniciado na Inglaterra não foi por acaso, uma vez que este país foi palco de diversas transformações, como as Revoluções Liberais e o Movimento Iluminista que deram fim ao Antigo Regime, o que proporcionou à burguesia acumulação de capitais (através da concentração de terras e expansão do comércio), impulsionando assim o processo de produção industrial.

A industrialização acelerada refletiu em vários aspectos da vida social, fez crescer o número de operários pobres que, por meio de suas organizações, reivindicavam condições dignas de trabalho, enquanto a burguesia industrial procurava aumentar seus lucros e enriquecer.

O debate resultante desse conflito de interesses entre operários e donos das fábricas contribuiu para a elaboração de diversas teorias sociais. Algumas delas justificavam os rumos da nova sociedade industrial capitalista, enquanto outras defendiam os interesses dos operários, ao denunciar a exploração do trabalho, além de pregar uma sociedade mais livre e justa.

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