OCORRÊNCIA DE PARASITOS INTESTINAIS EM PACIENTES ATENDIDOS EM LABORATÓRIO ESCOLA EM BELÉM DO PARÁ
Por: Salezio.Francisco • 19/2/2018 • 2.904 Palavras (12 Páginas) • 366 Visualizações
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Segundo Gonçalves(2010), contaminação humana por enteroparasitos ocorre há milhares de anos, comprovada pela análise paleoparasitológica com múmias humanas que confirma o quanto o parasitismo humano é antigo. Pesquisas feitas na América do Sul em estudos arqueológicos têm demonstrado a presença de Ancilostomídeos, Ascaris lumbricóides, Tricuris trichiura, Enterobius vermicularis, Entamoeba spp, Giardia lamblia, Taenia sollium,Cryptosporidium parvum,dentre outros, em coprolitos e em outros materiais orgânicos .( GONÇALVES et al.,2010)
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL:
- Avaliar a ocorrência de parasitos intestinais em usuários do Laboratório Escola no período de Janeiro de 2009 a dezembro de 2013.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Identificar a frequência de protozoários e helmintos
- Correlacionar os parasitos com a idade e sexo dos portadores;
3 JUSTIFICATIVA
A região Norte do Brasil possui poucos estudos parasitológicos comparativos ao restante do país, tornando de extremo valor os resultados apurados, além de proporcionar um melhor conhecimento das características e dificuldades da Região, uma vez que pesquisas populacionais sobre parasitos intestinais realizadas em diversas no Brasil e mostram frequências bastante diferentes, de acordo com as condições locais de saneamento e características da amostra analisada.(SILVA,2005)
O desenvolvimento de medidas que melhorem a qualidade de vida considerando o aspecto parasitológico se faz necessário, pois este ainda é responsável por altos índices de mortalidade resultante e pela frequência com que produzem déficits orgânicos, sendo um dos principais fatores debilitantes da população, associando-se frequentemente a quadros de diarreia crônica e desnutrição,comprometendo assim, o desenvolvimento físico e intelectual, particularmente das faixas etárias mais jovens.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/GBDIP001_total.pdf
QUERIDA PROFESSORA ESTA PARTE FOI BASEDA DESTA CASTILHA E NÃO SOUBEMOS COMO COLOCAR A BIBLIOGRAFIA,MAS AI ESTA O LINK.
Diante deste quadro e com o intento de identificar a prevalência das parasitoses intestinais optou-se pela realização deste estudo para investigar a prevalência de parasitoses intestinais dos pacientes usuários de um laboratório-escola localizado em Belém, Pará.
A incidência de parasitas intestinais numa população pode ser considerada como um dos mais seguros métodos para se avaliar o grau das condições sanitárias, educação, habitação e higiene alimentar, de uma comunidade, uma vez que este parâmetro constitui um problema de saúde pública, sendo agravado por dificuldades econômicas, sociais e médicas. Por esta razão, verificar a ocorrência das enteroparasitoses mais frequentes em uma sociedade é importante, pois seus resultados oferecem subsídios para a elaboração de políticas municipais de saúde pública voltada à sociedade.(SILVA,2005)
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1 Parasitos intestinais
As infecções parasitárias intestinais como argumentam diversos autores advêm normalmente da transmissão fecal-oral isto é, a ingerência de alimentos contaminados; condições de saneamento básico; higiene pessoal e doméstica; o meio ambiente (água, solo, etc.); nível socioeconômico. (NEVES,2004) Sendo estes os fatores principais para transmissão e disseminação das formas infectantes dos parasitas helmintos e protozoárias principalmente o trato intestinal. (CIMERMAN,2005)
Alguns estudos mostram que em populações de baixo nível socioeconômico, a transmissão pode ser facilitada por condições precárias de higiene (VASCONCELOS, 2011), sendo a via oral uma importante porta de entrada, pela ingestão de água ou alimentos contaminados com formas parasitárias encontradas no solo (BELLOTO, 2011). Além disso, o contato com animais domésticos e brincadeiras que proporcionam contato direto com o solo contaminado são hábitos envolvidos na epidemiologia das parasitoses intestinais (SILVA et al., 2011).
O parasitismo intestinal recorrente ao ser Humano está interligado às relações parasito-hospedeiro. Finger (2012) a definição de parasitismo é uma relação íntima e prolongada na qual o hospedeiro é prejudicado em certo grau pelas atividades do parasita. O parasitismo consoante Rey (2010), representa uma forma de associação estreita e profunda estabelecida entre os indivíduos de duas espécies diferentes, onde são criados entre eles laços de dependência metabólica, ficando o metabolismo do parasito vinculado ao de seu hospedeiro. Este grau de dependência aumenta com o número de substancias que o parasita necessita para sua sobrevivência e crescimento.
O ser Humano no seu habitat está sujeito a um ambiente contaminado por ovos de helmintos e oocistos de protozoários depositados ao solo pelas fezes principalmente providas de animais domésticos. Helmintos e protozoários podem incluir parasitos intestinais de alta incidência que afetam a saúde humana causando preocupação para a saúde pública (NEVES et al.,2011).
As parasitoses intestinais constituem um sério problema de saúde pública, especialmente nos países tropicais e subtropicais. Conforme Neves, (2005), as parasitoses humanas (endo e ectoparasitas) constituem-se atualmente um importante problema de saúde pública, especialmente em regiões tropicais do mundo onde se concentra a maior parte dos países subdesenvolvidos, aonde os índices de prevalência de protozoonoses e helmintoses vêm crescendo a cada ano, apesar dos avanços científicos no conhecimento das relações parasito-hospedeiro e das descobertas de drogas bastante eficazes no tratamento.
Uma parasitose que, conforme dados da ONU, afeta cerca de um bilhão de pessoas no mundo das quais vinte mil morrem anualmente. A faixa etária mais atingida é das crianças, com 70 a 90% destas sendo menores de dez anos e pertencentes às classes socioeconômicas menos favorecidas, sobretudo de países subtropicais e tropicais como o Brasil (NEVES et al., 2005).
Muitos pesquisadores das doenças de contaminação através de parasitas apontam que entre os principais helmintos, os mais freqüentes são: os nematelmintos Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e Enterobius vermiculares, apresentando este último
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