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Funções Mentais Superiores (Psicologia Jurídica)

Por:   •  30/3/2018  •  2.073 Palavras (9 Páginas)  •  333 Visualizações

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exercer funções sem que haja o pensamento para estimular essas funções. Sendo assim:

Para nós, portanto, no princípio foi a existência e só mais tarde chegou o pensamento. E para nós, no presente, quando vimos ao mundo e nos desenvolvemos, começamos ainda por existir e só mais tarde pensamos. Existimos e depois pensamos e só pensamos na medida em que existimos, visto o pensamento ser, na verdade, causado por estruturas e operações do ser. (DAMÁSIO, 1994, p.256)

A partir de ambas as exposições, onde se mostram controvérsias, ver-se-á que para psicologia moderna a visão de Descartes se mostra mais concatenada, tenha visto as grandes pesquisas que trabalham em prol da mente, tal como sendo fator que influencia no modo de agir, e vê-se aqui as terapias mentais. Extirpando a visão de que o cérebro que altera o pensamento, em que o tratamento deve ser realizado no cérebro e não na mente. Sendo assim, todo o trabalho se voltará para a condição de que para que haja o funcionamento do cérebro é preciso antes do pensamento.

2. Conceito de sensação

Após toda a contextualização apresentada anteriormente, percebe-se de que o trabalho abordará a sensação tal como sendo exposta a mente e que posteriormente será induzida ao funcionamento do cérebro, que por sua vez fará a ativação de comportamentos ao longo do corpo, entretanto, a sensação, em si, não pode ser estudada de modo independente, assim como todas as demais funções mentais superiores, além de conceitos aos quais devem ser abordados para que se possa compreender toda a estrutura da sensação. Para tanto, veremos de que para Fioreli e Mangini (2010, p. 11) sensação se constitui em: “[...] um processo contínuo, que se inicia com a recepção do estímulo (interno ou externo ao corpo) até a interpretação da informação pelo cérebro, valendo-se de conteúdos nele armazenados. A partir de então, a apresentação nos direciona a buscar e interpretar os estímulos para posteriormente compreendermos a sensação.

2.1 Estímulos

O estímulo deve ser entendido tal como qualquer mudança que ocorre no meio ao qual se tem um corpo inserido, assim sendo pode-se compreender como estímulo qualquer alteração no meio ou ainda no ambiente. Como exemplo pode se dar quando estamos cozinhando e nos aproximamos do fogão e percebemos o aquecimento da pele, aqui perceba-se de que o estímulo é o fogo, que faz com que se tenha uma alteração. Ou ainda, o tocar de uma sirene, sendo, pois, o som emitindo um estímulo. Perceba-se que a alteração no ambiente é entendida tal como estímulo.

E por consequência, ter-se-á uma alteração no comportamento humano que entenderemos tal como a sensação, ou seja, o esquentar da pele vai ser entendida como uma sensação provocada pelo estímulo que é o fogo. Ou ainda, no caso da sirene a alteração no corpo, entenda-se neste, como exemplo, um arrepio que será um comportamento, ou seja, uma sensação que foi provocada por um estímulo. Em suma, veremos de que o comportamento, sensação, iniciará e estará sempre atrelado com uma alteração no ambiente.

No entanto, nem sempre veremos de que a sensação acontecerá com qualquer estímulo provocado pelo ambiente, onde dependerá da percepção ou ainda da intensidade do estímulo para que esse seja percebido e que gere uma sensação. Por exemplo, dependendo da intensidade a qual o fogo é ligado ou da sonoridade da sineta, pode, o corpo, não receber nenhum tipo de comportamento biológico.

Aqui então, veremos a presença do limiar inferior e superior, onde serão diferenciados de pessoa para pessoa, ou seja, para que ocorra uma resposta depender-se-á da intensidade do estímulo para que gere uma alteração, em que dependendo da pessoa uma certa carga de estímulo não gerará nenhuma resposta em contrapartida em uma outra pessoa, alterando-se aqui o fator chave que é o organismo, pode-se perceber a ocorrência de uma resposta. Para tanto, vê-se que o comportamento está associado a um estímulo e para que esse estímulo seja percebido depende de uma certa carga, potência, frequência, temperatura, etc. Tal como ilustração pode-se tomar como exemplo a exposição de duas pessoas na mesma intensidade de calor, sendo este o estímulo, onde após certo tempo, como exemplo 5 minutos após, verifica-se que um dos estudados possui cerca de 10 mililitros de suor e o segundo possui 15mililitros, ou seja, foram expostos a mesma carga, estímulo, e tiveram respostas diferentes. Vê-se ainda, que quanto mais fraco o estímulo se mostrar, maior deverá ser a duração da cessão do estímulo para que se tenha um comportamento, a exemplo quanto menor a temperatura maior deve ser o tempo de exposição do indivíduo para que se perceba a alteração biológica.

Esse fator de gerar comportamentos com intensidades diferentes, mesmo sendo as pessoas expostas a mesma carga, está associado ao limiar inferior, em que é preciso uma intensidade mínima para que gere um comportamento, por exemplo um cachorro e um homem, a intensidade mínima para que o cachorro tenha a sensação de um som é n vezes menores do que o ser humano necessita para começar a ter a mesma sensação, assim sendo a necessidade de decibéis para gerar um comportamento em uma homem e um cachorro são completamente distintos.

Em contrapartida, más possuindo o mesmo princípio, ou seja, a intensidade e o organismo, perceberemos o limiar superior, em que dependendo da intensidade do estímulo, quando este se mostra maior do que o suportado pelo corpo, percebe-se o bloqueio das funções mentais para que não haja dano no corpo. Aqui, têm-se como exemplo o desmaio, que é ocasionado quando a capacidade de suportar uma intensidade é ultrapassada, a exemplo quando um corpo é submetido a uma intensidade de calor, em que quando a capacidade de calor é ultrapassada o desmaio será ocasionado como forma de poupar o sistema nervoso. Para Firelli e Mangini (2010, p.13) o limiar superior é observado quando: “O indivíduo desmaia porquê o cérebro “desliga” quando à dor ultrapassa o limite do suportável; isso poupa as estruturas neuronais do estresse excessivo”.

Além de que, quanto maior a ocorrência dos estímulos menor será a sua captação pelo corpo, tenha visto que a quantidade em excesso de informação ou estímulos, faz com que o cérebro não consiga deliberar todos os comportamentos ao corpo, havendo aqui a seleção daqueles em que mais se destacam para mente, onde que um estímulo visual prevalece sobre um estímulo auditivo, dependo de suas intensidades. E por fim, cabe expor de que os estímulos estão atrelados aos cinco sentidos do corpo, sendo

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