FICHAMENTO DE PROTOCOLO PARA CIRURGIA SEGURA

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TEXTO DISSERTATIVO

O conceito de cirurgia segura surgiu a partir da implementação de medidas que visam reduzir os riscos de eventos adversos que podem acontecer antes, durante e depois das cirurgias. Os eventos adversos são muito prejudiciais ao paciente, resultando em danos que muitas vezes podem ser irreversíveis. O protocolo de cirurgia segura criado pela Organização Mundial de Saúde, tem como objetivo determinar as medidas que irão ser implantadas para reduzir os incidentes, evitando a morte cirúrgica e aumentando a segurança do paciente no momento da realização dos procedimentos, como por exemplo, saber local correto, paciente correto para evitar possíveis erros.

Durante o ano estima-se que são realizadas de 187 e 281 milhões de cirurgias em todo o mundo, o que fez com que as equipes que trabalham com cirurgias tivessem que se aperfeiçoar para prestar um serviço de qualidade para o paciente, aumentando assim as oportunidades de tratamento de patologias, de modo que as técnicas foram aperfeiçoadas. Mas infelizmente, o aumento dos erros também aumentaram muito, erros que muitas vezes resultaram em dano para o paciente levando-o a incapacidade ou a morte. Torna-se necessário, portanto, que a equipe responsável pela cirurgia, certifique que tudo está correto, para que não haja erros que poderiam ser evitados, como por exemplo, cirurgias em locais errados, em órgão vitais, como pulmões e cérebro, sem falar nos pacientes que tiveram órgãos retirados sem nenhuma necessidade.

Para que um procedimento possa ser realizado de forma segura, todos os fatores envolvidos devem concorrer para tal, como a capacitação dos profissionais, o ambiente, os equipamentos e matérias que serão utilizados, etc. Mas este protocolo nos mostra de uma lista de verificação de cirurgia segura, que é um meio de evitar os incidentes cirúrgicos, é uma lista formal utilizada para identificar, comparar e verificar um grupo de procedimentos. Essa lista divide a cirurgia em três fases, que são: Antes da indução anestésica, antes da indução cirúrgica e antes do paciente sair da sala de cirurgia. Nota-se então que cada fase corresponde a um momento da cirurgia, e em cada fase, a pessoa responsável deve confirmar se as tarefas da outra fase foram completadas para dar procedimento, caso contrário, a verificação deverá ser interrompida e o paciente deve continuar na sala de cirurgia até a resolução do problema.

Essa verificação consiste em revisar a identidade do paciente verbalmente, confirmar se o procedimento e o local da cirurgia estão corretos, confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao paciente e seu funcionamento. Além de apresentar cada membro da equipe ao paciente e sua função, revisar verbalmente, uns com os outros, sobre os elementos críticos de seus planos para a cirurgia, usando as questões da Lista de Verificação como guia, e antes do paciente sair da sala de cirurgia revisar se há qualquer funcionamento inadequado de equipamentos ou questões que necessitem ser solucionadas, bem como a revisão do plano de cuidado e as providências quanto à abordagem pós- operatória e da recuperação pós-anestésica antes da remoção do paciente da sala de cirurgia.

Torna-se importante ainda que o cirurgião e o profissional de enfermagem revisem o plano de recuperação pós-operatório, focando em especial nas questões anestésicas ou cirúrgicas que possam interferir na recuperação do paciente. Vale ressaltar, portanto, que a assistência de enfermagem no pós- operatório é crucial, de modo que os seus cuidados visam promover o conforto e o bem-estar do paciente, buscando sempre detectar quaisquer alterações que possam comprometer a evolução do paciente, sempre discutindo o quadro do mesmo com a equipe multidisciplinar para que ações possam ser tomadas imediatas caso necessário.