EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Por: Rodrigo.Claudino • 6/11/2017 • 2.633 Palavras (11 Páginas) • 341 Visualizações
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Art. 109 – A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
Prescrição das penas restritivas de direito.
Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade.
A Prescrição é a perda do direito de punir o autor do fato pelo decurso do prazo em que o delito poderia ter sido conhecido, ou a pena executada, pelo Poder Judiciário.
A exceção está nos crimes imprescritíveis. Previstos como tais na Constituição Federal de 1988 no art. 5.º, incisos XLII e XLIV, a punição pela prática do racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático não se submete aos prazos previstos na Lei Penal.
Da regra do caput do artigo 109 do Código Penal extrai-se como premissa maior que, no cálculo da prescrição, a pena a ser considerada é a máxima cominada ao crime pelo legislador. Não será assim, contudo, quando após decurso da ação penal sobrevier sentença condenatória transitada em julgado, pois, nesta hipótese, usa-se como parâmetro a pena fixada pelo Juízo. Para os dois casos tomam-se como base os prazos prescritos neste artigo, exemplificado no quadro abaixo:
PENA MÁXIMA (ANOS)
PRESCRIÇÃO (ANOS)
> 12
20
08 A 12
16
04 A 08
12
02 A 04
08
01 A 02
04
03
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente.
Neste artigo identificamos o que a doutrina denomina prescrição da pretensão executória, este determina que depois de transitada em julgado a sentença condenatória não se fala mais em prescrição do direito de ação, restando apenas, a pretensão quanto ao cumprimento da pena, e tendo como prazo para exigir o cumprimento desta, então, o regido pela prescrição considerada a partir da pena fixada na sentença final.
§ 1o A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
Aqui é possível notar um marco para o cálculo do prazo prescricional individualizado ao fato delituoso em concreto, que será a pena fixada na sentença condenatória transitada em julgado.
A prescrição que corre entre a data do fato e a do recebimento da denúncia ou queixa só pode ter por base a pena máxima cominada ao delito, nada mais importando, para nesse fim, a pena cominada ao final do processo.
Contudo, é importante ressaltar que a prescrição não tem início antes de recebida a denúncia ou queixa. Aqui a prescrição corre sim, mas pela pena máxima cominada ao delito, seguindo fielmente a regra do artigo 109 e seus incisos.
Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr:
I - do dia em que o crime se consumou;
A contagem do prazo prescricional tem início quando o crime se consuma.
II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa;
Se não se consuma, a prescrição pela tentativa tem início quando exaurida a ação do autor.
III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência;
Nos crimes permanentes, quando cessada a permanência do crime.
IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido.
Nestas hipóteses de crime contudo, a prescrição se inicia a partir da data em que o fato se tornou conhecido.
Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr:
I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional;
A prescrição da pretensão executória tem seu início a partir do dia em que a sentença transitar em julgado para a acusação, já que a partir daí a pena não poderá ser agravada.
Não é necessário exigir que a sentença transite em julgado para ambas as partes. Portanto, não cabendo mais recurso pela acusação, a prescrição começa a contar, tendo por base a pena aplicada ao caso.
II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena.
Transcorrerá a prescrição do dia em que interrompida a execução da pena, pela evasão (fuga) do apenado, quando a contagem daquela se iniciará pela pena restante.
Art. 113 – No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional,
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