Desvio de Finalidade da mão de obra estagiária
Por: Hugo.bassi • 21/3/2018 • 20.638 Palavras (83 Páginas) • 372 Visualizações
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Keywords: Fundamental Right to Work. Intern. Misuse of purpose. Scam.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 11
1 DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO
1.1 Conceito e características
1.2 Histórico do direito do trabalho nas constituições brasileiras anteriores
1.3 Origem do estágio no Brasil
2 TIPOS DE EMPREGADOS
2.1 Distinções acerca da relação de trabalho e relação de emprego
2.2 Trabalhador autônomo
2.3 Trabalhador eventual
2.4 Trabalhador avulso
2.5 Trabalhador voluntário
2.6 Empregado
2.7 Empregado rural
2.8 Empregado doméstico
3 LEI DO ESTÁGIO Nº 11.788/08
3.1 Definição de estágio
3.2 Contrato de estágio
3.2.1 Sujeitos na relação de estágio
3.2.1.1 Estudante estagiário
3.2.1.2 Instituição de ensino
3.2.2 Requisitos formais
3.2.3 Requisitos materiais
3.3 Fraude no estágio e suas consequências
3.4 Possibilidade da equiparação do estagiário a servidor público
3.5 Responsabilidade da instituição de ensino
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
O objetivo da pesquisa é descrever a história do estágio, suas novas peculiaridades, requisitos, meios para um bom aproveitamento entre as três partes que compõem essa relação, a fim de demonstrar para a sociedade que é fundamental o estágio, de forma correta, pois, assim, todos na relação serão beneficiados.
A pesquisa também versou sobre os inúmeros casos de desvio de finalidade no contrato de estágio tanto nas pessoas jurídicas de direito privada ou público, mostrando-se como hipótese a possibilidade da equiparação a funcionário público, bem como, a responsabilidade das instituições de ensino.
No primeiro capítulo, iremos expor como surgiu o direito fundamental ao trabalho e como se desdobrou através das constituições brasileiras até os dias atuais. Além disso trataremos como se deu a origem do estágio no Brasil e sua evolução até a norma estudada no presente trabalho.
No segundo capítulo, o assunto abordado foi a diferença da relação de trabalho para a relação de emprego, pois é de suma importância não confundir ambos institutos. Ademais tratou-se dos diversos tipos de trabalhadores e empregados existentes no direito do trabalho fazendo uma análise de suas características próprias.
No último capítulo, destrinchamos a Lei nº 11.788/08 demonstrando todos os requisitos para o estudante ser considerado estagiário, bem como, suas particularidades e como vem sendo fraudada pelas partes concedentes e a excessiva negligencia das instituições de ensino.
A hipótese de que se partiu é a possibilidade de equiparar o estagiário a funcionário público de maneira fictícia, apenas sendo devido as horas extras trabalhadas. Também sustentaremos as responsabilidades das instituições de ensino caso ocorra desvio de finalidade durante o período do estágio, pois a legislação atual é omissa, apenas dispondo sobre a configuração do vínculo empregatício com a empresa.
O método de raciocino utilizado durante a produção deste trabalho é o dedutivo. Foram feitas investigações minuciosas sobre a evolução da figura do estagiário para se explicar o cenário atual vivido por eles, além de demonstrar as inúmeras fraudes que ocorrem em busca de uma mão de obra barata, em virtude da situação econômica instável que atravessa o Brasil.
Já o tipo de pesquisa empregado, foi um estudo bibliográfica e o comparativo. O primeiro uma vez que foram utilizados na produção deste trabalho, doutrinas, jurisprudências e artigos de lei. O segundo, pois houve a análise de normas anteriores já revogadas em relação ao estágio.
1 DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO
- Conceito e considerações importantes
Antes de adentrar ao objetivo do presente trabalho mostra-se necessário para obter um maior esclarecimento acerca do tema proposto, há necessidade de explanar o que é um direito fundamental social.
Os direitos fundamentais são conferidos pelo Estado Democrático de Direito aos membros da sociedade visando garantir, além de suas necessidades básicas, a igualdade, saúde, educação, dignidade, entre outros direitos. Estes direitos também asseguram o direito da coletividade frente ao particular, ou seja, uma única pessoa nunca vai ser beneficiada em detrimento da maioria.
Tais direitos ainda criam deveres para o Estado e protegem os indivíduos das possíveis decisões com excesso de poder, proferidas por aquele, que possam transgredir os direitos individuas e coletivos da sociedade, assim, delimitam os poderes que foram conferidos ao Estado.
Segundo Pamplona (2010, p. 147) “O conceito de direitos sociais no direito constitucional brasileiro é amplo e inclui tanto direitos a prestações quanto direitos de defesa”
Ainda no mesmo sentido leciona Sarlet (2012, p. 47) “Os direitos fundamentais sociais são direitos que visam à proteção dos interesses coletivos em face dos interesses individuais, não confundindo com os direitos coletivos e/ou difusos”
São vários direitos fundamentais espalhados no texto constitucional, por isso, existe a possibilidade de alguns deles entrarem em conflitos, o que fazer? A princípio deve se analisar todas as peculiaridades do caso concreto e utilizar o princípio da ponderação para descobrir qual o direito de maior valor para a solução do conflito, ou seja, o de menor valor fica prejudicado.
Vale
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