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DA APATIA POLÍTICA DOS JOVENS DA ATUALIDADE: Um Reflexo Das Novas Ferramentas da Comunicação

Por:   •  4/6/2018  •  2.969 Palavras (12 Páginas)  •  309 Visualizações

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Importante salientar que a presente temática constitui um grave problema, pois vivemos numa sociedade e sob um sistema democrático, o qual fora instituído e é garantido pela Constituição Federal de 1988.Outrossim, o jovem enquanto sujeito social não pode afastar-se das relações interpessoais, pois é delas que emergem a participação, o interesse e a crítica, as quais são essenciais para otimizar o funcionamento do citado sistema. Todavia, não são estas as características que visualizamos nos jovens atualmente.

De outra sorte, preocupa o fato de nossos jovens viverem basicamente num mundo virtual, alienados pelas novidades tecnológicas e totalmente alheios as circunstancias que constituem direito de todos e ferramentas de modificação social.

Durante cinco anos (2007/2012), enquanto profissional da educação básica III da rede estadual da Paraíba, mantivemos contato direto com jovens numa faixa etária de 14 a 25 anos, nestes era evidente a falta de interesse por assuntos, tais como; Educação, saúde, política, religião, cidadania, trabalho e etc. Em contrapartida, qualquer oportunidade que tivessem de se conectar a internet e seus similares, não perdiam tempo, como se isto ( conectar-se numa rede social) fosse mais relevante do que as próprias aulas que recebiam naquele momento.

Inicialmente não víamos tais circunstancias como problema social, todavia, a academia nos mostrou que a vida em sociedade não é somente um viver coletivo, mas, sobretudo, um viver/agir coletivo, onde cada indivíduo poderá e deverá exercer seu papel de cidadão tanto no que diz respeito aos direitos como frente aos deveres que lhe conferem, ainda mais quando se trata de uma sociedade erguida sob os fundamentos democráticos.[pic 1]

Outrossim, noutros momentos nossos jovens já foram mais engajados e atuantes frente as demandas e questões político/sociais.

Neste sentido, pode-se ressaltar o modo de atuação da juventude estudantil dos anos 80 e 90 que indignavam-se, iam as ruas, criticavam as autoridades e sobretudo cobravam soluções para os problemas vigentes.

2 DELIMITAÇÃO DO TEMA – PROBLEMA

Em busca de conhecermos a motivação ou desmotivação dos jovens atuais pelas questões atinentes a vida social, iremos explicitar as razões deste comportamento da juventude.

Como pressuposto de nossas ideias partiremos de um momento em que possivelmente a juventude não era apática. Desta forma, nos referimos aos anos 80 e 90, momento em que se vislumbrava a emergência do novo estado democrático de direito, bem como é possível afirmar que o jovem daquele momento compartilhava com seus pares de um mesmo comportamento, o qual seja o desejo de conhecer os problemas sociais e interferi-la em suas soluções.

Não é difícil evidenciarmos tal postura, pois alguns movimentos foram notoriamente expostos, tal como “os caras pintadas” por volta dos anos 90, composto em grande parte por jovens que exigiam mudanças na conjuntura política do país.

Em contrapartida, os jovens atuais não demonstram interesse por tais assuntos, parece que vivem uma nova realidade, onde, até se inteiram dos fatos e ocorrências sociais, todavia, não ficam indignados a ponto de unir-se a outros e buscar soluções concretas. Na maioria das vezes até envia uma série de mensagens eletrônicas, todavia, estas provocações no máximo irá gerar indignações privadas, individuais, o que não é o bastante para provocar mudanças sociais.

Assim, evidenciamos uma nova postura da juventude; a apatia política, o que não é louvável, pois vai de encontro ao comportamento ideal de uma sociedade democrática, onde a participação representa o próprio exercício da cidadania.

Parece impensável a apatia nos de hoje, pois contamos com um grande arcabouço de tecnologias que deveriam facilitar a comunicação, e desta forma estimular a participação de todos na vida social. Ocorre que, não é isso que vislumbra-se atualmente, isto notadamente com os jovens uma vez que são os maiores usuários destas novas tecnologias. [pic 2]

Desta forma, para subsidiar o desenvolvimento do presente trabalho partiremos da seguintes indagações:

- Os jovens que viveram a emergência do atual ordenamento jurídico por volta dos anos 80 eram mais participativos socialmente que os atuais?

- Qual seria o agente responsável pelo afastamento dos jovens, ou senão, pelo desinteresse nas atuais questões sociais?

- Considerando que as novas ferramentas tecnológicas da informação tem encontrado bastante aceitação por parte da juventude, é possível afirmar que ocorre alienação desta em relação aquelas?

3 OBJETIVOS

- Objetivo Geral

Explicitar as causas que levam os jovens de hoje a assumir uma postura apática frente as demandas sociais.

- Objetivos Específicos

- Compreender como se dava a interação dos jovens dos anos 80 e 90 em relação aos temas de relevância político/social;

- Analisar e compreender os fins e a importância das tecnologias da informação para os jovens atuais;

- Questionar o modo como a juventude de hoje ver as as instituições públicas, o governo, a iniciativa privada, e principalmente a sua participação social enquanto sujeitos de direitos e deveres.

4 METODOLOGIA

Para a execução do presente trabalho, inicialmente nos deteremos em pesquisa bibliográfica com o fim de estabelecer pontos chaves a serem compreendidos e explicados.[pic 3]

O método a ser utilizado é o hipotético - dedutivo, uma vez que partiremos de hipóteses fundadas na realidade social as quais após serem estudadas e testadas poderão ou não se confirmarem no decorrer do trabalho.

No que diz respeito aos procedimentos utilizados, iremos fazer uso de fichamentos, resumos, resenhas além de outras técnicas tais como questionários entrevista e/ou outros que se mostrarem necessárias. Os dados a serem coletados e analisados terão natureza essencialmente qualitativa, todavia, não fica excluída a possibilidade de virmos a trabalhar com dados quantitativos.

[pic 4]

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nos idos anos 80, a sociedade brasileira, mais especificamente

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