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COMUNICAÇÃO EM MASSA – PODER MIDIÁTICO

Por:   •  4/8/2018  •  1.978 Palavras (8 Páginas)  •  194 Visualizações

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3 Mídia e Informação

A mídia vem sendo conhecida como o quarto poder, pois desde sua invenção ela possui um papel de poderio. Ela age como um modo de poder “supra legislativo”.

O entendimento sobre o livro “A decisão do juiz e a influência da mídia”, do professor e juiz Artur César de Souza, da Editora RT, faz uma visão sobre a intervenção da mídia na imparcialidade dos julgamentos e as consequências das relações entre comunicação, mídia, opinião pública e decisão judicial. Tudo se engloba, pois nos valemos dos princípios da adequação social.

O autor recorda como exemplos os casos Nardoni, Suzane Von Richthoffen e João Hélio, todos sendo assestados de manchetes e longas reportagens na mídia nacional como um todo.

Segundo o autor é necessário uma análise minuciosa em cima do caso a ser estudado, de preferência com os meios de comunicação desligados. Para efeito de chegar numa resultante justa e fazer valer as leis o autor diz ser necessário uma análise de outros casos com grandes repercussões para efeito de analisar quem determinou a sentença, se foi o juiz de direito de fato, ou a mídia que incentivou.

Segundo ele “a mesma Constituição que garante o direito à liberdade de expressão também garante o direito ao sigilo de fatos e provas num determinado processo”. A Liberdade de expressão não poderá ficar acima de um julgamento isento. De maneira que se a mídia disponibiliza as provas de um julgamento e estas vierem a favorecer a outra parte, tais provas deverão ser postas de lado.

Deverá sempre haver, segundo o autor, uma peculiaridade de respeito entre a publicidade do processo e os princípios estabelecidos na constituição.

A objetividade e a veracidade dos fatos deverão ser sempre os motivos precípuos para a publicação dos fatos, mas por outro ponto de análise, temos também a vontade de vender. A pressão popular exige mudanças nas legislações ultrapassadas que temos, pedem que o policiamento se torne mais eficaz e veemente, e o Ministério Público bem mais atuante, de modo a não apenas sancionar, mas coibir antes da ação.

Com o caminhar do tempo a mídia percebe que os casos de relevância social, e principalmente criminosos geram lucros e publicidade enormes, dessa forma extrapolam os direitos de publicidade e veracidade. A mídia começa a desempenhar um papel de influenciadora nas decisões penais e de um processo como um todo.

O quarto poder, o poder midiático, nas questões processuais tem grande relevância em alguns de maior repercussão.

É extremamente difícil mantermos inertes em relação a crimes como os da Suzana Richthofen, os Nardoni e Nakashima. Nesses casos nitidamente os jurados foram tocados pelo papel midiático no Seara Processual, como a imparcialidade no processo, a indisponibilidade processual, da publicidade por exemplo.

A imparcialidade, adotada pelos jurados, foi observada pois se trata de crime doloso, não precisando, portanto, fundamentar as decisões, neste caso suas decisões são tomadas pelo que lhes é dito e por suas convicções.

A respeito da indisponibilidade processual, devido ao poder midiático, o crime não poderá de forma alguma ficar impune, pois se trata de motivação pública coletiva, a sociedade clamando por justiça, o que foi observado no caso Richthofen.

No que se refere a publicidade do processo, por ter se tornado casos de relevância coletiva, a publicidade se dá na garantia de visitação nas audiências públicas, a visita aos autos processuais de forma a legitimar a decisão judicial.

A mídia horroriza a população falando que o crime fora cometido dentro de casa, da família, um lar, asilo inviolável segundo nossa constituição. Deixando portanto a população com um desejo cruel de respostas.

A mídia visa nitidamente o lucro, uma vez que não da publicidade em caso de inocentes encarcerados, de forma a cobrar e fiscalizar esse meio. A mídia apenas tendi a realçar os crimes hediondos contra pessoas, de modo que a comoção pública gere comprar de revistas, telespectadores plugados nas redes, dentre outros.

4 Manipulação da População

A população é facilmente movimentado pelo bel-prazer midiático. Acaba novela e inicia outra que começa a tecer novos comportamentos, novos modelos a serem seguidos. Novos corpos a serem desejados e almejados, novos produtos estéticos a serem comprados. Movimentando assim toda uma rede empresarial.

Assistir televisão, navegar na Internet, falar ao celular são coisas do cotidiano da maioria da população mundial. Somos bombardeados de informações que tem por objetivos nos vender uma ideia, um produto, um sonho Tal tecnologia influencia diretamente a população no quesito de cultura educação, dentre outros. Dessa forma a sociedade contemporânea é tecida através de uma nomenclatura de um pode midiático. E é neste ambiente de interação com o mundo e significação que desde pequena a criança é colocada à frente da televisão e esta então se apresenta como parte integrante da família por ser uma boa “babá eletrônica”.

Segundo Marilena Chauí : “A produção ideológica da ilusão social tem como finalidade fazer com que todas as classes sociais aceitem as condições em que vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem pretender transformá-las ou conhecê-las realmente, sem levar em conta que há uma contradição profunda entre as condições reais em que vivemos e as ideias”.

A mídia, de forma inescrupulosa, tendi a nos conformar com a situação que vivenciamos. Ou seja, se o cidadão for de baixo poder aquisitivo a mídia enfatiza que isso que é natural, ao passo que também é natural um cidadão ter um poder aquisitivo altíssimo e morar num prédio de luxo visualizando, apenas, em suas costas as grandes aglomerações e comunidades.

Os comerciais sempre nos mostram famílias unidas, felizes, aparentemente sem problemas de forma a nos levar a querer não aquele produto, mas aquela vivência, e se aquela vivência está imbuída na compra de uma marca de margarina quaisquer, que assim seja, compremos a margarina.

As propagandas não vedem os seus produtos de fato mas sim a ideia daquele produto.

5 Mídia e Argumentação

A mídia tem um papel de construção de destruição de informações, ela cria verdades e manipula opiniões de toda uma coletividade para caminhos não

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