As Ciencias políticas
Por: Kleber.Oliveira • 25/4/2018 • 7.941 Palavras (32 Páginas) • 242 Visualizações
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Maquiavel oferece uma política que quer transformar a sociedade através de uma configuração melhor e mais rica. Integração de várias religiões, grupos diferentes, prometendo transformar a vida das pessoas para melhor.
Armas: proteger a legalidade.
Poder nem sempre deve ser na legalidade, somente a imagem. As vezes respeitar a lei é não chegar lá. Necessária justificativa para violação da legalidade – razão de estado. Só há bom estado com boas leis (que todos possam participar), quando o direito for desrespeitado podem se usar armas.
Pensamento e ação política em Maquiavel: a política tem leis próprias. Quais são? Como descubro? Qual a fonte?
Passado e presente interagem de forma a construir o futuro. As regras da política são descobertas na investigação do passado.
Melhor ser temido do que ser amado.
Savonarola: profeta desarmado. Conseguia falar como mais nenhum outro e coração dos florentinos, mas confiou que a política podia ser tocada só com isso.
Fortuna: é uma metáfora, um símbolo; as relações humanas, vida, e principalmente na questão da política são marcadas por mudanças, as relações humanas são instáveis. A fortuna sendo uma mulher é instável, pode ser domada desde que o governante tenha qualidades masculinas que a atraia. Determinação. A instabilidade da fortuna não garante que as coisas estão resolvidas, ela coloca enigmas para que o governante resolva. O governante deve entender o cenário, que não muda de acordo com a moral. A fortuna é amoral. Para Maquiavel, ser livre é dominar a fortuna. A maioria está destinada a sofrer as ações da fortuna. Só uma elite pode segui-la. Desafios colocados por certo tempo histórico, contexto.
A política é mais do que o direito, mas ela precisa dele.
Virtú: inteligência e coragem. Qualidades que habilitem o governante a dominar, impor sua vontade, a fortuna.
Bem comum: egoísmo leva ao bem-estar.
Apesar da natureza humana representar algo ruim para a política, Maquiavel sustenta que é possível produzir resultados positivos.
Agir com bases morais não garante bom resultado na política, pois não te torna um jogador. Moral por si só não guia ninguém na política. Regra moral não é universal, deve-se interpretar o contexto. Existe uma razão na política que vai contra a razão da ética. Traz uma lógica diferente para a política, que a complica. Para se conhecer as regras da política deve se estudar as ações do passado; são seculares, produzidas na realidade da ação política.
É a busca pela diferenciação, por querer exaltar seu nome, que vai levar o governante a praticar boas ações no campo político.
Há vícios que são virtudes.
É possível mudar as instituições, pois estas só são validas enquanto são as ‘’melhores’’.
Mobilização social por medo, processo de convencimento público. O intelectual mobiliza o pensamento das elites, assim como diz ‘’O Príncipe’’, traçam-se diversos objetivos, depois deve-se descobrir como realiza-los.
Obstáculos: elites que só pensam em seus próprios interesses, rigidez do pensamento. Maquiavel sabe que se as elites dirigentes não conversarem com a população os projetos não serão alcançados. Maquiavel diz às classes dirigentes através do livro ‘’O Príncipe’’ sobre nação, processo de criação de nacionalidade para superar a fragmentalidade, privatismos no campo da consciência.
Governante tem influência no campo cultural de um povo. Fundamental o processo de formação do cidadão. Conquistar corações e mentes, convencimento cultural. Importante tomar conta da cultura.
Algumas elites vão resistir a nacionalização, pois significa perda do poder, logo, devem-se usar armas, processo bruto. O príncipe é um mito, uma forma de convencimento das elites sobre a nacionalização.
Contratualismo político: teorias do contrato social
- Três autores/ pensadores distintos:
Tem em comum entre si o fato de serem contratualistas da política, pelo fato de usarem a ideia de contrato social para explicar a origem da sociedade, política e estado, natureza do estado e do poder político, ou seja, como a sociedade deve funcionar. Mas isso não significa que tenham a mesma compreensão do contrato, eles divergem, a resposta que oferecem ao que é política e estado é diferente, compreensões diferenciadas do fenômeno político e o estado. Cada um desses autores funda uma corrente de pensamento que continua exercendo influência nos dias de hoje.
Tomas Hobbes, Jean Locke e Jean-Jacques Rousseau.
Rompe com o medievo.
Compreensão que esses autores terão do surgimento da sociedade: a antiguidade clássica e também para o pensamento medieval as sociedades humanas eram compreendidas como se fossem um corpo humano, ou seja, do mesmo jeito que o corpo humano possui órgãos desempenhados em cada função e não tem vida própria, a sociedade seria composta por órgãos, grupos sociais com uma função perante a totalidade. As funções que são preestabelecidas não podem ser alteradas. A sociedade é um processo de desenvolvimento natural, não existe sociedade criada pelo homem, é produto da natureza das coisas. Esta para além da vontade dos homens, desígnio natural. Contratualistas rompem totalmente com essa visão, para eles nos seres humanos não nascemos em sociedade, mas como indivíduos isolados uns dos outros, naturalmente a condição do homem é de surgir não na sociedade. A sociedade é uma criação artificial do homem, foram criadas por intermédio de um contrato, um contrato é um acordo voluntario entre indivíduos, que envolve sempre limitações. Sociedade é resultado de um acordo coletivo, ''eu aceito a partir de agora viver em sociedade, e isso implica que eu não posso fazer tudo que eu quiser, terei que respeitar regras''. Deveriam ser ordenadas de forma a cumprir melhor seus desígnios, aí eles divergem nas opiniões. Vemos em Hobbes e Locke, principalmente, uma mudança radical no proposito da vida social e da vida sob a autoridade de um poder político.
- Visão geral/ Hobbes:
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