A SOCIEDADE CONTRA O ESTADO
Por: Evandro.2016 • 3/12/2018 • 766 Palavras (4 Páginas) • 333 Visualizações
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as terras dos aborígenes, movimentados por um sentido capitalista de produtividade, e ignoram as crenças, os costumes e as raízes dos aborígenes que ali vivem.
Para os ingleses as terras só tinham o valor econômico, pelo minério que se encontrava ali, porém para os aborígenes havia um valor altamente religioso, que fica explicito neste dialogo:
“O senhor é cristão? ” – Pergunta um dos aborígenes;
“Não sei, fui criado como um. ” – Responde o geólogo.
“O que você faria se eu levasse escavadeiras para escavar suas igrejas? ” – É a frase simétrica com a qual o aborígene encerra a conversa. (Descrição da cena do filme Onde Sonham as Formigas Verdes; disponível ao longo do 23º minuto de filme).
Outra parte fundamental é no julgamento, onde os aborígenes apresentam uma peça extremamente sagrada, e histórica para eles, que é vista apenas como um objeto de madeira para o juiz. Percebe-se assim, que o que os aborígenes tentam proteger, é um estado de memória não compreendido pela lógica do capital
Analisando ambas as obras, notamos o etnocentrismo intrinsicamente arraigado na concepção das pessoas, etnocentrismo este de maneira majoritária europeia. Um pensamento evolucionista frente as comunidades indígenas, que são consideradas, “primitivas”, onde as sociedades com estado são evoluídas. Ficam com este pensamento, presas sob dogmas, em uma sociedade já viciada na servidão, o que faz que uma ideia de sociedade como esta seja totalmente inviável.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CLASTRES, Pierre. A Sociedade Contra o Estado. In: A Sociedade Contra o estado. Porto: Edições Afrontamento, 1979. p. 183-211.
HERZOG, Werner. Onde Sonham as Formigas Verdes. [Filme-vídeo]. Produção de Werner Herzog, direção de Werner Herzog. Alemanha, Filmproduktion, 1984. 103 min.
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