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Reflexões sobre danos ambientais rurais e urbanos

Por:   •  26/12/2018  •  3.727 Palavras (15 Páginas)  •  505 Visualizações

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O trabalho apresenta uma abordagem sobre como a degradação ambiental ocorre tanto no cenário rural quanto no urbano e como isso se evidencia dentro da sociedade, avaliando os impactos ambientais gerados pela falta de conhecimento e hábitos ambientais e mostrando que só através da Educação Ambiental pode-se sensibilizar os indivíduos para este dilema; investigando para tal a formação social deste dois agentes e suas interfaces na sociedade.

O presente estudo constitui-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa ou tradicional aliado ao recorte empírico, onde se buscou analisar o homem do campo e o homem da cidade sobre o ponto de consciência ambiental uma vez que é sabido toda a diversidade existente entre outros aspectos tais como: mobilidade, tempo, dinheiro, relações, trabalho,saúde, segurança dentre outros.

Diante de circunstâncias em que o ser humano assola o cenário da natureza, percebe-se que ainda não há uma verdadeira consciência de que o ambiente rural e urbano impactam o meio e devem ser observados e tratados da mesma forma sob o aspecto de degradação e ambos imbuídos de transformar a realidade que os cerca de maneira positiva e sem agredir os recursos naturais.

Há que se buscar meios para se conscientizar todos os segmentos da sociedade de seu papel em todo o contexto ambiental e uma rotulação equivocada vem a encobrir a realidade que gira em torno dos principais impactos ambientais do Planeta.

- A PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL NO ESPAÇO URBANO E RURAL

A poluição é consequência inexorável da existência humana, tendo se agravado com a urbanização e a industrialização da sociedade. A Preocupação com a maior redução do impacto de suas ações deve estar presente no dia-a-dia das indústrias, de modo que a sua sobrevivência e a de seu público-alvo sejam garantidas.

De acordo com Rolim (2003), as questões relativas ao meio ambiente tornaram-se um importante e complexo desafio para a sociedade. Essa preocupação geral advém da verificação que não há condições de sobrevivência no planeta sem os recursos naturais: ar, solo, água e que a conservação ambiental é necessária para a existência do homem na terra.

A conservação do ambiente sustentável é elemento integrante do processo de desenvolvimento sustentável. Tal processo tem na sociedade um alto grau de incerteza relacionada aos atores, dependendo diretamente da comunidade para iniciar e dar continuidade.

Você sabe para onde vai o lixo que você produz? O que você faz para colaborar com o meio ambiente? Você acha que a água é infinita? Você sabia que ao desmatar uma área você está contribuindo para o aumento do aquecimento global? São enes questões que refletem a problemática ambiental de uma sociedade onde o meio ambiente é usado como objeto, no qual se usa determinado recurso de maneira inadequada e não é agregado o cuidado com este recurso no quesito de preservação. Há uma idéia de que os recursos são infinitos, que teremos água sempre, solos férteis, ar puro mas a realidade é que cada minuto estamos perdendo uma grande massa desses recursos e por vezes na poderemos sequer recuperá-los.

O consumismo exacerbado, incentivado pelo capitalismo, somado ao crescimento populacional representam uma ameaça global para o meio ambiente.Nas grandes cidades, podemos identificar que a massa ocupa-se em absorver os produtos gerados pelas fabricas numa rapidez tão quanto o piscar de olhos, devido ao fato do homem urbano está inserido num ciclo de compra vicioso de manufaturados, onde é empregado a obrigação do ter objetos e que esses objetos se tornam obsoletos com o passar do tempo e que há uma necessidade de se comprar mais uma vez. Já o homem do campo, por sua vez, não tendo tanto acesso a mídia, abster um pouco dessa influencia do mercado consumidor de bens, mas em contrapartida é jogado aos agrotóxicos e fertilizantes e químicos ao plantar sua lavoura.

Os valores sociais do camponês são extremamente diferentes se por um lado temos, segundo Woortmann(1990, p. 2) a visão da terra, não como natureza sobre a qual se projeta o trabalho de determinado grupo, mas como patrimônio da família, em cima do qual se faz o exercicio sobre o qual edificará a família enquanto valor. Assim, a terra é percebida como legado, ou algo divino, a terra não é objeto. Já para um individuo urbanizada que não cresceu sob esse contexto tem outra visão sobre o terra: se for um individuo consciente, entenderá que o solo é um bem natural a ser cuidado por todos e que garante a expansão e avanço, caso seja, um individuo sem uma consciência ambiental, verá a terra apenas como objeto para exploração e desenvolvimento não importando para sua conservação.

Para compreender o homem do campo pode-se também entendê-lo como produzido-reproduzido pela lógica do capital ao qual se subordina. (Woortman,1990, p.2), o artigo tenta desmistificar a idéia de que o homem do campo não entende, não sabe, e degrada fortemente o meio ambiente pela sua ignorância, e o cerne da questão está em como o homem do campo virou produto do sistema econômico chamado capitalismo e como a visão do camponês o prejudica no que se refere ao quesito ambiental.

A participação das pessoas na formulação de planos e políticas governamentais, especialmente em nível local, uma vez que os problemas vão de uma escala pontal para o global. É nos espaços em que vivemos que podemos exercitar nosso hábito ambiental: consumir menos água, energia, reciclando o lixo, exercer o direito de cidadão através da fiscalização do cumprimento das leis ambientais, lavrando a consciência da importância de manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Harmonizar o meio ambiente com desenvolvimento quer dizer ponderar os problemas ambientais dentro de um processo de planejamento constante, contemplando ambas as exigências e considerando as suas inter-relações particulares nas varias nuances sociocultural, político, econômico e ecológico, dentro tempo/espaço. Assim, a política ambiental não deve erigir-se em obstáculo ao desenvolvimento, mas sim em instrumentos, ao facultar a gestão racional dos recursos naturais, os quais formam a sua base material (MILARÉ, 2007).

Os grandes problemas ambientais iniciaram-se com a Revolução Industrial, pode se perceber desde então o uso em larga escala de todos os recursos naturais e conseqüentemente de elevados impactos nos recursos naturais. O modo industrial introduziu um elemento novo, o processo de desnaturalização do espaço terrestre. Compondo um cenário de concentração de capitais, força de trabalho, técnicas, máquinas

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