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O FOMENTO OFICIAL E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO

Por:   •  25/6/2018  •  1.163 Palavras (5 Páginas)  •  311 Visualizações

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Mendonca sobre o tema discorre:

O fomento público é, desde o início, o resultado de uma ponderação, em sentido bastante lato, entre os impulsos interventivos e planejadores do Estado e a proteção ao espaço privado de atuação empreendedora (MENDONCA, 2009, pag. 115).

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Pozas, também descreveu bem a questão:

Ação de fomento é um caminho do meio entre a inibição e o intervencionismo do Estado, que pretende conciliar a liberdade com o bem comum mediante a influência indireta sobre a vontade do individuo, para que este queira o que convém a satisfação da necessidade publica de que se trate. (POZAS, pag.46).

Assim, no plano ideal, cada órgão de fomento deve, dentro de seu escopo de atuação, colaborar com o desenvolvimento econômico, apoiando investimentos com viabilidade de ampliação da capacidade produtiva nacional, para os quais o setor privado não apresente interesse. Deste modo, é objeto do presente estudo avaliar se os agentes oficiais de fomento efetivamente cumprem tal papel, refletindo o impacto de sua atuação nos índices de investimento, exportação e emprego alcançados, ou apenas concorrem com os bancos comerciais de crédito (ainda que públicos), promovendo distorções no mercado financeiro em decorrência de desajustes intervencionistas.

METODOLOGIA

Os esforços acadêmicos envolvem metodologias que delimitam os caminhos do pesquisador para responder seus objetivos, permitindo ao mesmo maior liberdade de adaptação dos métodos empregados.

A abordagem teórica qualitativa propõe o ambiente como fonte de dados e o pesquisador como instrumento de pesquisa, estabelecendo a proximidade do mesmo com a situação avaliada. A análise dos fenômenos deve respeitar o contexto e os dados coletados são predominantemente descritivos.

Com relação à abordagem qualitativa, Richardson, expõe que:

Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais. (RICHARDSON, 1999, pág.70)

O material obtido pode incluir transcrições de entrevistas e extratos de documentos usados para fundamentar pontos de vista, o sentido dado pelas pessoas às coisas também são objeto de avaliação do pesquisador.

Segundo Minayo:

A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado, ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. (MINAYO, 2001, pág.150)

O processo indutivo norteia a análise de dados, não havendo preocupação com evidências que possam legitimar hipóteses preliminares, mas formá-las no decurso do processo, que, ainda assim, deve respeitar referencial teórico orientador da coleta e a análise dos dados.

O desenvolvimento deste estudo envolverá as fases exploratória, interpretativa dos dados e elaboração do relatório. Adotar-se á o método qualitativo com apoio no método quantitativo, ou melhor, caracterizar-se-á como uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, com embasamento documental de dados quantitativos.

O caráter híbrido restará estabelecido no universo de significações e valores conferidos ao conjunto de dados considerados qualitativos, seguindo a perspectiva de Minayo (2001, p.156), para o qual tanto a intencionalidade inerente aos atos das pessoas, quanto às reações, estão incorporados na pesquisa qualitativa, cujo tipo explica os meandros das relações consideradas essência e resultado da atividade humana. Também serão observadas as considerações dos seguintes autores: Bogdan & Bilken, Denzin & Lincoln, Lakatos & Marconi e Ludke & André.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto, Porto Editora, 1994.

DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. - Handbook of qualitative research. London, Sage Publication, 1994.

KEYNES, J. M. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Nova Cultural, 1985.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. - Fundamentos de metodologia científica. 4.ed., São Paulo, Atlas, 2001.

LUDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. - Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo, E.P.U., 1986.

MENDONCA, J. V. S. Teoria do Fomento Publico. Rio de Janeiro: Renovar, 3ed., 2009.

MINAYO, M. C. S. Pesquisa Social: teoria e método. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

POZAS, L. J. Ensayo De Una Teoria General del Fomento. Madri: Instituto de Estudios de Administration Local, 1961.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Nova Cultural, 1997.

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