Influencia da Taxa de Juros no Mercado Imobiliario
Por: SonSolimar • 14/4/2018 • 1.274 Palavras (6 Páginas) • 438 Visualizações
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JUSTIFICATIVA
Setor do mercado imobiliário no Brasil, não sofreu as mesmas consequências como setores de outros países, devidos a determinadas regulamentações e burocracia da nossa economia. Isso também contribui para deixar o setor mais atrativo para os investidores, sendo uma possibilidade de ser o ponto de partida para a recuperação da economia nacional.
A taxa de juros básica da economia brasileira é a SELIC, fixada pelo COPOM (Comitê de Política Monetária). As siglas significam Sistema Especial de liquidação e Custódia, criado em 1979 pelo Banco Central e pela Anbima (associação brasileira das entidades dos mercados financeiros e de capitais) para tornar mais transparente e segura a negociação de títulos públicos. Permite a atualização diária das posições das instituições financeiras, assegurando um maior controle sobre as reservas bancárias. É considerada a taxa básica porque é usada em operações entre bancos, e por isso tem influência em todo o pais.
É o instrumento de política monetária utilizado pelo banco central (BC) para manter a inflação sob controle ou estimular a economia. Se os juros caem, a demanda pelo crédito aumenta, juntamente os investimentos e o consumo. Esse aumento de demanda pressiona os preços caírem, caso a oferta de bens/serviços não acompanha esse aumento da demanda.
Em outra situação, o aumento da taxa de juros básica, onde o consumo e os investimentos, ficam mais caros, a economia se desacelera e evita-se que os preços subam, aumentando assim a inflação. Com esse aumento, incrementa a atratividade do mercado financeiro em dívidas públicas (títulos públicos). O que diminui a circulação de dinheiro no mercado de crédito, diminuindo e encarecendo ainda mais os investimentos. E por isso, hoje no Brasil empresários e investidores demandam cortes na taxa de juros, já que são necessário para fazer com que os recursos da renda fixa volte para o mercado de crédito.
O Brasil tem apresentado uma redução significativa da SELIC desde os governos FHC e Lula. Com um aumento de recursos de financiamento de imóveis, resultando em um incremento do mercado imobiliário brasileiro, tornando-se muito atrativo para os investidores. Porém, desde a crise política brasileira em 2014, acabou contagiando na economia. O Banco Central decidiu aumentar a SELIC (sete vezes seguidas) desde 2014, chegando ao patamar dos 14,25%. Um dos principais motivos é devido à forte interferência na economia, principalmente no controle inflacionário e na renda fixa, onde são financiando a dívidas públicas e obtenção de recursos para investimentos públicos, ainda que resultaria em menos investimentos privados (passa os recursos em adquirir títulos de renda fixa) e consumo privado.
O SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) foi um dos motores do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que inclui, empréstimos com recursos do FGTS e outros programas sociais. Nos últimos 10 anos, mais de 75% do financiamentos imobiliários tiveram recursos provenientes da caderneta de poupança. De 2004 a 2014, foram destinados 540 bilhões para o setor de construção civil. Entretanto, com o aumento gradual da taxa SELIC nos últimos 2 anos, a poupança vem perdendo espaço frente a outros fundos de investimentos. Isso ocorre porque o rendimento dos investimentos de renda fixa cresce com a SELIC. Já os rendimentos da cadernetas da poupança, quando a taxa SELIC estiver acima de 8,5%, está limitado a 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR). O resultado é uma grande saída de recursos da caderneta, em consequência a fragilidade da SBPE (a saída de recursos forçou a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL a reduzir o limite de financiamentos com recursos da poupança para a compra de imóveis, de 80 % para 50%).
O nível de taxa de juros básica tem forte influência na demanda de bens duráveis de consumo. No Brasil, com uma taxa SELIC de 14,25%, acaba diminuindo a atratividade do mercado imobiliário brasileiro, menos investimentos no setor, o que significa menor números de construções, que poderia resultar em uma crise econômica, sendo um dos principais setores de nossa economia.
A influência SELIC e outras taxa de juros na disponibilidade afeta a renda familiar, que pode acabar rebatendo nas vendas de imóveis, principalmente quando somada a um ambiente econômico e político com tendências preocupantes, por esse motivo, analistas e consultores do mercado, recomenda a as empresas não realizarem empréstimos a curto prazo, tentar diminuir as margens de erros e sempre estar atento as situações política-econômica. Ainda que o setor imobiliário, esteja cada vez mais, realizando transações financeiras particulares, a renda familiar é um importante fator a se levar em conta, nas transações financeiras.
METODOLOGIA
Esse estudo é considerado uma pesquisa qualitativa e teórica, onde se aprofunda na parte teórica, sem apresentação de muitos dados numéricos, tentado explicar de com teórica econômica, sua aplicação e seu efeito.
REFERENCIAL TEÓRICO
http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/146/aumento-da-selic-nao-influencia-o-credito-imobiliario-mas-pode-295962-1.aspx
http://www.resimob.com.br/taxa-selic-vai-a-1425-veja-os-impactos-no-mercado-imobiliario/
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