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Evolução do pensamento economico

Por:   •  8/1/2018  •  1.933 Palavras (8 Páginas)  •  263 Visualizações

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IDADE MÉDIA

Com a Idade Média, portanto, abriu-se uma nova era para a humanidade. Uma nova concepção de vida, o cristianismo, nasceu com a queda de Roma. Seus ensinamentos, a partir da sua legalização por um decreto do ano 311, por parte do Imperador Constantino, passaram a ser disseminados por toda a Europa, crescendo em vigor e em influência Segundo Gastaldi (1999), as igrejas e os mosteiros tornaram-se poderosos nessa época. A Igreja tornou-se o agente de perpetuação da cultura, de disseminação do saber e de desenvolvimento da administração pública. Diferente do pensamento capitalista, o pensamento cristão condenava a acumulação de capital (riqueza) e a exploração do homem pelo homem. A opção da Igreja, então, foi pelo retorno à atividade rural, ao contrário de Roma. Na verdade, a Igreja, através de seus conventos e mosteiros, tornou-se grande proprietária de grandes áreas de terra. A terra transformou-se na riqueza por excelência. Nascia, assim, o regime feudal, caracterizado por propriedades nas quais os senhores e os trabalhadores viviam indiretamente do produto da terra ou do solo. Eram médias ou grandes propriedades rurais, autossuficientes econômica e politicamente, obedientes à autoridade do senhor ou proprietário, e nas quais os servos exerciam suas atividades agrícolas ou artesanais. O rei, embora dirigisse o Estado, não possuía influência ou poder de decisão nos feudos, onde a autoridade máxima era a do senhor da gleba (os exploradores) e onde labutavam os servos (os explorados).

MERCANTILISMO

O mercantilismo ou capitalismo comercial vigorou no século XV até meados do século XVIII, e tinha como principal característica uma forte intervenção estatal na economia. Serviu como uma fase de transição entre o pensamento feudal para o pensamento capitalista. O mercantilismo recebeu seu nome da palavra latina mercator (mercador), porquanto considerava o comércio como a base fundamental para o aumento das riquezas. A prática mercantilista predominou até o início do século XVII, quando ocorreu uma reação contra os excessos do absolutismo e das regulamentações. Vários foram os tipos de mercantilismo adotados mas todos, basicamente, tinham como princípios o acúmulo de metais preciosos, balança comercial favorável, protecionismo, e como dito, uma grande intervenção do Estado (absolutista), que agia, por exemplo, controlando preços, fixando tarifas alfandegárias e controlando a quantidade de mercadoria.

LIBERALISMO

O liberalismo foi o pensamento que se contrapôs ao intervencionismo estatal do mercantilismo. Defendia a livre iniciativa dos particulares na economia, pontificando que a economia não deveria sofrer ingerências do Estado, pois deveria ser regido pelas próprias “leis” do mercado. O liberalismo foi, em verdade, um modelo econômico concebido à luz de ideias iluministas, criando um plano propício ao desenvolvimento do capitalismo e da burguesia que se viam amarradas ao poder decisório de uma monarquia absolutista e da estagnação de um sistema econômico mercantilista. A burguesia utilizou os ideais iluministas: igualdade, liberdade e fraternidade, aliou-se aos camponeses e rebelou-se contra a nobreza (revolução francesa) dando origem ao Estado Moderno, com um poder político descentralizado, sem intervenção, dando plena liberdade para a atuação dos burgueses na exploração da atividade econômica.

FISIOCRATAS

Podemos conceituar fisiocratas como um grupo de economistas franceses do século XVIII que combateu as ideias mercantilistas e formulou, pela primeira vez, uma Teoria do Liberalismo Econômico. Dentre as suas características, destacam-se: nada de livre comércio, o Estado era o monopólio (toda atividade econômica era controlada por ele) e o comércio era a atividade dominante, ou seja, o reino era do comércio. Para os fisiocratas, a classe dos lavradores era a classe produtiva, porque o trabalho agrícola era o único que produzia um excedente, isto é, produzia além das suas necessidades. Este excedente era comercializado, o que garantia um rendimento para toda a sociedade. Pelo contrário, na indústria, o valor produzido era gasto pelos operários e industriais, não criando portanto, um excedente e consequentemente não garantia rendimentos. O Estado limitava-se a garantir a propriedade e a liberdade econômica, não devendo intervir no mercado.

ESCOLA CLÁSSICA

A base do pensamento da Escola Clássica é o liberalismo econômico defendido pelos fisiocratas, cujo principal membro foi Adam Smith, o qual não acreditava na forma mercantilista de desenvolvimento econômico, mas sim na concorrência que impulsiona o mercado e consequentemente faz girar a economia. A teoria clássica surgiu do estudo de como conseguir manter a ordem econômica, através do liberalismo e da interpretação das inovações tecnológicas provenientes da Revolução Industrial. Todo o contexto da Escola Clássica foi influenciado pela Revolução Industrial, caracterizando-se pela procura do equilíbrio do mercado, pelo ajuste de preços, pela não intervenção do estado na atividade econômica, predominando a atuação da "ordem natural" e pela satisfação das necessidades humanas através da divisão do trabalho, que por sua vez pressupõe a força de trabalho em várias linhas de emprego. De acordo com o pensamento de Adam Smith, a economia não se deveria limitar aos metais preciosos e ao enriquecimento da nação, pois, segundo o mercantilismo, desta nação fazia parte apenas a nobreza, sendo que, a restante população estaria excluída dos benefícios provenientes das atividades econômicas. A preocupação fundamental era a de elevar o nível de vida de todo o povo.

PENSAMENTO MARXISTA

A principal reação política e ideológica ao classicismo foi feita pelos socialistas, mais precisamente por Karl Marx e Frederic Engels. Estes criticavam a

"ordem natural" e a "harmonia de interesses", pois existia concentração de riqueza e

exploração do trabalho Marx assegurava que erraram ao afirmar que a estabilidade e o crescimento econômico seria efeito da ordem natural e explica que "as forças que criaram essa ordem procuram estabilizá-la, ocultando o crescimento de novas forças que ameaçam destrui-la, até que se afirmem e realizem as suas aspirações". Ao afirmar que "o valor da força de trabalho é determinado, como no caso de qualquer outra mercadoria, pelo tempo de trabalho da produção, e consequentemente

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