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Evolução do Pensamento Econômico

Por:   •  20/1/2018  •  2.529 Palavras (11 Páginas)  •  303 Visualizações

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Os fisiocratas acreditavam que o Universo era regido por leis naturais, onde a única fonte de riqueza era a terra, assim a regulamentação governamental seria desnecessária porque a lei da natureza era suprema. A economia girava em torno da lavoura, pesca e a mineração (ARAÚJO, 1980).

2.4 OS CLÁSSICOS

Adam Smith foi um dos principais representantes da escola clássica, acreditava na “mão invisível” que orienta todas as decisões da economia e que o papel do governo deveria ser somente social, como saúde e segurança. Segundo a lei do mercado de Adam Smith, o ser humano é levado a agir pelo desejo de recompensa, são impulsos, pela busca dos próprios interesses, causando a harmonia social provocada nos confrontos pessoais no mercado.

O papel do Estado deveria intervir na economia e não nas leis do mercado, seria função do Estado proteger a sociedade, estabelecer a justiça, manter obras e instituições, sem fins lucrativos, necessárias à sociedade, controlar e emitir papel – moeda e controlar taxas de juros. Ele acreditava apesar das péssimas condições de trabalho dos operários responsáveis pelo aumento da produtividade, provocado pela divisão do trabalho e acumulo de capital, que quanto mais se enriquecia melhor ficaria para todos.

David Ricardo foi o maior economista clássico, formalizando conceitos econômicos e dominando a Inglaterra, para ele o valor é dado pelo seu custo em trabalho, a oferta e procura explicam as oscilações dos preços em uma determinada condição, mas descobriu que haviam algumas exceções, não invalidando a lei geral, como o preço de obras de artes, obra limitada, então, o custo em trabalho explica o valor quando a indústria humana produz de maneira praticamente ilimitada.

David Ricardo dizia ter três classes sociais, existiam os latifundiários quem não cultivavam a terra, os capitalistas que arrendavam as terras dos latifundiários que contratavam os operários, surgindo assim a teoria das repartições, ele confirmou que o lucro era o responsável pelo crescimento econômico. Para começar um negócio, era necessário o lucro e o salário, pagando o salário o que sobrava era lucro, a economia girava em torno do valor do trigo, então se o trigo subisse, o valor do salário subia também, diminuindo o lucro, então começaram a importar os cereais, favorecendo o livre comercio entre os países. Surgiu assim a Teoria das vantagens comparativas, cada nação especialista em alguma produção, a que ficaria mais barata, o excedente da produção seria trocada entre si, com as trocas, importações e salários surgiram o capitalismo.

Thomas Malthus também contribuiu para a evolução da economia, acreditava que as guerras eram mecanismos naturais para impedir o crescimento excessivo da população e que a causa de todos os males vinham da fertilidade humana, mas as hipóteses dele não levaram em consideração a tecnologia na agricultura e controle da natalidade. Malthus estimulou a produção interna e a independência das importações.

Karl Marx foi um estudioso da economia e sociologia, para ele mercadoria não era um produto ou bem, mas sim o produto que se destina à troca no mercado, assim quando se produz para seu consumo próprio não se produz mercadorias, no capitalismo tudo se torna mercadoria, inclusive a força de trabalho . Na Teoria do valor de Marx, o valor de uma mercadoria é igual ao tempo para produzi-la, levando em consideração as necessidades sociais para a produção, o preço da matéria prima, depreciação do maquinário, energia, insumos e outros. Para ele o preço de mercado depende da oferta, a oferta e a procura fazem o preço oscilar no mercado.

Este pensador fez uma distinção entre trabalho e força de trabalho, o trabalhador é contratado para trabalhar oito horas, mas recebe o valor de quatro horas e as outras quatro, que seria a excedente, vai para o capitalista, denominado mais – valia, surgindo assim a mais - valia absoluta e mais – valia relativa, a absoluta seria o aumento da jornada de trabalho e a relativa é a diminuição do tempo de produção, sendo necessária a inovação tecnológica para aumentar a produtividade.

Marx divide o capital em capital constante e capital variável, o capital destinado ao prédio, máquinas, matérias-primas, por exemplo, é denominado capital constante, porque apenas transfere parte de seu valor para o produto final, a parte investida em salários é classificada em capital variável. Na economia moderna a circulação e os registros contábeis são divididos em capital fixo e capital circulante.

2.5 NEOCLÁSSICOS

De acordo com Araújo (1995), o período neoclássico teve inicio em 1870, quando o pensamento econômico passava por um período crítico e incerto que só teve fim com o surgimento da Escola Neoclássica, quando se modificaram os métodos dos estudos econômicos , buscando racionalizar e otimizar os recursos escassos. Nesse período o objetivo era encontrar o equilíbrio entre gastos e receitas consolidando o pensamento liberal, tornando o sistema econômico competitivo, gerando pleno do emprego dos fatores de produção.

O grande destaque do neoclassicismo foi Alfred Marshall, um dos maiores pensadores da ciência econômica, marcado pelo contexto de sua época, pós revolução industrial, presenciou de perto os impactos positivos e negativos do sistema capitalista de produção. Realizou a chamada primeira síntese neoclássica, tentando conciliar o pensamento clássico e marginalista, dando nascimento ao termo neoclássico (Marshall, 1982).

Os marginalistas passam a estudar as relações entre as pessoas e a produção material e, portanto, entre as pessoas e coisas e não mais entre pessoas e pessoas através de coisas.

2.6 A TEORIA KEYNESIANA

No momento em que, de acordo com Araújo (1995), a doutrina clássica não se mostrava suficiente diante de novos fatos econômicos, devido as longas e rígidas jornadas de trabalho, que levaram a superprodução e recessão do mercado, surgiu o pensamento Keynesiano, idealizado por John Maynard Keynes, trouxe oposição ao pensamento marxista, pois Keynes acreditava que o capitalismo poderia ser mantido, desde que fossem feitas reformas significativas, pois havia falhas quanto a manutenção do pleno emprego e da estabilidade econômica.

Para ele o Estado era imprescindível para o equilíbrio da economia, pois ela não se regula sozinha. Por outro lado, afirmava que o Estado deveria apenas desenvolver politicas econômicas que incentivassem o aumento dos meios de produção e a boa remuneração de

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