Consumo na Classe C
Por: Hugo.bassi • 3/4/2018 • 1.932 Palavras (8 Páginas) • 266 Visualizações
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Um espírito de investimento em ascensão e consumo que interfere na redução da taxa de fecundidade, em queda vertiginosa no nosso país. A média de filhos por mulher chegou a 1,8. Também, assim como nos EUA, os membros da nova classe média tendem a casar mais tarde.
Além de todos estes fenômenos de comportamento, temos toda possibilidade de aquecimento do mercado imobiliário, da linha branca de consumo durável, de aumento da esperança de vida em nosso país. E uma evidente queda de prestígio de qualquer trabalho manual, embora com valorização mediana dos estudos, o que pode gerar uma contradição em relação às expectativas futuras da nova classe média.
Não foi o Bolsa Família o principal responsável pela recente mobilidade social positiva e sim o aumento do salário mínimo. Mas, não há dúvidas, que tal ascensão em breve espaço de tempo alimenta tal risco de geração de uma espécie de neopopulismo, em bases muito distintas dos anos 50 e 60. Porque o populismo daquele período ocorreu a partir da emergência das classes urbanas, das multidões urbanas. Mas agora, temos a emergência de uma classe média ávida pelo consumo mais qualificado e, neste sentido, poderíamos ter em nossos representantes governamentais a objetivação da garantia deste novo consumo, da esperança, da segurança e da mobilidade social.
- DEFINIÇÃO PERCENTUAL DA CLASSE MÉDIA
Atualmente há mais de 42 milhões de brasileiros ascenderam à nova classe média na última década na qual metade dos cartões de crédito pertence à nova classe média, sendo sua renda anual, dos integrantes dessa classe, de R$ 328 bilhões.
Em média, 68% dos jovens da nova classe média estudaram mais que seus pais; 41% da renda da nova classe média vem do trabalho da mulher, contra apenas 25% da Elite, representando cerca de 48% da renda nacional. De cada R$100,00 que uma família da classe A gasta, R$25,00 vêm do trabalho da mulher; na classe C, esse número sobe para R$41,00.
Dentre os vigentes, 6 a cada 10 pessoas que acessam a internet são da nova classe média e possuem rede WiFi em sua residência.
A região sul é a que apresenta maior concentração da nova classe média, com 64% da população e o Nordeste lidera no crescimento da nova classe média, onde a cada 10 pessoas que melhoraram de vida, 3 são dessa região. As cidades do interior crescem mais que as regiões metropolitanas dos Estados.
A nova classe média gasta mais com serviços do que consumo. Em 2002, de cada R$100,00, R$49,50 eram gastos em serviços, atualmente já passa dos R$65,00. As classes A e B compram mais produtos de baixo preço do que as classes C e D, uma vez que, na hora de consumir, eles apelam para qualidade e o retorno do produto. E também o impacto gerado pela classe C no setor aeroportuário é maior que qualquer Copa do Mundo, sendo que 62% da nova classe C prefere comprar produtos brasileiros, contra 25% da elite.
- PERFIS DE CONSUMO
Primeiro, há 14,7 milhões, 19% do total, chamados de promissores, que são jovens com média de idade de 22,2 anos, mais propensos a gastar em beleza, veículos, educação, entretenimento, itens para casa e tecnologia, e que gastaram R$ 230,8 bilhões por ano. Segundo, há os batalhadores, cerca de 39% do total, que compreende 30,3 milhões de pessoas, com idade média de 40,4 anos, que procuram a casa própria, o carro e o estudo dos filhos e gastaram R$ 388,9 bilhões por ano. Em terceiro vêm os experientes, com 20,5 milhões de pessoas com idade média de 65,8 anos, 41% são viúvos, que querem continuar no mercado de trabalho para não perder renda e gastaram R$ 274 bilhões. E há os empreendedores, que são 16% do total ou 11,6 milhões de pessoas que se destacam pela maior renda individual, idade média de 43 anos, com gastos de R$ 276 bilhões por ano, mais do que as categorias de promissores e experientes e que mais investiram em educação, eletroeletrônicos, turismo internacional, tecnologia, veículos e entretenimento. Os dados são destinados a ajudar as áreas de vendas das empresas, mas, além disso, mostra que a classe C brasileira, isoladamente, seria o 18º maior mercado de consumo do mundo.
- ECONOMIA
Os 108 milhões de participantes da nova classe média brasileira - com renda entre R$ 320 e R$ 1.190 mensais por pessoa - gastaram R$ 1,17 trilhão no ano passado e, deles, 58% tomaram crédito, segundo pesquisa da Serasa Experian e da consultoria Data Popular.
O levantamento reflete o vigor do mercado interno. O varejo, mesmo com tendência de queda, cresceu 4,3% em 2013 e crescerá 5% neste ano, calculou a Confederação Nacional do Comércio (CNC). A questão é evitar dívidas em excesso destinadas ao consumo. Além disso, um dos grandes obstáculos ao crescimento não é a falta de consumo, mas de investimento.
Na pesquisa, que ouviu 4 mil pessoas e foi denominada Faces da Classe Média, os consumidores foram separados em quatro perfis. Primeiro, há 14,7 milhões (19% do total) de promissores: jovens com média de idade de 22,2 anos, mais propensos a gastar em beleza, veículos, educação, entretenimento, itens para casa e tecnologia, que gastaram R$ 230,8 bilhões em 2013. Segundo, há os batalhadores (39%): 30,3 milhões com idade média de 40,4 anos, que procuram a casa própria, o carro e o estudo dos filhos e gastaram R$ 388,9 bilhões em 2013. Em terceiro vêm os experientes: 20,5 milhões de pessoas com idade média de 65,8 anos (41% são viúvos), que querem continuar no mercado de trabalho para não perder renda e gastaram R$ 274 bilhões.
E há os empreendedores: 16% do total ou 11,6 milhões de pessoas que se destacam pela maior renda individual, idade média de 43 anos, com gastos de R$ 276 bilhões em 2013 (mais do que as categorias de promissores e experientes) e que mais investiram em educação, eletroeletrônicos, turismo internacional, tecnologia, veículos e entretenimento.
A pesquisa se destina a ajudar as áreas de vendas das empresas, mas, além disso, mostra que a classe C brasileira, isoladamente, seria o 18.º maior mercado de consumo do mundo. Neste ano, deverá adquirir 8,5 milhões de viagens nacionais e 3,2 milhões de internacionais; 7,8 milhões de móveis para casa e igual número de notebooks; 6,7 milhões de TVs, 4,8 milhões de geladeiras e 4,5 milhões de tablets, além de 3,9 milhões de smartphones e máquinas de lavar; 3 milhões de carros e 2,5 milhões de imóveis.
A força da demanda pode favorecer reajustes de preços em mercados com pouca oferta. O equilíbrio entre demanda e consumo
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