ANÁLISE DOS CAPÍTULOS I, II E III DO LIVRO “A RIQUEZA DAS NAÇÕES - ADAM SMITH”
Por: SonSolimar • 3/12/2017 • 1.228 Palavras (5 Páginas) • 620 Visualizações
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A partir da negociação ou permuta se gera a divisão do trabalho, dessa forma cada pessoa se especializa em uma ocupação e se aperfeiçoa e troca por outra que lhe é necessária.
A diferença entre os talentos naturais de cada ser humano é menor do que imaginamos, essa diferença é gerada através da habilidade, logo após algum tempo na ocupação as diferenças começam a ser gradualmente mais distantes até em um determinado momento ser nitidamente notável. O ser humano tem por característica diferenças individuais e peculiares a cada ser, e essas habilidades podem ser de utilidade e benefícios de uns aos outros intensificando cada vez mais o intercâmbio de interesses e necessidades.
Capítulo III
A divisão do trabalho limitada pela extensão do Mercado
A divisão do trabalho é limitada pelo poder de troca, ou, em outros termos, pela extensão do mercado.
Existem determinados tipos de trabalho que somente uma cidade grande pode comportar. Um digitador, por exemplo, não consegue encontrar emprego em lugares afastados. A especialização em uma determinada função prepara o profissional para um determinado serviço e contribui para a produtividade como um todo, porém, restringe a área de atuação daquele profissional.
Este processo fica mais evidente quando falamos do setor primário. Um trabalhador do campo quase sempre se encontra em uma situação onde lhe é exigido habilidades para fazer todo o tipo de coisas com o mesmo material, por exemplo, um carpinteiro deve exercer atividade de carpintaria, marcenaria, entalhador de madeira, construtor de carroças, fabricante de arados e todo o tipo de atividade que faça uso de sua matéria-prima base.
Além da inviabilidade empregatícia, a divisão do trabalho em determinados locais simplesmente não é necessária, exemplo, um trabalhador, produzindo 1000 pregos por dia, e com 300 dias de trabalho no ano, produzirá 300 mil pregos por ano. Acontece que, em uma região afastada seria impossível vender 1000 pregos, ou seja, a produção de apenas um dia de trabalho.
O transporte fluvial abre traz novas oportunidades de trabalho e aperfeiçoamento das profissões, que só se estendem ao interior do país depois de muito tempo. Considerando o mesmo tempo de percurso, o transporte hidroviário é muito mais eficiente do que o terrestre. Enquanto em um transporte terrestre são necessários uma carroça, dois homens e oito cavalos para transportar quatro toneladas, em um barco ou navio, tripulados por seis ou oito homens pode transportar duzentas toneladas.
Com esta grande vantagem do transporte fluvial/marítimo, o interior do país pode durante muito tempo não ter nenhum outro mercado para a maior parte de suas mercadorias a não ser a região circunjacente, que o separa da costa marítima e dos grandes rios navegáveis, consequentemente, a extensão de seu mercado deverá durante muito tempo ser proporcional à riqueza e à reduzida densidade demográfica daquela região.
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Conclusão
A partir da leitura dos capítulos propostos, concluímos que o próprio desenvolvimento da sociedade e do mercado definem a que níveis a divisão do trabalho pode ser aplicada.
Como vimos, nem sempre é conveniente e vantajoso à divisão do trabalho, como exemplificou Adam Smith no exemplo da fábrica de alfinetes onde seria mais produtivo cada trabalhador se especializar em uma função e assim poderia aumentar notavelmente a sua produção diária, mas em contrapartida essa fabrica em uma cidade remota e interiorana não haveria necessidade de se produzir tanto, pois não haveria mercado consumidor suficiente para suprir essa oferta.
Referências Bibliográficas
Capítulos I, II e III do livro “A Riqueza Das Nações” de Adam Smith
Aulas ministradas em sala pelo Professor Guilherme
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