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As influências dos principais Movimentos Heréticos dos séculos II, III E IV na Igreja Cristã.

Por:   •  18/10/2018  •  5.744 Palavras (23 Páginas)  •  524 Visualizações

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A igreja cristã em geral tem a tendência de cair nos erros passados quando tenta decifrar ou mesmo criar respostas a coisas e mistérios insondáveis, cousas que a Deus pertence ou fazem parte de um contexto imenso onde o homem não pode esquadrinhar os desejos de seu Senhor a buscar repostas a tudo que possa haver.

Na vontade de conhecer melhor, ter mais intimidade, praticar e servir, assim mesmo, este pode ser uma presa àquelas doutrinas que visam o fortalecimento do próprio homem e não a sua situação de servo como seu mestre fora. A partir dessa visão diabólica, algo que possa trazer ao povo um alento e apoio será sempre bem-vindo, portanto, curas, milagres, unções, promessas, visões sempre foram as preferidas aos que tenderiam à alguma nova doutrina, levando a si a atenção, preservando o futuro da seita e o sustento de sua criação.

HIPÓTESES

As influencias foram sempre aumentando gradativamente ou houve momentos pontuais?

Desde o início do Império Romano aonde os vindos do domínio grego e de seu pensamento aberto à expressão do íntimo e a mente elevada aos infinitos deuses com seus gostos e vontades, torna o homem um escravo destes com a promessa de juntarem-se a eles e alcançarem o bem.

VARIÁVEIS

- Constatar se alguma cultura ou influencia histórica também possa ter também atuado além das heresias citadas:

É fácil identificar que com constantes domínios de impérios rigorosos façam o povo ter muito cuidado no que pensam ou possam fazer. Sabendo disso qualquer “sábio profeta”, que dê algum alívio a este, ganha um discípulo que o atenderá e o ouvirá.

Quando a luta é mais aguerrida e vem o frescor do alívio, o homem tende a relaxar e soltar a espada, beber no lago do descuido (Jz 7:5,6).

O mesmo governo que reprime e persegue, mata, condena, torna-se amigável e aceita como oficial a seita que perde seu líder para os mesmos três séculos antes. Devido a muito interesse pagão e nada de conceito puro, condena o cristianismo a ser mais um entre outros colegiados de poderes e interesses.

- Entender ou relativizar se os motivos eram puramente religiosos:

Já que não se pratica mais a pureza e simplicidade ensinada por Jesus e sim uma encaixotada mistura de compra e venda de cargos eclesiásticos, trazendo ao clero: assassinos, fraudadores, não cristãos, etc. Toda sorte de papas cardeais e bispos houve, mais preocupados com a igreja física do que com a Igreja invisível.

No período seguinte (Idade das Trevas, 476 d.C. a 1453 d.C.) com o renascentismo, a criação da bússola para a navegação e as viagens marítimas, troca-se o feudalismo escravagista pelo não menos, capitalismo. Os interesses agora são maiores e um grande grupo iniciado temerosamente, mas encabeçado pelo frei Martinho Lutero e alavancado pelos príncipes europeus sedentos em livrarem-se dos impostos romanos, reviram e realizam uma profunda cisão de protesto quanto aos desmandos, ao poder, às riquezas e a venda de salvação.

Pouco tempo, e nova disputa de valores entre os próprios reformados sobre o que deixar e o que aproveitar do antigo regime catolicista. As dissidências são menores, mas ainda há discórdias entre seguidores de Lutero, Calvino, Melanchton e Zwinglio.

Enquanto isso, na tentativa de retomar o que havia perdido, o Clero apela para o místico, alterando o texto bíblico, onde esses acréscimos cuidadosamente pontuais permeiam aquilo que justificaria várias dessas doutrinas. O restante faz-se como no passado, onde pensadores, profetas e doutores da lei punham-se a “entender” aquilo que Deus queria ao homem, e emancipam o que vemos ainda hoje, pronto a ser “arrumado”.

INTRODUÇÃO

Ao observar as grandes heresias na história da igreja desde o seu princípio, a tentativa de classificar esses movimentos como sendo de décadas posteriores seria impossível. O âmago dos desvios já caminhava desde o princípio no interior do coração do homem contaminado. Entre os ainda constantes e puros, mesmo que com dúvidas e controvérsias teológicas existentes, que haveriam de perpetrar-se até hoje, mas não com o intuito daqueles de ir contra a base cristã.

No tempo do apóstolo Paulo as discordâncias giravam em torno dos judeus e gentios “depois, apareceu à ameaça do gnosticismo e de outras doutrinas semelhantes; no século III, quando Cipriano era bispo de Cartago, foi debatida a questão da readmissão dos que tinham caído”. (GONZÁLEZ, 2011, p. 164)

Embora, os movimentos heréticos sejam um desgosto no seio da igreja não se pode deixar de olhar que os mesmos trouxeram de interessante para o cristianismo. Devido a tais movimentos a teologia da igreja pôde se desenvolver ao longo da história criando assim uma consistência tempos após tempos. As controvérsias são tidas como de muita importância, estudadas e pesquisadas incansavelmente.

Os hereges trouxeram debates calorosos para a igreja, todavia dois fatores elementares limitavam o rumor das contendas:

1- O primeiro era relacionado à fé, diz González (2011, p.164) “a única maneira de vencer o debate era à força do argumento ou da fé [...]”.

2- O segundo fator que limitava o alcance das controvérsias era que os que estavam envolvidos nelas sempre tinham outras ocupações, além de debater o problema.

Os primeiros teólogos do cristianismo conhecidos como os pais apostólicos, escreveram para exortar, encorajar e instruir as igrejas cristãs no período sobre a atuação e a morte dos apóstolos, as cartas eram breves “e abordavam problemas específicos. Alguns como Inácio de Antioquia, começaram a refletir sobre o significado das crenças e práticas cristãs e a acrescentar suas palavras às dos apóstolos” (OLSON, 2001, p.67).

A igreja de uma forma unida se posicionou contra as heresias, para isso, tendo como argumento básico a autoridade apostólica. Foi possível notar que isso se expressou de distintos modos.

Em primeiro lugar, mediante a ênfase na sucessão apostólica: Cristo e os apóstolos transmitiram seus ensinos e sua autoridade a sucessores legítimos, os líderes da Igreja, que a partir do segundo século passaram a ser os bispos.

Em segundo lugar, por meio do cânon ou conjunto de livros reconhecidos do Novo Testamento, como expressão da ortodoxia cristã. Esse conceito se tornou firmemente

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