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Sistema agroindustrial do café no Brasil

Por:   •  9/4/2018  •  4.065 Palavras (17 Páginas)  •  424 Visualizações

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Deve ser tomado os devidos cuidados com a pós-colheita: lavagem, pré-secagem em terreiro pavimentado e em secador e beneficiamento. Produtividade de 30 a 50 sacas de café beneficiado/há.

Média: os produtores de média tecnologia fazem correção de solo, porém a adubação não segue rigorosas normas técnicas. Fazem controle fitossánitario incompleto, tomando cuidados com o controle de plantas invasoras. As variedade escolhidas e os espaçamentos nem sempre são os mais adequados. Fazem a colheita no pano e também no chão e preocupam-se com a renovação de lavouras. Fazem lavagem e secagem. Produtividade média de 10 a 30 sacas de café beneficiado/há.

Baixa: Não fazem correção do solo, sendo a adubação inadequada e desbalanceada. Não fazem controle fitossanitário, não se preocupando com a produtividade nem a qualidade de seu produto. Fazem o possível para sobreviver, caracterizando-se por estarem no caminho de saída do processo de produção por falta de competividade.

Atualmente vem sendo implantando um novo modelo tecnológico com variedades resistentes à doenças, tolerantes a nematóides, maior capacidade de recuperação produtiva e econômica após a geada entre outras. Alguns pontos fortes podem ser relacionados ao processo produtivo: uso de variedades resistentes, monitoramento da fertilidade, controle de pragas e doenças, colheita seletiva, armazenagem de diferentes produtos, café enxertado e mudas em tubetes plásticos.

O uso da tecnologia está relacionado com o preço do produto, sendo que nos anos em que o produto está com preço bom, o cafeicultor usa toda a tecnologia disponível recomendada reduzindo-a quando o preço está baixo, diminuindo a vida útil da lavoura. Considerando que o café tem uma vida útil média de 18 anos e nesse período produzirá em torno de 13 safras (sendo dois anos de implantação sem produção e três anos prejudicados por fatores climáticos), a vida útil produtiva e economicamente viável do cafezal é de 13 anos (ZYLBERSZTJN, 1993 p. 148).

4.1 INSUMOS

Entre os principais insumos consumidos pela cultura do café estão os fertilizantes (nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre, cálcio, magnésio, boro e zinco), os inseticidas para controle de bicho mineiro e da broca do café, os fungicidas para controle da ferrugem e das cercosporiose. Os herbicidas são muito pouco utilizados na cultura, já que os produtores preferem a capina e a roçada para o controle de ervas daninhas. Os fornecedores mais expressivos desses insumos são as cooperativas instaladas na região, as empresas privadas de insumos, seus revendedores e representantes.

Os insumos que mais oneram o custo total no primeiro ano são fertilizantes químicos, o adubo orgânico e as mudas. Para o segundo ano as despesas são menores, incluindo a mão-de-obra, enquanto no terceiro volta a subir e são maiores que nos anos anteriores em função da maior quantidade de fertilizantes e da mão-de-obra da colheita.

5. CRÉDITO AGRÍCOLA PARA O CAFÉ

O financiamento rural tem impactos tanto sociais quanto econômicos, ao mesmo tempo em que dá condições para que os agricultores ganhem em escala dentro da unidade de produção, mantém as pessoas ocupadas, gera empregos e possibilidades. Acessando o financiamento rural, os agricultores familiares têm condições de ampliar e qualificar as atividades que já desenvolvem, implementar novas atividades agrícolas e não agrícolas geradoras de renda, adquirir máquinas, equipamentos, sementes e insumos, o que antes não se conseguia devido à falta de condições e de recursos.

5.1 FINANCIAMENTO BANCÁRIO

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a liberação de R$ 2,026 bilhões para financiar a safra de café 2007/2008, cuja colheita começa em abril. Os recursos já estão previstos no Orçamento e sairá do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). O financiamento terá taxa de juros de 6,75% ao ano. O CMN fixou os preços mínimos do café, que ficarão no mesmo patamar da safra anterior. Para o café tipo arábica, o preço é de R$ 157 a saca de 60 kg e para o conillon, R$ 89.

O Banco do Brasil financia a produção de café com recursos do Funcafé, a estocagem e a aquisição de café. Quem contrata o financiamento para estocagem são os cafeicultores, em financiamentos contratados diretamente ou mediante repasse por suas cooperativas e as cooperativas de produtores rurais, na produção própria. Para a aquisição de café: indústrias torrefadoras, beneficiadores e exportadores de café. O limite de contratação para a estocagem de café é: produtores rurais até R$ 750.000,00 e cooperativas de produtores rurais até 50% da capacidade anual de beneficiamento ou industrialização. A época de contratação vai de 1º de julho a 31 de janeiro e os encargos financeiros são de 6,75% de juros ao ano)

5.2. CUSTEIO

São financiáveis todos os itens inerentes aos tratos culturais das lavouras, tais como: insumos (fertilizantes, corretivos e defensivos), mão-de-obra e operações com máquinas, excetuados os itens vinculados às despesas com colheitas. O limite de contratação é até R$1.440,00 por hectare de cafezal, respeitado o limite de R$ 200.000,00 por produtor, ainda que em mais de uma propriedade.

6. OFERTA E DEMANDA DE CAFÉ

O resultado de 16,9 milhões de sacas representará 52% da safra a ser colhida em 2007, que será de 32,09 milhões de sacas segundo a Conab. As vendas no setor podem alcançar R$ 6,7 bilhões.O montante está, também, muito próximo das previsões e expectativas da Abic para 2007, que é de 17,4 milhões de sacas. Assim, a meta de atingir os 21 milhões de sacas no ano 2010 parece estar mais próxima. Para tanto, o consumo interno deverá crescer 6%, em média, ao ano, incorporando mais de 1,1 milhão de sacas a cada 12 meses. O Brasil, com este resultado, mantém uma posição importante no cenário mundial do agronegócio café, por ser um dos países onde o consumo interno mais cresce. Esta condição, reconhecida pela própria OIC - Organização Internacional do Café, com sede em Londres, fez com esta entidade esteja recomendando aos demais países produtores de café, em todo o mundo, para que adotem programas internos de ampliação do consumo, semelhantes aos do Brasil. Esta é uma das maneiras mais efetivas de dar sustentabilidade à cafeicultura mundial, não permitindo, dessa forma, a existência de excedentes do grão tal que a sua cotação possa cair a valores que não remunerem adequadamente a comunidade de

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