ARTIGO - O USO DO SISTEMA LIGHT STEEL FRAME EM PROJETOS DE FACHADA E RETROFIT NO BRASIL
Por: YdecRupolo • 28/10/2018 • 9.076 Palavras (37 Páginas) • 487 Visualizações
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A técnica de construção LSF, por ser um sistema construtivo pré-fabricado tem prioridade na etapa do projeto para evitar imprevistos e retrabalhos, o que não é realidade na construção civil, explica que:
Na construção civil brasileira, não há um planejamento prévio e sistemático da execução da obra, ou seja, os projetos não contemplam o local de produção (canteiro de obras) e as sequências das atividades de construção, o que gera constantes imprevistos, culminando com frequentes interrupções do trabalho na obra (FARAH 2016, APUD VIVIAN E PALIARI, 2012, p. 102).
A construção brasileira vem se adaptando a tecnologia estrangeira. Entretanto, Thomaz (2001, apud Vivian e Paliari, 2012, p. 106) afirma que, a inserção de uma nova tecnologia não deve ser olhada com as mesmas condicionantes, nem pra a prática e educação dos sistemas antigos.
Com essa adaptação do aço no mercado brasileiro, a construção vem utilizando recursos que possam contribuir com a engenharia, uma delas é a Engenharia Simultânea (ES) que tem suas características acrescidas favoravelmente na utilização do sistema LSF.
Segundo Koskela (1992, apud Vivian e Paliari, 2012, p. 105), ES é uma estratégia articulada e voltada essencialmente para projetos, caracterizada por uma rigorosa análise dos requisitos iniciais que incorpora as restrições das fases subsequentes com controle sobre as possíveis mudanças que possam ocorrer durante a fase de execução.
Para Giudice, Ballisteri e Risitano (2009, apud Vivian e Paliari, 2012, p. 105), esse corrobora com a ES a possibilidade do processo que se encontra em desenvolvimento seja estruturado e administrado, essa ação se dá mediante a base nas atividades de integração do processo de projeto, de forma que inclua, de maneira geral, a implementação de novos métodos e técnicas e a reorganização das atividades de desenvolvimento do produto.
Para a execução do projeto, a ES foca na participação de uma equipe multidisciplinar de projeto, que atuam nessa área e apresentam uma bagagem de competências, visando assim, os produtos funcionais de qualidade elevada a custos baixos em um curto período.
Dessa maneira, o LSF tem sido aplicado em diversas construções e uma delas é na engenharia habitacional no Brasil. O sistema LSF se apresenta como um sistema inovador, sendo vantajoso nas diversas construções, em casas populares com suas características de materiais leves, com menor volume, sistema de construção a seco, menor quantidade de resíduos entre outras particularidades.
Vale ressaltar que o sistema LSF na construção civil, traz valores que agregam nas construtoras, e favorecem as empresas do ramo e seus clientes, ainda, poderão executar obras com suas particularidades atendendo as diferentes classes sociais.
Com o objetivo de inovar algo já existente sem alterar as características intrínsecas do edifício, o retrofitado tem sido a oportunidade de negócios, em que buscam soluções para renovar e reabilitar edificações pré-existentes e outros tipos de empreendimentos que se encontram obsoletos e até ultrapassados.
Para compreender a origem do retrofit, a palavra retrofit para Moraes e Quelhas (2012, p. 449) “é a conjunção dos termos “retro”, oriundo do latim, que significa movimentar-se para trás, e de “fit”, do inglês, que significa adaptação e ajuste”.
Na engenharia civil, sua etimologia vincula a obra pré-existente no sentido de reabilitar algo e/ou um imóvel, cuja finalidade é manter a integridade física do mesmo. Essa prática deu início no século passado, e desde então, passou a ser praticada em todos os continentes.
O retrofit originou-se nos Estados Unidos e na Europa sendo. Afirma Souza (2014, pp. 01-03), essa prática avançada contém metodologias desenvolvidas para ilustrar a forma de projetar, ainda, a prática do retrofit nos processos construtivos que ganhou destaque no final da década de 90 no mercado.
Por se tratar de um método inovador e recente, principalmente, no Brasil, Sousa (2014, p. 01) diz que:
o termo retrofit foi utilizado primeiramente na indústria aeronáutica, referindo-se a adaptação de novos equipamentos e modernos equipamentos nas aeronaves existentes. Depois, o termo passou a ser utilizados em outras indústrias e também na construção civil.
Esse método tem crescido no quotidiano dos profissionais, de forma que possa atender a expectativa do cliente e os anseios na busca de modernização e conforto no qual deseja. O desejo por um ambiente confortável e inovador criam a possibilidade de buscar profissionais qualificados em retrofit, e, alternativas com o intuito de renovar e reabilitar o antigo, sem mudar as características intrínsecas do projeto.
Afinal, muito se menciona quando o assunto é reestruturar algo e/ou um edifício, os termos são utilizados para descrever o sentido no qual se pretende alcançar é, renovar, retrofit e reabilitar. Qual a diferença entre três palavras análogas, mas com o mesmo objetivo?
Reabilitação: ação de restabelecer o empreendimento ao seu estado de origem, utilizando tecnologias disponíveis, restabelecendo seu valor venal e prolongando sua vida útil, mas não necessariamente incorporando novas tecnologias; renovação: ação de restabelecer o empreendimento ao "novo" por "profundas" transformações que tornam o empreendimento em melhor estado e com "novo" aspecto, incorporando modernas tecnologias. A renovação, diferente da restauração, é sinônimo de perda de características históricas (OLIVEIRA, 2008 apud SOUSA 2014, p. 05, grifo nosso).
Assim, Oliveira (2008 apud Sousa, 2014, p. 05) cita que na Norma de Desempenho Brasileira (NBR 15575-1) define retrofit como remodelação ou atualização do edifício ou de sistemas, pela incorporação de novas tecnologias e conceitos, o qual, normalmente visa valorização do imóvel, mudança de uso, aumento da vida útil e melhoria da eficiência operacional e energética.
A contextualização que abrange restabelecer o empreendimento tanto a sua origem como renovar a edificação, difere o sentido de restaurar, ou seja, não vincula restaurar algo histórico, mas sim, em, reabilitar as características intrínsecas do que já existe.
Segundo Vale (2006 apud Guimarães, 2014, p. 05):
a técnica do retrofit difere substancialmente da restauração, que consiste na restituição do imóvel à sua condição original ou da reforma, que visa à introdução de melhorias, sem compromisso com suas características
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