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INFLUÊNCIA DO SOLO E TOPOGRAFIA SOBRE AS VARIAÇÕES DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA NO PARQUE ECOLÓGICO SEBASTIÃO CAMARGO

Por:   •  31/12/2017  •  3.058 Palavras (13 Páginas)  •  401 Visualizações

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Pode-se dizer que a cor do solo corresponde a um atributo que exerce referência obrigatória para a descrição morfológica dos perfis e estudos de solos desde o advento da pedologia, sendo comum a utilização de termos referentes a cores em vários sistemas de classificação de solos (BARRÓN et al., 2000). A textura é a propriedade física do solo que menos sofre alteração ao longo do tempo, constituindo uma característica de grande importância na descrição do solo (POVESAN, 2010).

Apesar de sua importância, raras são as referências sobre o ordenamento e a idiossincrasia dos solos e suas relações com a disposição do relevo na região amazônica (CAMPOS et al., 2011).

Considerando o exposto, este trabalho objetivou avaliar os atributos morfológicos de acordo com a variação de altitude equiparando-os com vários aspectos dendrológicos encontrados.

MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo foi desenvolvido no Parque Ecológico Sebastião Camargo, localizado no município de Tucuruí, a 1,5 km do perímetro urbano da cidade e próximo às instalações da UHE- Tucuruí. O Parque possui aproximadamente 400 hectares de área verde e objetiva a preservação de espécies da fauna e flora da região. Situado sob a coordenada S 3°47’24.68” e W 49°39’27.54”, possui uma floresta caracterizada como secundária.

Segundo a classificação de köppen aplicada a climas megatérmicos, o clima do município em estudo é do tipo equatorial Aw. Prevalecem as chuvas de verão e temperaturas médias no mês mais frio do ano (fevereiro) de 26,9ºC e no mês mais quente (outubro) de 28,8ºC. A precipitação anual gira em torno 1.976 mm, sendo período mais chuvoso inicia-se em janeiro e termina em março, e o mais seco vai de julho a setembro. (CITAÇÃO)SE FOI DA SANDRA OU DO PLANO DIRETOR DE TUCURUI?

[pic 1]

Figura 1. Mapa de localização do ponto de coleta

Fonte: Adaptado do Google Earth (2016).

Nas coletas de amostra do solo, foi utilizada a técnica da tradagem sendo os locais selecionados correspondem aos pontos (P1) em 40m, (P2) em 80m, (P3) em 120m e (P4) 150m respectivamente, constituindo um transecto de 150 metros totalizando quatro pontos na topossequêcia. As amostras foram coletadas com trado Holandês, em cada ponto retiraram-se amostras de 20 em 20 cm, até 80 cm de profundidade. Após a coleta, as amostras foram acondicionadas em sacos plásticos e encaminhadas ao laboratório de recursos naturais da Faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal do Pará – UFPA.

Os materiais utilizados para a realização da atividade foram um trado de 20cm, trena, fita zebrada, GPS, pranchetas, lápis, borracha, planilhas desenvolvidas pelos discentes, sacos plásticos, facão e fita centimétrica.

As amostras foram secas, por meio de Terra Fina Seca ao Ar (TFSA) e posteriormente determinado o parâmetro de cor, permitindo então as seguintes análises: a cor com auxilio da carta de Munsell e a textura através do fluxograma de Norticliff como proposto por ROWELL (1994).

Para o levantamento das espécies arbóreas, dentro de 19 subparcelas de 10x25m, totalizando uma área amostral de 4750m², foram inventariados apenas os indivíduos vivos cujo nível de inclusão foi a circunferência altura do peito (CAP) >32 cm, com o auxilio de uma fita métrica e a altura total estimada. A partir da obtenção dos CAP calculou-se o Diâmetro (DAP) de cada individuo. As coletas foram efetuadas em março de 2016. Sendo os parâmetros dos aspectos macromorfológicos relacionados com a estrutura física das espécies arbóreas, foram descritos quanto ao tipo e forma do fuste, raiz e copa. A análise dos dados foi feita pela estatística descritiva, utilizando a planilha eletrônica Microsoft Excel2007.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

SOLOS

Após a análise laboratorial de cor e textura em função das profundidades estudadas, constatou-se que a última sofreu variação mínima entre franco-arenosa e argilo-arenosa (Figura 2) esta por sua vez se refere a proporções dos vários grupos de grãos individuais que formam o solo, principalmente ao conteúdo de argila, silte e areia. A análise granulométrica das amostras indicou que a fração argila é a partícula mais frequente no solo, sendo assim pode-se caracterizar o solo da região em estudo como argilo-arenoso, é um solo interessante por suas propriedades, além de bem drenado. Neto (2009) certifica o conhecimento da distribuição granulométrica das partículas sólidas em um solo é de extrema importância por apresentar elevada relação com a dinâmica de água no solo, com as recomendações de calagem e adubação e ainda ser importante ferramenta utilizada na classificação de solos.

[pic 2]

Figura 2. Frequência da textura das amostras

O método de determinação de cor proposto por Barrón e Torrent (1986) utiliza amostras secas, podendo ser efetuado com pequenas quantidades de material e de maneira relativamente simples. Os valores obtidos por essa técnica são considerados mais precisos, uma vez que se evitam interpolações imprecisas, falta de reprodutibilidade e erros subjetivos, passiveis de ocorrer na determinação visual. Quanto à cor (Tabela 1), detectou-se predominantemente a Brown, nos pontos coletados. Cores escuras são indicativas de qualidade do solo e podem servir como indicador de sua capacidade para a produção sustentável de plantas e de animais de forma econômica, social e ambientalmente aceitáveis. “Brown” representa 7.5YR na carta de Munsell, seguida de suas variações no croma. A relevância da cor do solo está no fato de algumas de suas características, como teores de hematita e goethita estarem a si relacionadas (Schwertmam & Taylor, 1977). Características do solo como matéria orgânica e oxido de ferro, tem forte relação com a cor, considerando ainda que são de grande importância na classificação dos solos.

Tabela 1. Características morfológicas do solo nas áreas amostradas.

Pontos

Cor

Textura

P1 0-20

WeakRed

Franco argilo-arenosa

P1 20-40

ReddishYellow

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