Evolução da contabilidade

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mais complexos. (ZANLUCA. 2011)

2.3. COMO TUDO COMEÇOU

O surgimento da contabilidade ocorreu de forma rudimentar, antes mesmo da moeda, da escrita e do número, podendo ser confundido com o próprio desenvolvimento da humanidade.

Nestas circunstâncias os estudos sobre as civilizações da Antiguidade, nos traz o entendimento que a contabilidade surgiu a partir da necessidade do proprietário da riqueza em avaliar e controlar seu patrimônio, já que o homem primitivo já “cuidava da sua riqueza”, através, por exemplo, da contagem e do controle do seu rebanho, que era feito a partir de desenhos em paredes de cavernas e tábuas de pedra, classificando quantitativamente e qualitativamente os seus bens.

O aprimoramento da contabilidade foi se dando de acordo com as necessidades de cada período histórico, e de acordo com o progresso patrimonial das entidades. O aparecimento da escrita, surgimento da moeda, invenção da máquina a vapor dentre outros fatores, deram um impulso a Revolução Industrial e desencadeou a ciência contábil.

O surgimento de muitas obras na área contábil, desde Luca Pacioli até os dias atuais contribuiu para o desenvolvimento contábil, que esta diretamente ligada ao desenvolvimento econômico e suas transformações sociopolíticas e socioculturais de cada época.

A Contabilidade teve grande atuação com o aparecimento da Revolução Industrial, no final do século XIX e início do século XX, especialmente nos Estados Unidos e na Inglaterra. Com a expansão das indústrias, surgiu a necessidade de informações sobre os custos de produção e avaliação de estoques, bem como o cálculo da depreciação, surgindo a Contabilidade de Custos. Diante da exigência de grandes quantias de capital, surgiram as sociedades por ações, sendo preciso a separação de investidor e administrador. Isso contribuiu para a ampliação das informações contábeis que passaram a serem oferecidos também aos acionistas, investidores, credores e governo.

Em duas grandes escolas, se deu a Evolução da Contabilidade: a italiana e a norte-americana.

Na Itália, a partir do século XII até inicio do XVII, o desenvolvimento econômico e cultural deu um “salto”, devido a expansão comercial, e por consequência o desenvolvimento rápido da contabilidade na Europa. Nesse sentido, surgiu a necessidade da criação de um meio de troca mais flexível que o escambo, dando origem a moeda, e passando a ter avaliações monetárias onde existia apenas inventários físicos.

Após o surgimento do método das partidas dobradas (séc. XIV) e sua divulgação, a chamada “escola italiana” teve impulso e se espalhou pela Europa. A escrituração contábil ganhou destaque, onde os registros patrimoniais e os métodos de avaliação teve um grande desenvolvimento.

O método das partidas dobradas, ao marcar as operações de uma entidade, esclarece a causa e o efeito dos fatos ocorridos em ligação ao controle e a controle das variações ocorridas com riqueza dessa mesma entidade.

Desde então, as técnicas contábeis tomaram novo impulso, gerando grandes corporações e o surgimento do mercado de capitais, aumentando a necessidade de confirmação dos registros contábeis com forma de garantir a seguranças dos investimentos.

Logo, com a Revolução Industrial, a atividade econômica evolui de artesanal para empresarial, obtendo também com que a ciência contábil passe por um novo progresso e a uma readaptação das técnicas elaboradas a partir da obra de Luca Pacioli.

Os EUA foram desenvolvendo vários estudos sobre a contabilidade como base para tomada de decisões empresariais e as necessidades de seus usuários, e na formação do contador no meio universitário, aperfeiçoando as técnicas de registro advindas da escola italiana, como também aprimorando as técnicas de auditoria desenvolvidas pelos ingleses.

2.4. O CENÁRIO ATUAL DA CONTABILIDADE-NORMAS INTERNACIONAIS

A contabilidade como ciência social aplicada, esta inserida em uma linguagem da informação contábil que vai variar conforme o país, sendo ela não homogenia, ou seja, recebe uma grande influencia no meio em que se encontra, sendo ela politica, econômica, social e cultural.

Os relatórios contábeis de cada país possuem formas individuais, sendo eles necessários e imprescindíveis para aqueles usuários que buscam essa informação.

Com o decorrer dos anos, com a globalização do mercado, surgiu a necessidade de uma convergência das normas internacionais de contabilidade com o intuito de serem aceita em toda a jurisdição do mundo, visando a diminuição de custos operacionais e a expansão do mercado de capitais, nos quais as informações contábeis aumentassem ainda mais sua importância na tomada de decisões, tanto de investimentos, financiamentos e créditos.

Esses novos princípios a serem construídos, manifesta-se na contabilidade internacional como um ponto usual entre os relatórios financeiros efetuados por conjunturas de outros países e esclarecer formas de moldagem aos padrões internacionais a partir da contabilidade local. Este método foi considerado de grande relevância no Brasil a partir da criação da Bolsa de Valores e a vinda de capital estrangeiro ao mercado nacional.

A estruturação de introdução destes novos princípios na área contábil em cada país vem causando mudanças que ocorrem no universo da contabilidade brasileira, como diferentes regras normativas conforme os interesses comerciais, tornando-se oportunas a realização de estudos, pesquisas, debates e palestras sobre o assunto a fim de aprimorar conhecimentos na área, possibilitando integração de informações econômicas entre o mercado internacional juntamente com a interação destes, obtendo compreensão lógica através de técnicas distintas.

2.4.1. Estrutura Normativa

No Brasil a regulamentação é realizada através do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, por meio das Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC.

A convergência brasileira aos padrões internacionais se deu em 2007, com a publicação da Lei 11.638/2007 e em 2009 com a Resolução CFC 1.156/2009.

As normas internacionais de contabilidade recebiam o nome de IAS (International Accounting Standards) e, atualmente, são conhecidas como IFRS - International Financial Reporting Standards. Emitidas pelo IASB, essas normas são pronunciamentos baseados em princípios e não em regras específicas (IFRS, 2008).

A partir de 2010, todas as