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DEMONSTRAÇÃO FLUXO DE CAIXA

Por:   •  16/4/2018  •  5.848 Palavras (24 Páginas)  •  235 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Quando você analisa um balanço, o que você quer saber resumidamente? Se a empresa é rentável ou não e se ela apresenta liquidez, ou seja, capacidade de honrar suas obrigações. Pode-se dizer que a análise de balanços se resume a esses dois grandes objetivos. Não existe outra coisa, é só rentabilidade e liquidez. E o pior é que elas não se "bicam". É um "casamento" difícil de dar certo (MARTINS, 1999, pg. 10).

A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).

Sua obrigatoriedade passou a vigir a partir de 01/01/2008, por força da Lei 11.638/2007, tornando-se mais um importante relatório de tomada de decisões gerenciais.

De forma condensada, esta demonstração indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa em determinado período e, ainda, o resultado do Fluxo Financeiro. Assim como a Demonstração de Resultado de Exercício, a DFC é uma demonstração dinâmica, e também está contida no Balanço Patrimonial.

A função desta ferramenta é a de informar as partes interessadas sobre a situação da movimentação dos recursos financeiros, disponibilizando as informações pertinentes aos pagamentos, recebimentos e ao saldo em dinheiro existente no caixa durante o período e o resultado deste fluxo.

Ao final deste estudo-trabalho, são apresentadas as conclusões obtidas com as demonstrações contábeis na nova sistemática da estrutura e dos métodos estabelecidos pela lei brasileira, normas nacionais e internacionais, pelas entidades e órgãos reguladores afetos à Contabilidade.

CAPÍTULO I

Demonstração do Fluxo de Caixa - Aspectos Globais

"Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm 8:31).

Na atual conjuntura, o que se busca ao analisar um balanço, é a rentabilidade e liquidez de uma empresa, ou seja, a capacidade de honrar suas obrigações. A análise de balanço se resume nesses dois grandes objetivos.

A rentabilidade consiste em remunerar da melhor forma possível os capitais nela empregados, principalmente o capital próprio que representa o investimento dos sócios e acionistas. A rentabilidade do capital gera o surgimento do lucro, ou seja, resultado positivo proveniente da venda de mercadorias (bens) ou prestação de serviços por uma entidade que tenha fins lucrativos.

Já a liquidez tem por objetivo principal, senão único, de gerar dinheiro, de realizar os investimentos efetuados pela entidade. O fluxo de caixa é o demonstrativo que apresenta aos entes interessados, sejam internos (sócios, acionistas, funcionários), sejam externos (fornecedores, instituições financeiras, governos), sobre a saúde financeira da azienda (ou fazenda), a sua capacidade de realização e liquidação das obrigações nos negócios.

Liquidez e rentabilidade têm objetivos opostos, visto que o máximo de liquidez se consegue com muito recurso financeiro disponível para saldar dívidas, reduzindo automaticamente a rentabilidade dos capitais totais empregados, porque dinheiro parado produz bem menos resultado do que a atividade normal de uma empresa sadia (MARTINS, 2012, pg. 124). [1]

[pic 1]

Fonte: abolsacarteira.blogspot.com/2011/10/relação-liquidez-risco-e-retorno.hmtl

Conforme Chiavenato [2] (1990, p. 10), "Um dos principais desafios da Administração Financeira é manter a rentabilidade e a liquidez em nível satisfatório".

Braga [3], em seu livro Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira, (1992, p. 31), também afirma que "o equilíbrio entre a liquidez adequada e a rentabilidade satisfatória constitui constante desafio enfrentado pela Administração Financeira".

Martins (2012, p. 124), "dilema liquidez x rentabilidade". Para melhor compreendê-lo faz-se necessário apresentar duas outras figuras relevantes na contabilidade: lucro e fluxo de caixa.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa nos fornece um resumo dos fluxos de caixa relativos a três importantes aspectos da empresa sendo: atividade operacional, atividade de investimentos e atividade de financiamentos.

Os Fluxos Operacionais representam todos os gastos relacionados com a produção e comercialização dos bens e serviços da empresa. Deve conter como entradas, a cobrança das vendas dos produtos/serviços gerados e comercializados; e como saídas, os elementos que estão ligados à geração, administração e comercialização de tais produtos como: pagamentos a fornecedores, gastos com serviços públicos, etc.

Os Fluxos de Investimentos envolvem a aquisição e venda de ativos que serão utilizados na produção de bens uso serviços, a concessão e o recebimento de empréstimos, as movimentações relativas às aplicações financeiras e as participações em outras empresas.

São consideradas entradas de Atividades de Investimentos: recebimento de empréstimos concedidos, recebimentos por resgate de aplicações financeiras, recebimento por vendas de participações acionárias em outras empresas, etc. E como saídas podemos citar: desembolso por concessão de empréstimos, pagamento para aquisição de títulos financeiros, pagamentos para aquisição de participação acionária em outras empresas.

Os Fluxos de Financiamento que equalizam o somatório dos demais fluxos: no caso de sobras dos recursos, existe saída para aplicação; no caso de falta de caixa, existe resgate de investimento ou mesmo captação de recursos.

A DFC permite ao usuário ver como o caixa alterou de um período a outro, quais contas foram responsáveis por esta alteração e qual foi o resultado obtido com cada atividade deste fluxo.

Conceitualmente, o fluxo de caixa é um instrumento que relaciona os ingressos e saídas (desembolsos) de recursos monetários de uma empresa em

determinado intervalo de tempo. Partindo-se da elaboração do fluxo de caixa, é possível prognosticar eventuais excedentes ou escassez de caixa, determinando-se medidas saneadoras a serem tomada.

O fluxo de caixa é de principal importância no dia a dia das empresas, tornando-se um sinalizador indispensável

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