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A Importância do Fluxo de Caixa no Controle de Inadimplência: Microempresa

Por:   •  6/3/2018  •  3.862 Palavras (16 Páginas)  •  420 Visualizações

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A inadimplência tem levado muitas empresas a ficarem no vermelho. O que precisa um bom fluxo de caixa para otimizar a gestão dos recursos financeiros gerados. Diante disso, este estudo teve como objetivo verificar a importância do fluxo de caixa de uma microempresa no controle da inadimplência. Pois, é sabido que a inadimplência ocorre por conta da má administração e esses erros levam a empresa ao fracasso total, a ponto de sair do mercado. Para melhor entendimento, este estudo está dividido em introdução, fundamentação teórica dividida em capítulos, metodologia utilizada, apresentação dos resultados, discussão e considerações finais.

2. Microempresa e Fluxo de Caixa

2.1 Microempresa

Toda empresa possui grande importância social e econômica para o Brasil, pois é ela que distribuirá o emprego para a população.

Cada empresa possui a sua classificação: Microempresa, pequenas empresas, médias e grandes empresas. Neste estudo será tratado da microempresa.

Mas dentro de cada uma, não é possível definir a que tipo pertence, apenas para questões fiscais.

Lima (2014, p.424), defini o que venha a ser microempresa à partir da lei nº9.841 de 1999.

A microempresa é definida como uma empresa cujo faturamento anual é de até R$ 244 mil (US$ 134 mil), enquanto a pequena empresa é aquela cujo faturamento anual é superior a R$ 244 mil e igual ou inferior a R$ 1,2 milhão (US$ 134 mil e 659,3 mil respectivamente). Os valores destes parâmetros são o dobro em relação aos valores previstos pela Lei do SIMPLES de 1996 (antes de sua alteração pela Lei 9.732 de 11 de dezembro de 1998), o que significa uma grande diferença na quantidade de empresas podendo ser classificadas como micro e pequenas.

Com base na arrecadação as empresas são diferenciadas. O IBGE (2014, p.18)

São características das micro e pequenas empresas:

- baixa intensidade de capital;

- altas taxas de natalidade e de mortalidade: demografia elevada;

- forte presença de proprietários, sócios e membros da família como

mão-de-obra ocupada nos negócios;

- poder decisório centralizado;

- estreito vínculo entre os proprietários e as empresas, não se distinguindo,

principalmente em termos contábeis e financeiros, pessoa física e jurídica;

- registros contábeis pouco adequados;

- contratação direta de mão-de-obra;

- utilização de mão-de-obra não qualificada ou semiqualificada;

- baixo investimento em inovação tecnológica;

- maior dificuldade de acesso ao financiamento de capital de giro; e

- relação de complementaridade e subordinação com as empresas de

grande porte.

Essa definição foi possível com base no Cadastro Central de Empresas – CEMPRE. As microempresas possuem “até 5 pessoas ocupadas” (IBGE, 2-14, p.19) As microempresas podem ser: empregadoras (apenas um funcionário) e familiar (membros da família que tomam conta do estabelecimento).

Boa parte das microempresas é varejistas, alimentícias, etc. E quando ocorre um menor crescimento na economia, as microempresas passam por dificuldades financeiras.

O comportamento das taxas de natalidade e mortalidade das empresas mostra-se bastante sensível à variável de porte/tamanho das empresas. No setor de comércio constatou-se que a taxa de natalidade, em todos os anos pesquisados, foi superior nas empresas que ocupavam até 5 pessoas. Justiça esse comportamento a inexistência de barreiras à entrada de pequenas empresas, tanto no tocante ao capital humano, quanto ao capital financeiro, necessários a seu funcionamento. Se, por um lado, essas condições justificam a maior natalidade dessas empresas, por outro parecem decisivas para seu desaparecimento. As taxas de mortalidade das empresas que ocupavam até 5 pessoas foram também mais elevadas quando comparadas às das empresas de maior porte. (IBGE, 2014, p.20)

As microempresas quando não possuem um fluxo de caixa tendem a fechar.

2.2 Fluxo de Caixa

São os rendimentos e despesas das vendas diárias, “um instrumento que relaciona os ingressos e saídas (desembolsos) de recursos monetários no âmbito de uma empresa em determinado intervalo de tempo”. (MEYER, 2014, p.6)

Fluxo de caixa é a previsão de entradas e saídas de recursos monetários, por um determinado período no caixa. Essa previsão dever ser feita com base nos dados levantados nas projeções econômicas-financeiras atuais da empresa, levando, porém em considerações a memória de dados que respaldará essa mesma previsão.O principal objetivo dessa previsão é fornecer informações para a tomada de decisões, tais como: prognosticar as necessidades de captação de recursos bem como prever os períodos em que haverá sobras ou necessidades de recursos; aplicar os excedentes de caixa nas alternativas mais rentáveis para a empresa sem comprometer a liquidez. (MACÁRIO, 2014, p.12)

O fluxo de caixa permite fazer uma projeção sobre as despesas e lucros gerados para que seja possível investir em mais produto, pessoal, etc. “Na projeção do fluxo de caixa, indica-se não apenas o valor dos financiamentos que a empresa necessitará para desenvolver as suas atividades, mas também quando ele será utilizado”. (MACÁRIO, 2014, p.13)

Podendo ser realizada diariamente, semanal, mês a mês, trimestral ou anual. De acordo com as necessidades, envolvendo os dispêndios e entradas no caixa. Toda empresa precisa controlar seu fluxo de caixa para não passar por dificuldades financeiras e ou inadimplência.

2.2.1 Fluxo de Caixa no Controle da Inadimplência numa Microempresa

Muitas microempresas têm passado por dificuldades financeiras quando o setor econômico se eleva, o fluxo de caixa será um forte aliado para

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