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Contabilidade Desportiva – NBC 10.13/04

Por:   •  22/9/2018  •  1.793 Palavras (8 Páginas)  •  235 Visualizações

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- Bilheteria:

As receitas de bilheteria, direito de transmissão de imagem, patrocínio, publicidade e outras assemelhadas devem ser registradas em contas específicas do resultado operacional, de acordo com o princípio da competência

Registradas em contas específicas de acordo com o princípio da Competência. Bilheteria: registrada em conta específica, devendo ser reconhecida quando de realização de eventos esportivos. O conteúdo permaneceu o mesmo, só que houve uma maior preocupação com a tempestividade.

- Formação de atletas:

Os valores gastos diretamente com a formação de atletas devem ser registrados no ativo Imobilizado em conta específica de formação dos atletas. Quando da formação do atleta os custos devem ser transferidos para a conta específica de atleta formado, para amortização ao resultado do exercício pelo prazo contratual firmado

Os valores gastos são registrados como ativo Intangível ou Despesa (depende da definição de aproveitamento do atleta). Com base mensal e regime de competência por tipo (alimentação, alojamento, educação, Vestuário, etc.) e por categoria (infantil, juvenil, juniores).

Podemos afirmar que a NBC 10.13/04 era uma norma de boa qualidade e que sua não adoção era, em grande parte, pelo desconhecimento dos profissionais responsáveis pela contabilidade dos clubes profissionais.

Diversos fatos geradores comuns aos clubes brasileiros devem receber atenção cuidadosa dos profissionais contábeis como:

- Benfeitorias efetuadas pelos clubes em seus estádios que são registradas como despesas, ao invés de ativadas no Ativo Imobilizado.

- Da mesma forma que destacamos a recuperabilidade ou não, dos ativos tangíveis, deve ser realizado o mesmo procedimento para os ativos intangíveis.

Podemos concluir que as oportunidades existentes no mercado desportivo para o profissional da contabilidade são muitas, pois poucos são os que dominam com profundidade as suas principais operações. Entretanto, além da possibilidade da geração de informações contábeis de boa qualidade, o maior desafio para o profissional contábil é o de auxiliar as administrações nos processos de implantações dos procedimentos de controles internos, que poderão proporcionar reduções de custos nos processos e/ou detectar ou evitar ocorrências de fraudes, especialmente nos clubes de futebol do país.

O aprimoramento do Processo de prestações de contas (transparência) das gestões dos clubes de futebol também é uma meta que pode ser atingida com a importante colaboração dos profissionais da contabilidade.

As receitas dos clubes de futebol provêm, em geral, de poucos tipos de fontes, como: bilheteria, quadro social, transferência de atletas, patrocínio, publicidade e cotas de transmissão de TV.

As transferências de atletas são direitos advindos da formação e transferência de atletas, gerados na negociação entre clubes ou mesmo na transferência parcial ou total dos direitos econômicos a terceiros. Direitos econômicos dos atletas (antigo “passe”), é uma indenização que o clube detentor recebe por abrir mão do atleta. Para transferências nacionais é de até 2 mil vezes o salário do atleta, mas para internacionais não há limites. No caso de o clube romper o vínculo, a indenização devida é de até 400 vezes o salário ou o restante dos salários devidos no contrato. Mecanismo de solidariedade é um percentual de até 5% de transferências internacionais, proporcional ao tempo que o atleta permaneceu no clube entre os 12 e 21 anos. Indenização por formação é devido ao clube formador na assinatura do primeiro contrato profissional e em transferências até os 23 anos.

As cotas de TV são cotas que as redes de TV (e outras empresas de telecomunicações) repassam aos clubes para ter direito de transmissão de jogos. Por tradição, no Brasil rádios não pagam para transmitir jogos, mas em outros países isso é usual.

Os clubes que possuem Estádio próprio possuem três principais fontes de receitas: bilheteria, locações e publicidade. Patrocínios são valores que empresas pagam para os clubes para que tenham o seu nome associado ao do clube. Em geral, a estimativa para esses valores é proporcional ao espaço ocupado na camisa, ou o tempo que passam na mídia.

Os gastos assim como as receitas têm crescido nos últimos anos, entre 2003 e 2013 as despesas do futebol aumentaram quase seis vezes. A seguir, esses e outros gastos são discutidos. Gastos do futebol profissional, os mais volumosos dos clubes de futebol (representa cerca de 65% do valor da receita), relativos a remuneração dos jogadores e da comissão técnica; Categorias de base, relativo a formação de atletas dos clubes (representa 5-10% dos gastos totais), inclui os gastos de manutenção da infraestrutura, ajudas de custo, alimentação, assistência médica e social, entre outros; Juros e dívidas, consomem cerca de 15% dos gastos dos clubes, origem da má gestão dos recursos (os gestores pressionados geram excessos de gastos que levam as dívidas), investimento no início de temporada (sucesso e fracasso e receitas e gastos em competições); Despesas administrativa e de infraestrutura, envolvem gastos na atividade de apoio, como mão de obra, energia, água, depreciação, etc, e consomem em torno de 10% dos gastos; Depreciação e amortização, perda de valor de um ativo ao longo do tempo, em clubes, é relativo a perda de valor dos contratos de atletas adquiridos e representa cerca de 5-10% dos gastos; Massa salarial, de longe é o item com maior gasto nos clubes. A remuneração de atletas tem crescido de acordo com o investimento dos patrocinadores, interessados na exposição sendo um fenômeno mundial. A remuneração, em três décadas, aumentou em média 10 vezes.

O endividamento dos clubes brasileiros é elevado; nos principais, a divida supera 100% da receita anual; O endividamento dos clubes tem crescido com as receitas, mesmo maior arrecadação não tem levado a redução da dívida (caracterizando mais uma vez a má gestão e a priorização do desempenho esportivo em relação ao econômico-financeiro);

Endividamento esse composto em sua maioria por dívida tributária e uma parcela considerável de empréstimos. A profissionalização do futebol levou os jogadores a atuarem por remuneração, sendo assim, a disponibilidade de recurso financeiro permite os clubes contratarem os melhores atletas, o que aumenta

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